Você é puro deleite para meus olhares, diversões rotineiras aos sábados e às vezes - com muita sorte - sextas feiras. Com o tempo quase sempre contado, apertado, adoro te ver contando os segundos dos meus sorrisos soltos e cínicos após o orgasmo. Bebendo o meu vinho tinto barato e reclamando do calor que faz dentro do meu quarto. Elogiando a minha playlist, gosto quando você tira essa camiseta preta e me permite despir sua alma, munida de um amor, uma calma e uma voracidade incomensuráveis. Nós geramos um nível de intensidade que era desconhecida por mim. E eu gosto disso. Sempre fui extremamente fã de tudo que é intenso e acho que ser intensa faz parte do processo, eu não sei se existiu alguma interferência na minha criação ou se nasci com essa característica, e foda-se também.
Adoro te ouvir falar sobre planetas, universo, filosofia, amor vagabundo e poesias. Você é minha. Mas não sabe ainda ou não quer aceitar. Diz que vai embora, mas trepa comigo de novo porque a playlist ficou muito boa agora. Estica os minutos um pouco mais e me fala que nunca será minha... Eu duvido.
A gente tem esse elo elástico... Eu esqueço até mesmo meu nome quando você me pega por entre vielas. Um, dois ou três. Rua principal. Por entre vilas, Moemas, Marianas, Madalenas, Olímpias. Amo como rasgamos o asfalto nos pertencendo de uma maneira muito singular. Amo como vibramos em total sintonia, ao ponto de não conseguir recuar. Não agora...
Eu caminho pelo corredor entre seus lábios, precioso espaço, suas coxas decoram meus ombros. Eu gosto. Você gosta. Nós gozamos. A playlist esgota. Mas nós ainda estamos à mil por hora, aceleradas. O suor escorre no teu rosto e eu me sinto extasiada. Você quer ser mais quente que meu chá e consegue, meus dedos nas tuas coxas, minha língua em você... O contato visual. Você me implora, sem palavras, pra não sair dali e eu não vou, goza e quase fala que me ama...
Sabe que eu tô apaixonada, né?
Você diz que eu vou levar você à loucura.
E talvez seja somente essa minha intenção.
Eu não tenho piedade alguma. Entorpecida, cedendo pra voluptuosidade do teu corpo despido. Meto forte, te boto no colo, falo o palavrão que mais gosta, jogo sujo, transo no carro, na sala, na Lua, na rua, no meu quarto ou no seu, te mostro os seios com o farol fechado, faço qualquer coisa... Você toca meus seios e acelera o carro. Maluca do caralho. Não desgruda os olhos de mim. A gente brinca demais com coisa séria.
Quero te ouvir dizendo, agora: "Eu não sou sua!"
Te desafio!
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