Assim que a vi descendo do uber em frente à adega meu coração entrou em colapso. Eu não sabia como reagir, não entendi o que caberia. Um aperto de mão? Um beijo no rosto? Será que eu abraço ela? Nunca entendi muito sobre socializar. Na minha cabeça se eu olho pra pessoa, torço pra que ela entenda que tô sendo simpática.
Ela caminhou até mim, parecia mais linda que há vinte e quatro ou vinte cinco dias atrás... Usava um vestido de tecido leve vermelho. É minha cor favorita, mas não quero pensar que ela usava por mim, sei lá. Mudou um pouco o cabelo. Parecia uma nova mulher. Tremi por inteira quando ela tocou um lado do rosto e me beijou o outro lado. Caralho, que dia louco. Uma enxurrada de sentimentos.
Conversamos sobre assuntos medianos, depois ela me contou que a rotina no trabalho tá insana, que me ligou porque estava bêbada e queria me contar que foi promovida. Fiquei genuinamente feliz por ela. Ela não falou nada sobre nós, também não puxei o assunto. Eu só queria estar perto.
Ela parecia animada comigo, ali. O jeito como os lábios dela pronunciaram meu nome não me geraram desconforto, o tecido do vestido dela tocava minha coxa às vezes e eu achei a textura agradável.
Ela caminhou até mim, parecia mais linda que há vinte e quatro ou vinte cinco dias atrás... Usava um vestido de tecido leve vermelho. É minha cor favorita, mas não quero pensar que ela usava por mim, sei lá. Mudou um pouco o cabelo. Parecia uma nova mulher. Tremi por inteira quando ela tocou um lado do rosto e me beijou o outro lado. Caralho, que dia louco. Uma enxurrada de sentimentos.
Conversamos sobre assuntos medianos, depois ela me contou que a rotina no trabalho tá insana, que me ligou porque estava bêbada e queria me contar que foi promovida. Fiquei genuinamente feliz por ela. Ela não falou nada sobre nós, também não puxei o assunto. Eu só queria estar perto.
Ela parecia animada comigo, ali. O jeito como os lábios dela pronunciaram meu nome não me geraram desconforto, o tecido do vestido dela tocava minha coxa às vezes e eu achei a textura agradável.
Eu não sei qual foi o momento em que meu alto grau alcoólico me deixou confortável para beijar aquela mulher. Mas eu o fiz. Estávamos já um tanto quanto tendenciosas, eu acredito, muito próximas. Eu mudei minha cadeira de lugar três vezes... Mas ela me olhou em silêncio, por um milésimo de segundo, então eu a beijei e ela retribuiu o beijo com muita vontade, como se já esperasse, ela sabe que eu sou assim, que eu não tô nem aÃ. Que eu beijo mesmo.
Dali pra frente foi só pra trás...
No elevador, subimos pro apartamento entre amassos e beijos que eu senti notas de paixão, tesão, saudade, mas também tinha ela: a ansiedade. Me prometendo que se eu fugisse antes de entrar seria minha última chance de estar a salvo. Mas eu ignorei, né? Eu nunca escuto porra nenhuma mesmo.
A cada vez que a lÃngua dela tocava a minha eu sentia mais tesão e desespero, misturadinho assim. Morrendo de vontade de perguntar pra ela o porquê daquilo tudo tá rolando, depois que eu passei dias sofrendo com saudades e outras coisas mais. Não perguntei nada. Quanto mais angustiada eu ficava, mais eu a beijava. Como que por desespero sabe? Eu poderia chorar, se eu me distraÃsse. Juro. Eu poderia abraçar ela pelas pernas, de joelho, como num sofrimento de novela mexicana fraca, pedindo pra ela não sair mais dali... do meu lado.
Ela mexe com todas as minhas estruturas Ãntimas e internas, mas hoje eu não vou falar disso... hoje só quero vê-la abrindo as pernas.
Levantei o vestido e ela sentou no meu colo no sofá cinza da sala, calcinha pro lado é sempre minha aventura favorita e ela sabe. O beijo encaixa. A gente sempre foi perigosa demais juntas porque explodimos rápido. Quando eu menos eu esperava... Estava lá... Ela, o quadro, a marca da caneca quebrada escondida... Tudo junto. Não parecia sequer real. Uma rapidinho no sofá e depois transamos na mesma cama de sempre, na mesma luz de sempre e o sexo com saudades é uma delÃcia, parece que fica mais gostoso. Foi incrÃvel o momento com ela, como sempre é.
Mas em determinado momento, eu não consegui mais entender a situação... As perguntas ficaram presas na minha garganta, o desespero foi ficando maior...e eu fui só apagando... Apagando, mas acordada. Bem acordada. Sentindo tanta coisa que eu nem consigo descrever o quê.
Me deitei no chão pra respirar melhor, olhar as estrelas. Eu sempre ando olhando pro alto e isso já me rendeu até uma cicatriz no queixo quando eu era criança, quem convive comigo de perto consegue ainda notar meu "queixo partido" bastante sútil.
Enfim.
Como se fosse pra me acolher, ela se deitou ao meu lado, me tocou com carinho e cuidado... A cabeça ao lado da minha, olhávamos as estrelas juntas, ainda nuas, suadas. Ficamos muitos minutos em silêncio até que vimos uma estrela cadente, desejei que aquele momento durasse pra sempre. Mas eu sabia que não. Também não esperei que uma uma sessão de buceta curasse nossos problemas, não esperei que minhas angústias sumissem só com uma sentadinha dela na minha cara.
Dali pra frente foi só pra trás...
No elevador, subimos pro apartamento entre amassos e beijos que eu senti notas de paixão, tesão, saudade, mas também tinha ela: a ansiedade. Me prometendo que se eu fugisse antes de entrar seria minha última chance de estar a salvo. Mas eu ignorei, né? Eu nunca escuto porra nenhuma mesmo.
A cada vez que a lÃngua dela tocava a minha eu sentia mais tesão e desespero, misturadinho assim. Morrendo de vontade de perguntar pra ela o porquê daquilo tudo tá rolando, depois que eu passei dias sofrendo com saudades e outras coisas mais. Não perguntei nada. Quanto mais angustiada eu ficava, mais eu a beijava. Como que por desespero sabe? Eu poderia chorar, se eu me distraÃsse. Juro. Eu poderia abraçar ela pelas pernas, de joelho, como num sofrimento de novela mexicana fraca, pedindo pra ela não sair mais dali... do meu lado.
Ela mexe com todas as minhas estruturas Ãntimas e internas, mas hoje eu não vou falar disso... hoje só quero vê-la abrindo as pernas.
Levantei o vestido e ela sentou no meu colo no sofá cinza da sala, calcinha pro lado é sempre minha aventura favorita e ela sabe. O beijo encaixa. A gente sempre foi perigosa demais juntas porque explodimos rápido. Quando eu menos eu esperava... Estava lá... Ela, o quadro, a marca da caneca quebrada escondida... Tudo junto. Não parecia sequer real. Uma rapidinho no sofá e depois transamos na mesma cama de sempre, na mesma luz de sempre e o sexo com saudades é uma delÃcia, parece que fica mais gostoso. Foi incrÃvel o momento com ela, como sempre é.
Mas em determinado momento, eu não consegui mais entender a situação... As perguntas ficaram presas na minha garganta, o desespero foi ficando maior...e eu fui só apagando... Apagando, mas acordada. Bem acordada. Sentindo tanta coisa que eu nem consigo descrever o quê.
Me deitei no chão pra respirar melhor, olhar as estrelas. Eu sempre ando olhando pro alto e isso já me rendeu até uma cicatriz no queixo quando eu era criança, quem convive comigo de perto consegue ainda notar meu "queixo partido" bastante sútil.
Enfim.
Como se fosse pra me acolher, ela se deitou ao meu lado, me tocou com carinho e cuidado... A cabeça ao lado da minha, olhávamos as estrelas juntas, ainda nuas, suadas. Ficamos muitos minutos em silêncio até que vimos uma estrela cadente, desejei que aquele momento durasse pra sempre. Mas eu sabia que não. Também não esperei que uma uma sessão de buceta curasse nossos problemas, não esperei que minhas angústias sumissem só com uma sentadinha dela na minha cara.
Ela rompeu o silêncio me perguntando qual nome eu daria pra estrela que vimos... Demorei mais alguns minutos pra responder.
Hoje dia vinte e quatro, encontro de ex casal, em dia par, sem jazz, sem blues...
Bingo, é o nome que eu dei pra estrela.
Hoje dia vinte e quatro, encontro de ex casal, em dia par, sem jazz, sem blues...
Bingo, é o nome que eu dei pra estrela.
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