Caixinha de música insuportável, bailarina que dança, dança rodando, não para. Isso não me parece dança.
Ela nunca para.
Odeio essa bailarina e o som calmo e perturbador que ela ecoa por aqui. Você passa as mãos no rosto, dedos entre os cabelos, checa o celular. Diz que já vai, está tarde. Levanta-se. Meu coração dói, do jeito emocional da coisa. Tudo dói. Meus olhos pesam. Peço-te pra ficar. Você repete que já vai. E foi. Sem aceno, sem adeus, sem nada. Só o barulho da porta encostando e um “vem trancar” dito baixinho pra não incomodar o vizinho do lado. Você e essa sua calma, sua maior qualidade que agora é o maior defeito. Te vilanizei. Você me matou, atirou mais rápido do que aqueles atiradores dos filmes de faroeste que eu gosto.
Bum!!!!
Não que tivesse feito algum som além do som das tuas palavras, eu nem disse nada, sem chances de revide. Já deu pra reparar que nessa história só eu me fodo né?
Ela nunca para.
Odeio essa bailarina e o som calmo e perturbador que ela ecoa por aqui. Você passa as mãos no rosto, dedos entre os cabelos, checa o celular. Diz que já vai, está tarde. Levanta-se. Meu coração dói, do jeito emocional da coisa. Tudo dói. Meus olhos pesam. Peço-te pra ficar. Você repete que já vai. E foi. Sem aceno, sem adeus, sem nada. Só o barulho da porta encostando e um “vem trancar” dito baixinho pra não incomodar o vizinho do lado. Você e essa sua calma, sua maior qualidade que agora é o maior defeito. Te vilanizei. Você me matou, atirou mais rápido do que aqueles atiradores dos filmes de faroeste que eu gosto.
Bum!!!!
Não que tivesse feito algum som além do som das tuas palavras, eu nem disse nada, sem chances de revide. Já deu pra reparar que nessa história só eu me fodo né?
Você, menina bonita dos olhos cor de mel, jeito de abelha venenosa e sorriso colorido, me diz pr’onde que é que você foi depois que saiu daqui, de mim, diz p'ronde é que tu foi depois que me deixou aos pedaços. Diz-me pr’onde é que tu levaste meu sorriso, me diz onde é que tu colocaste minha paz. Diz-me onde é que está esse teu abraço que eu estou sentindo tanta falta. É tanta falta que já não cabe mais fingir que não. Se alguma vez lhe disse não, agora lhe grito sim e repito: é só você voltar pra tudo voltar a ser. Pra você e eu voltarmos a ser o que éramos, mesmo com todos esses nós, com todos esses desatinos. Desencontros. Reencontra-me e diz que vai ficar, coloca no cabide aquele teu velho vestido azul da cor do céu, rasgadinho do lado porque você prefere assim. Falta tanto da sua bagunça na minha organização. A cama não se desarruma, tudo permanece no lugar. Falta tanto da sua risada gostosa, da sua gargalhada preenchendo o espaço vazio, falta o brilho dos teus olhos na escuridão do quarto, falta tanto das tuas manias e teus errados. Já nem digo quanta falta faz teu beijo e teu sexo, meu corpo ainda guarda teu toque delicado. O sabor do teu beijo misturado com o teu batom doce. Me sufoca e me ignora.
Falta tanta coisa no meio da falta que tu me faz. Tanta, mas tanta coisa!
Falta tanta coisa no meio da falta que tu me faz. Tanta, mas tanta coisa!
Você não diz nada, mais uma vez a sua calma. Minh’alma grita por você... Enquanto isso a caixinha de música, a bailarina, o chimarrão e meus devaneios madrugadeiros.
Dança bailarina, dança...
Dança bailarina, dança...
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