O silêncio da vizinhança dela convivia cordialmente com nossos sussurros madrugadeiros. Nós não escutávamos nada lá fora, ninguém nos escutava aqui dentro. Nem mesmo quando eu engasgava com a fumaça do baseado. Nem mesmo quando ela ria alto por qualquer que fosse o motivo. E a gente? A gente se completou dentro daquele quarto.
A entrega com ela é recíproca, é intensa, é verdadeira. Ela é uma companhia deliciosa, desafiadora, inteligente, gostosinha mesmo e tudo que acontece entre a gente é sempre motivo dos meus mais fervorosos pensamentos, da minha mais calorosa saudade. Ela nunca decepciona, nada compromete meu tesão por essa mulher.
A noite começou mesmo umas horas antes, dividimos duas ou três garrafas de vinho tinto, dois ou três baseados e eu já automaticamente sinto uma sensação térmica perfeita e deliciosa pra ficar sem roupa. Ela perde a fala quando me vê nua. Eu gosto disso. Propositalmente busco esse contato, eu não posso negar que gosto da sensação de observar essa mulher descobrindo que eu fico muito molhada depois do beijo, por exemplo. Ou redescobrindo minha capacidade de lamber ela inteira, se ela me permitir.
Mas lá estava eu... Totalmente nua, enquanto ela, também nua, lambia meus seios sem muita direção, brincava com meus piercings, diversão dela é essa, sei lá.
"Gata entra em mim, por favor entra em mim!" - era isso que eu pensava fixamente.
Eu faço aquela cara de cachorro chutado e ela entende tudo. Me bota de quatro, de lado, vem por cima, ela entende tudo mesmo. Me vira do avesso e tira o que quiser de mim.
Eu vou à loucura com a reciprocidade da nudez. Os seios dela nos meus, enquanto meus dedos caminham por entre suas coxas, virilha... eu acho uma delícia quando eu entro nela, uma vez, outra vez, da terceira colocou um pouco de força... ela me soltou aquela respiração quente e ofegante e quando eu sinto que ela está molhada, é o que há de mais gostoso nisso tudo, o prazer nos encontra em qualquer lugar... como eu gosto. É assim que me sinto convidada a devorar aquela mulher por inteira. Às vezes caio em mim e penso na sorte que eu tenho em tê-la, por alguns momentos. Ali. Ela é uma delícia.
E vou falar: a loucura quebra as taças, rasga as mordaças, nos faz dar espaço pro sentimento tomar conta dos nossos corpos. A gente brinca com fogo e se queima toda vez. Tudo entre nós sempre acaba em uma infinidade de assuntos, vinho, buceta e nudez.
Ela tem uma parada de rebolar enquanto eu meto que me deixa fora de mim, ela é má quando me dá, ela é objetiva e cheia de energia isso me faz querer beijar os lábios dela em cada minutinho livre que temos juntas, transar com ela em toda oportunidade que nós temos, eu sou maluca e muy enamorada dessa mulher e eu sinto que poderia flertar com cada pedacinho de vida pulsante que há nela e sempre me apaixonar de novo, de novo e de novo...
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