domingo, 14 de dezembro de 2025

cru

Acho que hoje eu já nem gosto de você tanto assim, sabia?
Te olho.
Com toda profundidade de sempre.
E te vejo.
Te enxergo.
Sua pequenez intelectual agora me assalta os poucos contatos que ainda temos.
E eu acho tristemente banal sua maneira nada "uau" de enxergar o mundo todo e todo mundo.
Sei lá
Eu não sei se é a escassez de amor ou só porque... Eu te olho.
E acho que sua cor desbotou.


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quarta-feira, 26 de novembro de 2025

PNFCUPM,S? - parte oito

 8

No fundo da minha memória você ainda ecoa como uma história que não me escapa, mas que não se fixa no presente.
Eu queria ter você ao alcance da minha memória mais recente, mas... É isso que tenho agora.
Você aí.
Eu aqui.
O que eu tenho agora, flor? Só a essa coisa de lembrar de você, te querer um tanto, mas ter você sempre em pensamento, ausente.
Eu odeio a ausência. Eu odeio a distância, flor. Eu odeio cada um dos meus dias de saudade, de vontade, de ansiedade.
É isso que seremos pra sempre?
Uma lembrança distante, flor?
Isso dói. Igual uma dor de cabeça, basta eu lembrar de você e pronto. Dói.
Vai ver é o final do ano que se aproxima, que me deixa com saudade e mais emocional.
Você ainda lembra que pandas não fodem com ursos polares? Isso nunca fez tanto sentido, flor.
Me pergunto se você ainda pensa em nós, aliás eu me pergunto o que você pensa sobre nós.
Sei lá
Às vezes eu acho que já nem te conheço mais.


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sexta-feira, 31 de outubro de 2025

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Porque eu, meu amor, acho graça até mesmo em clichês.

A poesia reverbera em cada cantinho do corpo daquela mulher, em altíssimo tom. Impossível eu não lembrar dela quando escuto qualquer samba bonito desses que falam sobre amor, o vento me sopra poesias ao pé do ouvido quando eu olho pro sorriso dessa mulher. O cheiro dela me enche de dopamina e tudo mais que falta na minha cabeça, ela intensifica a minha rotina. Ela me agita o peito e eu tenho um certo receio com ela porque eu sei que ela me bagunça um tanto demais, mesmo que não seja intencional. É incontrolável pra mim. Ela me mergulha no mundo dela e me afoga nos meus desejos.
E eu não posso mais descrever essa mulher sem que ela seja endeusada pela minha visão mais encantada - e pode-se dizer também: apaixonada - possível, eu gosto dela da cabeça aos pés, é foda. Adoro os lábios bonitos e bem definidos que me beijam com vontade, dos olhares e todos os detalhes de quando ela chega na minha casa, do batom bonito principalmente quando está borrado, das lingeries de renda colorida que eu já botei de lado, das rapidinhas antes do café da manhã, até o bom dia rápido porque já está atrasada, sou fã de tudo. Entusiasta. Ela é linda e quando chega muito perto de mim, eu percebo que ela fica mais bonita ainda.
Me encanta a pele dela que tem essa cor mais quente, quase canela, caramelo.... e o sorriso dela? Porra! Preenche o ambiente. Encanta, atrai mesmo.
Eu sei lá. Ela me tem nas mãos. Ela belisca meu coração. Faz as borboletas do meu estômago voarem como os bobinhos de amor dizem por aí. E além do mais, tem aquela ansiedade que invade meu peito a cada pré encontro, saca? O terremoto que toma conta do meu corpo em cada vez que estou prestes a encontrar aquela mulher.
Ela é um misto de energia e conforto, a sorte de ter uma mulher dessa na vida chega pra poucos. E que delícia saber que é minha, também, essa mulher, essa boca, essa sorte. Tudo isso. Ela me incendeia, clareia meu mundo de uma forma que não sei explicar, é como se até nossas sombras se iluminassem.
Ela é Sol.
Luz.
Calor.
Felicidade.
Pura alegria.
Coisa linda sua inteligência, admirável sua capacidade de existir nesse mundo com tamanha grandeza e imponência, entende? Ela é demais. E que sorte a minha coexistir no mesmo espaço que o dela, dividir um interesse em comum: a gente.


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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

PNFCUPM,S? - parte sete

7

Ainda te escrevo, flor.
Qual seria o propósito das minhas cartas de amor, se não fossem lidas por você?
Ainda sorrio quando pronuncio seu nome no silêncio da minha saudade.
Vai ver o amor é isso, flor.
É o eterno... ou quase
"Ou quase"
Coisa chata.
Tudo que desejamos, mas não fomos.
É a saudade da sua voz e seu sotaque gostoso e cantado no telefone.
O amor pode ser isso, mesmo.
Uma imensa e chata saudade.
Uma distância respeitosa.
É. Sei lá.
Mas às vezes ainda me pergunto: que é que há?
Você é o ímpeto, flor.
Não quero que sejamos pra sempre o quase.
Você me entende, de verdade?
Não quero ser antagonista da minha própria vontade.
Flor, o amor é isso mesmo, será?
É te querer um tanto, mesmo sabendo que você não vem...
Mas deixar queimar em mim o desejo incessante.
e a esperança de que você venha, sim.


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