quarta-feira, 27 de maio de 2020

infinito particular

Você é tão gostosa quanto a manhã de um dia ensolarado, quanto meu melhor verde enrolado, quanto você mesma... Existe algo que eu consiga mensurar, será? De fato quando eu penso no quanto eu te acho maravilhosa, eu sequer consigo lembrar de algo que se compare a você pra ilustrar e escrever nessas linhas.
Você é gostosa de um jeito que só você consegue ser. Tão especialmente única.
Perco tanto o controle que sozinha me flagro querendo que seja infinito e particular te ver e ouvir me tirando do inverno, do sério e me dando um calor que é só seu e que me faz ferver um tanto de vontade em pleno frio de São Bernardo do Campo, em quase Junho. Calor que me invade quando você me olha e fala sei lá... sua segunda frase, nem faço questão de fingir que não gosto porque eu gosto tanto, e tanto. E quero muito ainda de você, muito de nós aqui.
Sensação mais doida essa que você me dá, rara, eu te olho ou penso em você e já me invade uma vontade com seu nome e sobrenome, um fogo queimando minha pele sob a roupa, me sinto como se estivesse derretendo. Sigo querendo você logo comigo, o tempo hora ou outra é meu inimigo, então eu fico desejando sua presença e companhia, acho que beira a necessidade de você dentro do meu abraço e uma saudadinha louca de você dentro de mim.
Eu quero muito que você saiba que eu sou totalmente suscetível ao seu toque, leve, preciso. Tão preciso que é quase cirúrgico, você é tão certeira que eu acho que faz isso acabar com meu fogo, com o fôlego, parece que me conhece mesmo sem conhecer. Muito tato, amo quando você me toca. Sabe tanto de mim, mas ainda assim consegue me decifrar e me ler de forma única, só tua... Mesmo quando eu não peço, eu ganho de você exatamente o que eu quero. Uma conexão fodida nessa nossa foda, enquanto você vai seguindo estritamente meu pedido quando peço pra ser sem dó. Você não tem dó, e eu gosto. Sou maluca pela sua carinha de safada, e adoro tua pele branquinha em contraste com as minhas luzes vermelhas. Combinação que me dá fogo e deixa as suas bochechas coradas. Não consigo te negar e nem quero. Você é mais gostosa que qualquer música do Baco, é foda. Gostosa pra caralho.
Parece que a vida tinha algum plano arquitetado (que foi muito bem executado) porque quando eu penso em você nua no meu quarto meus pensamentos ficam todos meio bagunçados, você rouba a cena. Eu penso muito em um tanto de você, mas de fato: se eu fechar meus olhos agora sou capaz de sentir o exato sabor que tem seu corpo, seu gozo, seu beijo, queixo e pescoço. Beijo esse que é inteiramente responsável por me fazer sentir assim, sair de mim, me molha até quando me olha. Ou o exato formato que tem seus lábios, que é minha parte favorita em você, vivo uma saudade e memórias celulares de quando minha língua desliza suavemente por alguma parte do seu corpo delicioso. Ou até mesmo sinto o quão gostoso consegue ser meus dedos deslizando na sua nuca, dois deles dentro de você e eu amo o jeito como você reage a tudo isso.
Adoro tudo em você e foi de primeira, beijo que me deixou maluca e quando eu vi eu tava em cima de você, totalmente perdida, sem eira nem beira. Incapaz de responder qual é meu próprio nome.
Intenso.



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segunda-feira, 25 de maio de 2020

just like Bonnie

Você é muito louca e me deixa muito louca quando fica nessas de ficar sorrindo e insinuando o pescoço afim de ganhar beijo, ganha tudo de mim com esse jeitinho tão filha da puta de ser, de dar, de me ter e afins. Não nego. Fogo cultivado, laço bem dado, foda bem dada...você só precisa fazer assim: me segurar entre suas coxas. Sabe como lidar comigo e isso de fato me preocupa um pouco.
Adoro tanto essa tua voz rouca... me provoca quando me pede besteira baixinho no ouvido e depois... logo depois eu sei que você vai tentar ficar caladinha enquanto eu puxo o cabelo e entro sem dó, se é isso que você quer só sei falar "toma", é isso que posso te oferecer, torcendo pro barulho desse gemidinho gostoso, que eu sou sempre obrigada a abafar, não transpassar a parede diretamente pro apartamento dos teus vizinhos do lado, simpaticões, coisas que eu só penso depois...
É pá pá pá e de cara pra parede você se vê dominada, mas hoje parece que está disposta a me dominar, me mantém presa nessa foda, nesse quarto, nessas coxas, em você toda. Te olho séria, você sorri. Não me desmonta, mas por dentro confesso que vez ou outra eu me percebo deslizando de amores e pensamentos doces demais sobre você. É... enfim.
Preciso e quero tanto ir embora daqui, mas viro outra noite na tua cama e eu ganho de presente mais uma madrugada boladona pra nossa conta.
Não conta pra ninguém, mas tá foda.
Bandida e filha da puta.
Atenta, vejo você me olhar pra não perder nada, pode apostar que eu quero que você se lembre de cada segundo por isso eu vou gozar olhando pra essa sua cara linda, "vou deixar meu cheiro nos teus lençóis" e deixo. Virou marca registrada. E esse quarto tá marcado como um bang meu.
Você sabia que congela minhas horas nessas fodas muito loucas? Não conto com hora, com tempo, com mais nada, venenosa, me entorpece ou que cedo ao teu veneno e sou viciada? Talvez ambos porque tem dias que eu tenho certeza que meu lugar preferido é o mesmo em que você está.
Me beija mais e faz tudo começar de novo, outro dia que eu amanheço na sua vida, na sua casa, na sua cama, dormindo entre seus seios, você acorda me chupando... voltando a ser meu mais novo ciclo viciante e vicioso. Quanto mais perto de mim você se mantiver, mais e por mais tempo eu vou gostar de você e do que você tem pra me dar.
Você é ousada, tira o beck da minha boca e se joga na minha boca, continua louca sentadinha na minha cara. Com você é quase sempre a mesma fórmula pro sucesso: 1/4 pra mente cinco minutos antes de eu chegar pra dar tempo de bater quando eu já tiver batendo forte dentro de você, fuma enquanto eu chupo. Tão louca exatamente do jeito que eu gosto, molhada, safada e perturbada.
Diz que sentiu tantas saudades já sabendo que eu não ligo e nem acredito, saudade da minha língua no seu corpo quente, do abraço apertado e dos tapas na sua bunda, é isso? Se deixar eu perco horas no seu corpo e ganho muito. Diversão que faz meu tempo se curvar pra nós diante de Mister Lies nos ensurdecendo enquanto calmamente canta "make a move... make a move... only you or nothing". Você tem um gosto doce que me vicia, é mesmo você ou nada. Tua pele tem o cheiro doce da minha saudade mais gostosa, tão macia... A ponta dos meus dedos sentiram tanta saudade de tocá-la que o único movimento que eu fiz foi o de voltar pra dentro de um quarto, em sua companhia. Meu corpo pulsa e essa noite fria quando você me chama se transforma em noite quente. Não faz bem, mas é o sorriso que me anima. Você mascara minha dor tão maravilhosamente bem quanto dá pra mim.
Nem parece que é tão filha da puta quanto eu. Senti falta de você à milhão, mesmo sendo a pessoa mais slow que eu já conheci em toda minha vida. Minha jóia/nóia favorita, segue sendo a parceira de crime que nunca erra um tiro sequer.
Acendo meu beck enquanto te observo vestir-se novamente.
Eu gosto do seu sorriso depois que você goza, só queria falar.
É que no meio dessa era caótica e dias pesados em que a cidade cinza se afogou, coisa linda... eu só quero que chegue logo e o mais rapidamente possível uma madrugada qualquer, com ruas vazias ainda vazias, mas você e eu de corações cheios e eu na sua sala... fumando meu corre, colorindo a sua parede, sua vida, seu mundo e a cidade cinza que você insiste em chamar de sua.


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terça-feira, 19 de maio de 2020

peixe francês - cortesia da casa

20h56. "saudade de você"
Saudade de mim... Porra!!! Eu também senti uma saudade gigante de mim mesma.
A sensação é como se meu cérebro derretesse por entre suas unhas vermelhas, naquele tom charmoso que você sabe que eu amo... Você me acelera igualzinho cocaína, me sinto acelerada, ansiosa e eu já não controlo mais pensamento nenhum sobre você.
É como se minha cabeça me falasse "acabou a brincadeira". E acho que de fato, acabou. Nada mais na mulher que você é me apresenta diversão, distração, sensação nenhuma... Nada mais que exista em você é capaz de me arrancar um sorriso sequer. Mas de qualquer forma você segue sendo um assunto delicado e porra... Adeus autocontrole e todo aquele meu rolê de ignorar sua existência, que diga-se de passagem eu até que desempenhei muitíssimo bem esse papel que você me fez assumir, o de ser a mais filha da puta da tua vida.
Fui a melhor da turma, fala tu!
Maldita. Maldita pra caralho.
Filha da puta eu, filha da puta tu.
Minhas mãos soam e mais uma vez me encontro à 100km/h em desencontro de diversas das minhas promessas mais sérias comigo mesma. Apostas que eu não gosto de perder, mas sei que muitas vezes perdi com honra e mérito.
Você não... - É o que eu penso toda vez que você tenta uma volta pra minha vida.
Eu, uma vez ou outra, ainda desacredito das minhas atitudes.
É.
Enfim...
Você.
Saiba... você já foi o lado vazio e mais frio da minha cama, vazio esse que eu preenchi de forma incessante com qualquer outra presença, só por diversão. Calor que faltava... e não veio. Você é equivalente ao café frio de dois dias, a ausência pesada, mas até que muito bem cicatrizada, só que às vezes olhar cicatriz no espelho incomoda. Você é cada uma das borboletas no meu estômago, que com muita dor, sacrifício e empenho eu matei, sou a mulher de mira boa. Mas que mesmo mortas ainda reviram no meu estômago, uma decomposição do que chamei de amor está me causando a maior azia da vida, mas sinto-me feliz em saber que hoje eu não te engulo mais. Você é única e inteiramente responsável pela minha loucura não tratada, é meu inferno astral, e já foi meu choro escutando sertanejo brega e fodido.
Então você me pergunta se é um adeus ou um até logo...
Ouça-me bem, amor...
Engoli todo meu drama, o resto eu lhe escrevo em linhas secas, direta como sempre fui, como quase sempre fomos.
O silêncio que inicialmente você produziu fez tanto barulho e alvoroço na minha cabeça, por tantas horas que eu até já perdi a conta de quanto tempo foi. Fui feita refém do que você tem de melhor, você e somente você me deu a corda com a qual eu me enforquei, eu sei... Mas quem pulou do banquinho fui eu, sozinha e com meus próprios pés.
Quem poderia prever? Eu nunca.
Você me inundou diferentes sentimentos, eu confesso: não tive altura pro tamanho desse sentimento e não deu pé pra mim, você foi como uma maré alta que me engoliu, subiu rápido demais. Nadei, nadei e sequer cheguei na praia. Nunca fui o peixe que nada em águas tão turvas quanto essas águas sujas e escuras provenientes de você.
Eu não te dei sinais, nunca. Eu fui direta, percorri todo o caminho sem precisar de joguinhos emocionais, passei batida, ilesa... sempre em linha reta até você. Se joguei, foi limpo. Me joguei em queda livre, a porta pra você sempre esteve aberta.
Se você insiste em saber: sim, meus braços sentiram tanta falta do formato de seu corpo que eu achei que a qualquer momento eu fosse ficar louca, e aí... só aí que veio uma sucessão de buceta pra curar minha vaidade boba. Minha boca... A mesma que conheceu de cor os seus caminhos, descobriu atalhos e te deu voltas... agora, saiba, silencia um adeus que já nem é preciso de palavras pra dizer.
E foi justamente nessas de sentir tanto a tua falta que eu me acostumei com a falta que você fez, e hoje inacreditavelmente deixou de fazer.
Não sinto mais.
Sua voz, seu corpo, seu rosto já não me soam atraentes como antes.
É.
Você é a vírgula que permanece no meu textinho ruim, ponto final da minha história. Porra de mulher. E sim, eu ainda acho seu sorriso algo que eu consiga me lembrar depois de trinta segundos, memória de peixe. Eu nunca te esqueci, mas me acostumei a não pensar em você. Ou sobre você.
Você levou tudo de mim, juro que por vezes chegou a doer mais que um soco.
Era você... E foi você por tanto que eu nem sabia mais como era com outras pessoas
O amor nunca foi tudo e às vezes nem é o suficiente...
Espero que você se lembre do dia em estávamos naquela motel escroto que você me enfiava semanalmente, onde eu te expliquei sobre minha teoria da mesa e do amor... Como é que encaixa o amor na vida... Você se lembra?
Uma vez você me disse que me achava tão perfeita que eu parecia ser de outro mundo... E hoje concordo: sou de um mundo diferente e extremamente distante do seu. Porque eu me mudei, e mudei. Espero que jamais faça nova viagem até mim, pois me encontro de fronteiras fechadas para você.
Caímos, meu (ex) amor. Aceite, porque mesmo eu sendo cabeça dura, aceitei: Nós falhamos.
Não fomos suficientes para ambas e juro, não há nada de errado nisso. Absolutamente nada.
Lhe desejo somente um mar de felicidade e lindíssimos dias de Sol... para que você aproveite a sua vida com amor e todo afeto do mundo.
Eu criei meu mundo lindo e colorido, fora da sua bolha de uma cor só, da areia movediça que você simboliza para mim.
Sirva-se, minha linda, do silêncio que você me ensinou a produzir... Eu acabei ficando boa pra caralho em não te querer mais.
Eu te avisei sobre as condições do adeus, tudo foi mais claro que água recém trocada de aquário.
Desculpe-me por cumprir minha palavra.
Sinto muito, flor... Muitíssimo... mas eu não sinto mais nada.


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