É que eu devo ser maluca mesmo, mas quando eu olho pro rostinho lindo que tem essa mulher eu tenho uma forte sensação de que eu tô brincando com o risco, na risca, na régua, quanto mais eu toco o corpo dela eu sei que tô brincando com fogo. Do jeito que eu gosto. E ela gosta de mim, eu sei que sim, como que fala não sente nada se em pleno domingo de madrugada ela vem pra minha cama, se eu chamar? Vem na segunda, dorme comigo às vezes, vem na quarta, arruma tempo pra vir em todo convite. Deve gostar de me dar, só sei que eu gosto tanto e tanto dela também, do que ela me oferece e do que a gente troca na privacidade. Eu sinto falta do cheiro dela no meu lençol, no meu corpo, dela pelada dentro do meu quarto. Tipo arte. Tipo um quadro, que não fica parado, me traz vida e movimento. Eu gosto até mesmo quando o medo de sentir me faz freiar e ponderar o sentimento, não me jogo de cabeça, sou esquiva, fujo e ganho status de fria, sem ser. Mal sabe ela. Às vezes sumo pra respirar, volto com cara de cachorro que caiu da mudança, ela volta e eu ganho novamente o status de mulher quente. E mesmo longe eu não deixo de lembrar do cheiro dela que eu gosto, o gosto eu gosto, eu gosto de tudo, mas não me iludo com ela. Nem ela comigo. Seguimos no risco, na risca mesmo, na régua e isso tá ficando mesmo do jeito que eu gosto. Eu acho que sei até onde eu posso brincar com a situação sem apego, eu gosto da minha liberdade, eu gosto de deixar ela voar... e quando ela pousa na minha cama, e me encara com essa cara de quem pede beijo, eu não resisto e deixo mesmo a postura de mulher malvadinha de lado. Deixo pra lá e só quero brincar de namorar com ela na intimidade, deixar o autocontrole fora do quarto. Do outro lado da porta. A gente faz o quarto cheirar a paixão, tamanho a nossa conexão.
Eu gosto das nossas conversas profundas que me inundam pensamentos reflexivos, que me obrigam a emitir opinião, pensar, analisar, a gente abre debate e discussão, e quando eu sei que tô em desvantagem na argumentação eu a beijo, não perco uma oportunidade. Eu não gosto de perder nada. E gosto também das conversas rasas, onde eu me sinto a vontade pra ser eu mesma, perrequeira e mais nada. Fazendo ela dar risada de coisas babacas.
E às vezes a maré sobe... aí ela coloca a culpa no signo, no hormônio, na lua cheia, vai se fude, eu sei que ela só quer me ver sem roupa então eu penso que ela enrola muito só pra fazer o convite certo, dá voltas e às vezes não é tão direta. Puxo pela cintura, impaciente.
Nem tudo entre nós é sobre sexo, mas hoje é. E hoje eu tô do lado de cá, de dentro, com ela dentro de mim sem parar, sem tirar. Segunda vez no mês. Tá louco.
Ela pelada, eu pelada... Contato perigoso. Filha da puta que me deixa molhada. "Deixa eu te olhar... Deixa eu olhar pra essa tua carinha enquanto cê goza vai, bandidinha do caralho..." ela sussurra e não tem palavra que me deixa tímida. A luz acesa permite que ela tenha uma visão detalhada, privilegiada, então ela assiste. Gostosa. Me olha. O beijo dela rege o tesão que habita meu corpo.
Eu não sei pensar mais em nada. Nem quero.
Me beija sem perder o ritmo com os dedos dentro de mim, eu fico admirada com a habilidade, beija o pescoço comigo pulsando, sem tirar de dentro, lambe as coxas, eu sou acelerada e ela me tira do planeta Terra, me bota em órbita, faz meu corpo reagir numa explosão de tesão, molhada que ela poderia mergulhar em mim, se afogar. Eu transo sorrindo e a filha da puta insiste em me chamar de perigosa somente por causa disso. E eu acho que ela é perigosa por não sair de dentro de mim...
Tá foda rs
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