quarta-feira, 29 de maio de 2024

eu só te trouxe esse buquê porque a vida é dura

Quanto tédio mora no restinho de uma tarde, quase noite, de domingo? Sei lá..
Mas ela me ligou hoje e só eu sei o quanto é um perigo quando ela me liga e diz que tá afinzona de passar um tempo comigo. Eu gosto é disso. Domingo, segunda, terça, quarta, quinta, sexta... não importa. Eu só sei que quando se trata dela eu sempre abro a porta que eu já fechei, eu sei, mas eu sempre estou disposta à matar o tédio com beijos e amassos no nono andar daquele prédio. 
É sério!
Em qualquer lugar vivemos esse amor bolado, que é coisa só da gente, 1h da manhã, frio em São Paulo, pra deixar quente eu pego ela de quatro.
Que toque delicioso que ela tem...
O beijo me encanta tanto, tanto...
Minhas mãos dão voltas e voltas pelo corpo, num passeio apaixonado e sem distração, a gente se ama no tempo corrido e apertado, quando ela tá perto é uma coisa louca e quando tá longe parece que eu sinto saudade e tesão dobrado.
Como eu seria capaz de explicar?
Ela me faz entender os sentimentos.
Os lábios dela quando me proporcionam a sorte de um encontro, me inspiram profundos amores e tardes longas, que esticam até o Sol dormir e a gente enxergar a Lua ali... Imponente e solitária no céu, se distraindo com nossos sussurros, ouvindo nossa saudade tomando conta de nossos corpos e assistindo nosso amor se concretizando dentro do quarto durante o ato, no ápice da nossa intimidade.
Se nós não limitarmos nosso tempo, a gente fica enroscada até o Sol raiar de novo - mesmo quando ela goza e quer mimir. E o ciclo repete. É sempre assim, a presença uma da outra é viciante, constantemente nos encontramos e ficamos assim... Grudadas. É como dois polos que se atraem, se buscam, não sei explicar o que acontece...
Depois de tanto tempo, acho que a gente não se esquece.
E acho que tudo bem.
Tudo bem, né?
A vida tem dessas voltas.
A vida tem dessas voltas demais.



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