Choveu ontem o dia todo. Têm chovido muito em São Paulo. Eu tenho a mania
idiota de acreditar que quando chove é culpa sua, ou minha por não conseguir
chorar, sabe? Uma teoria maluca de que a chuva chora por mim. Acho isso. O
vento que acompanha a chuva deixa a sala mais gelada que o comum. As paredes
brancas parecem congelar o ambiente de tal forma. Um misto de frio, solidão e saudade.
Um baque: tudo de uma vez. Talvez nem
seja mais saudade, talvez seja algum tipo de abstinência fodida inundando a
casa, o corredor, a escadaria, a vizinhança, minha mente e eu. Mais eu que
tudo. Pensando pelo lado sóbrio e realista de tudo isso, acho que me acostumei
com tudo isso, entende? Com toda essa história de doer.
6h25. O tempo é rápido. O Sol ainda não nasceu. Eu acendo outro cigarro pra passar o tempo. Nada muda, nunca, nem vai mudar, eu sei. Meu sono é conturbado. Eu sempre acordo como se estivesse caindo. Você já teve essa sensação? De estar dormindo e sentir como se estivesse caindo... É isso que não me deixa dormir, a sensação de queda sem fim.
A canção que toca no rádio agora ecoa a sala, as escadarias, o elevador, a rua, o bairro, talvez a cidade inteira. Nossa canção. Malditas rádios populares, maldita música, maldita São Paulo, maldita você. A música acaba com meu resto de expectativa de viver bem sem você, a verdade é essa. Queria poder apagar você, passar por cima de você e dessa porcaria de história, de sentimento, diluir você, assim como a fumaça do cigarro se dilui ao vento gelado que passa e some. Queria te apagar...
Seu plano, de inicio, era sumir pra que eu te esquecesse? Sinto dizer que seu planinho babaca e medíocre falhou. Eu sinceramente gostaria de viver como se você nunca tivesse passado por aqui, como se eu nunca tivesse te conhecido, simplesmente ignorar sua existência ou nem ter noção dela, mas a cada hora que se passa nesse apartamento sem você é como se um punhal atravessasse minha alma, como se meu coração fosse dilacerado em todas as vezes que alguém cita você, pergunta como você está ou pergunta por que é que você foi embora. Sem você aqui não há luz, nem pra mim, nem pra minha cabeça. E pelo visto pra São Paulo também não... 6h40, o Sol ainda insiste em não nascer. Eu fiz o meu melhor, me desculpa se não foi o melhor pra você.
6h25. O tempo é rápido. O Sol ainda não nasceu. Eu acendo outro cigarro pra passar o tempo. Nada muda, nunca, nem vai mudar, eu sei. Meu sono é conturbado. Eu sempre acordo como se estivesse caindo. Você já teve essa sensação? De estar dormindo e sentir como se estivesse caindo... É isso que não me deixa dormir, a sensação de queda sem fim.
A canção que toca no rádio agora ecoa a sala, as escadarias, o elevador, a rua, o bairro, talvez a cidade inteira. Nossa canção. Malditas rádios populares, maldita música, maldita São Paulo, maldita você. A música acaba com meu resto de expectativa de viver bem sem você, a verdade é essa. Queria poder apagar você, passar por cima de você e dessa porcaria de história, de sentimento, diluir você, assim como a fumaça do cigarro se dilui ao vento gelado que passa e some. Queria te apagar...
Seu plano, de inicio, era sumir pra que eu te esquecesse? Sinto dizer que seu planinho babaca e medíocre falhou. Eu sinceramente gostaria de viver como se você nunca tivesse passado por aqui, como se eu nunca tivesse te conhecido, simplesmente ignorar sua existência ou nem ter noção dela, mas a cada hora que se passa nesse apartamento sem você é como se um punhal atravessasse minha alma, como se meu coração fosse dilacerado em todas as vezes que alguém cita você, pergunta como você está ou pergunta por que é que você foi embora. Sem você aqui não há luz, nem pra mim, nem pra minha cabeça. E pelo visto pra São Paulo também não... 6h40, o Sol ainda insiste em não nascer. Eu fiz o meu melhor, me desculpa se não foi o melhor pra você.
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