domingo, 31 de agosto de 2014

Nietzsche morreu cedo.

Nunca fui do tipo altruísta. E se tu estás à procura de palavrinhas bonitas sugiro que saia daqui e vá ler Fernando Pessoa, meu caro. Pois bem, continuando... Nunca fui do tipo altruísta. Filantropia não é meu hobbie. Aprendi a viver dançando no limite entre a solidão e a loucura, e solidão e loucura tem muito em comum. Poético e babaca, assim eu definiria se tu me pedisses uma boa definição. Eu nasci ao contrário, e eu poderia começar lhe dizendo que eu nasci enxergando beleza na podridão da vida, enxergando beleza nas pequenas doses de desprezo que ela tem me dado dia após dia, e eu devolvo de forma generalizada. Nasci com um pé no caos. Passei anos ouvindo que eu sou egoísta, filha da puta... Tornei-me então. Eu sou uma existência meio bagunçada, inexplicável, talvez alguém me explique mas eu não busco esse tipo de solução. Eu poderia viver minha vida de modo simples, alheio a bagunça das outras pessoas e não incluindo mais ninguém dentro desse meu caos diário... Ledo pensamento. Eu sempre fui a garota com problemas comportamentais que joga pedra em vidros de carros pelo bel prazer de foder a vida de alguém e mostra o dedo do meio pra velhinhas na praça. Sou um coração invertido cheio de emoções contraditórias. Você não entenderia nem mesmo se eu escrevesse cinco páginas sobre isso. Eu nunca paro. Nunca fico quieta. Eu estou sempre me mexendo, sempre... Eu preciso do movimento, eu preciso... Ainda bem que eu consegui conter minha mania de movimentar as pernas 24h por dia, era cansastivo. Sou uma pessoa absolutamente atormentada. Chega a ser irônico como hora ou outra eu sempre estou envolvida em algum tipo de descaso emocional. Estou sempre envolvida em todo tipo de problema possível. Engraçado. Estou sempre no olho do furacão. Eu sou o furacão. Uma maré de sentimentos. Não sei fazer nada pela metade, não sei amar pela metade, não sei odiar pela metade. Sou o cachorrinho chutado pela vida, que acabou por se transformar no cachorro que morde antes de latir, às vezes nem late mais.
Vivre vite, mourir jeune. Tenho isso tatuado no peito, significa: Viva rápido e morra jovem. Essa é minha filosofia banana. Parabéns pra mim, meu bem, mas não te aflijas... 


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