Eu convivo com meus próprios silêncios há tantos dias que já não sei mais como seria a voz dela ecoando por essa casa, batendo nas paredes, ocupando meus espaços vazios.
Eu não sei mais.
Nosso desencontro foi um corte seco, mas profundo.
Eu não vivo de forma normal desde então.
Só me restou aquele dia, com gosto de amor venenoso, café amargo e baseado apagado antes de acabar.
Nenhuma última dose, última dança, última vez me prenderia atenção, estou presa naquelas horas. Eu tento não deixar ela escapar de dentro de mim, mas é difÃcil. Estou perdendo um pouco a cada dia. Um pouco dela. Um pouco de mim.
Mais uns dias eu acho que não existirá mais nada de nós.
Me sinto totalmente sem equilÃbrio. A quietude dela sobre mim e sobre nós, tem me trazido uma incrÃvel sensação cinza e uma falta de paz de espÃrito impressionante.
Eu daria qualquer coisa para que isso sumisse, como mágica.
É isso. Acho que o tempo fode com tudo. Igual eu.
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