Um beijo embriagado que envenena os lábios
Impossível não notar sua beleza assaz
Ela, loquaz, diz que quer ser minha musa
Mas eu não sou poeta, sou outra coisa
O que eu faço, então?
Invento palavras
Torno-me conquistadora barata
Peço nudez em troca de um poema dedicado
Ela ri e me entrega uma dose de seu tempo - e que corra lento!
Mastigo pensamentos em seu corpo despido
Cuspo palavras de amor desvairado
Pouco me fodendo para a métrica ou rima
Nossos beijos molhados caem bem
Em tempos de amores secos
A gente gosta mesmo disso
Do mais profundo do encantamento
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