terça-feira, 13 de junho de 2023

traz outra dose de rum que eu sou pirata

Passamos metade da noite rindo, discutindo com muita animação sobre vinhos, sobre quadros, sobre filmes, sobre os dias, sobretudo sobre nós. Visivelmente felizes com as voltas e voltas do nosso caminho, tranquilas, animadas, se sentindo um pouquinho mais maduras, mais adultas - talvez momentaneamente - lidando com o fato de que a ausência na vida uma da outra não é possível, é foda, faz falta, nos deixa com uma saudade insuportável no peito, enfim. Passamos boa parte da noite como era antigamente, curtindo cada minuto sem problematizar nada, enquanto ela não se cansava nunca de servir minha taça de novo, de me beijar a boca com sabor de tinto. Eu amo os lábios dela com tons rosados assim por causa do vinho, da quantidade exagerada de beijos intensos e gostosos que a gente se deu, do batom vermelho que ela tirou mais cedo, sei lá. Ela nunca se cansa de me provocar, sentar no meu colo, sabe muito sobre mim, sabe como eu gosto. Me beija o pescoço, me beija de novo e mais gostoso, acende o baseado, me passa logo depois de dois tragos e eu percebo que fico absolutamente atraída por ela com pouco, ela sabe como me prender atenção, sabe como me fazer ficar vidrada, grudada na pele dela, nos lábios, meus dedos entrelaçam no cabelo, ela toca meu rosto, eu a beijo mais, trago o baseado, um cafuné gostoso nela e eu reconheço que essa é a mulher que eu não largo.
Ela nunca se cansa de passear pela minha vida, de fazer morada nos meus pensamentos e pra ser bem honesta eu já não tento lutar contra nenhum sentimento, eu dou espaço pra isso de sentir, confuso ou não, bom ou ruim... eu não estou nem aí, só quero a proximidade com essa mulher que tira minha paz, minha sanidade... mas bom mesmo é quando a gente fica nessa vibe de se gostar tanto, de aportar na vida uma da outra, de roubar sentimentos, de saquear beijos, de se sentir, se tocar, se experimentar e é incrível nossa falta de vergonha na cara de ainda sentir tanta vontade assim de se conhecer e se permitir reconhecer de novo depois de tudo que nós vivemos num estado absurdo de paixão, isso é muito doido. Sempre em busca de um novo encontro, sempre procurando um novo contato, estar lado a lado, sempre ficando puta ou maluca porque a gente se atrai como sempre e sempre mais do que nunca. O bagulho ferve, frita, em poucos minutos eu me encontro amando aquela mulher exatamente como eu desejo, trepando com ela na mesa da sacada, no sofá da sala, no box do banheiro. Pirata que sou, saqueio os orgasmos e sentimentos que ela tem pra me oferecer, essa mulher é ouro pra mim, brilha pra caralho e anima meus olhares, que seguem atentos. Nem tudo é sobre sexo, mas é impossível encontrá-la sem sentir o amor e a libido se misturando perfeitamente e correndo muitíssimo rápido em cada centímetro do meu corpo.
Nem tudo é sobre sexo, mas pra nós é impossível deixar o sentimento somente dentro do próprio corpo, a gente explode, se ama igual duas malucas - que somos mesmo - por culpa da saudade, da vontade mútua que sentimos, o beijo encaixa e eu deixo todas as marcas desse amor bandido carimbados no corpo dela. Quando volto pro meu barco, levo tudo de mais precioso que ela tem.
O amor é uma coisa muito louca mesmo.
E eu sou só uma grande entusiasta dessa mulher, essa é a verdade.


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