você
você
você e tuas mãos
teu corpo
teu cheiro gostoso de amor amanhecido
e tua cara de quem acordou agora
com os olhos de uma oncinha
Prestes à dar o bote
mergulha no meu peito, diz que não se afoga
Porque, segundo você eu sou inofensiva
mesmo que depois você me chame de indomável
Sigo morando na tua voz que me canta (e como me encanta!)
você
você
você e teu jeito de me sorrir discretamente
de me buscar com os olhos pelo ambiente
conversar comigo nesse teu olhar fádico
você e os mistérios
teus assuntos
a sua calmaria em meio ao meus furacões
E teu jeito de me romper os meus silêncios, terríveis silêncios
você que me roubou pra ti
você
você
você segue sendo farol, eu sigo à deriva (e ainda marujo perdido, sem juízo)
0 comentários:
Postar um comentário