segunda-feira, 25 de março de 2024

ao garoto de cinema:

Gosto das suas falas em fade out, que timidamente me convidam a protagonizar cenas com direção impecável e trilha sonora tão gostosa.
Por trás das câmeras, eu acho que até gosto da tua poesia barata, do cheiro do seu cigarro de Tutti Frutti, das suas meias pretas e da sua camisa em tons claros.
Eu gosto, cara, eu juro!
Eu gosto dessa sua vibe meio James Dean, com a barba sempre feita e até curto esses teus beijos afobados depois de cada take nosso.
Você sabe que eu não tenho dom nenhum pra ser mocinha ou princesa... não quero ser salva de nada! Então o que mais gosto é que você é totalmente consciente de que não será nunca minha prioridade e que justamente você não vai protagonizar meus filmes comédia romântica de sessão da tarde. Não poderá me ter pra sempre porque esse filme não é longa metragem, meu lado B do cinema, mas quando você entra em cena...
Cara, sério, eu perco a fala, o timing...
Juro, você é fora do normal.
Ai, ai, garoto de cinema...
Tudo acontece depois da claquete! Seus olhos claros são holofotes... Me miram e me tiram o foco. Produzimos uma intensa série de amor quando você entra em mim e também quando sai logo após.
E quando eu menos espero, você vai e repete tudo, de novo e de novo, e de novo... sem pudor, sem medo... Isso segue um roteiro divertido e que eu jamais seria capaz de imaginar.





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