Disseram na TV dia desses que não é
possível viver com o coração fora do corpo, me pergunto então: como é que eu
tenho vivido se meu coração está contigo? Poeticamente falando ou não, isso é
algo que ainda dói. Vez ou outra eu esbarro em algum resquício de você por aí,
em alguma anotação, foto ou algo que me lembre. Às vezes tudo parece com você,
tudo lembra teu humor idiota. Não sei mais o que fazer com isso, com sua
ausência que se faz tão presente a cada dia, com os novos toques que tu recebe.
Fico me sentindo idiota por imaginar que tu vai sorrir embalada de novas
músicas, novos ares, seu coração vai disparar ao som de um novo "eu te
amo". E você não tem ideia do quanto isso dói. Eu morro um pouco a
cada dia sem que ninguém se dê conta. Estou me matando por trás desse sorriso
que eu insisto em manter. Afundo-me em outros amores na esperança de encontrar
um pouco de você, nem que seja uma mínima semelhança, e acabo passando dias
trancada dentro desse apartamento branco, sozinha. Vomitando textos ruins e
cultivando atitudes deploráveis. Acumulando tudo que eu poderia sentir. Eu
sinceramente já não sei o que fazer.
Mês
que vem faz um ano. São trezentos e sessenta e cinco dias. Oito mil, setecentos
e sessenta horas. Foram noites e noites rezando pra que eu consiga deixar no
passado você e toda essa história. Decidir te esquecer é bem fácil, difícil é
não desejar que você se lembre de mim antes de dormir. Eu decidi por
tantas vezes te esquecer e percebi que o obstáculo é justamente esse: esquecer.
Difícil mesmo é seguir, levantar daqui, difícil mesmo é não desejar que você se
lembre de mim antes de dormir. Nunca foi do tipo que sai por aí se apegando, e
sinceramente me pergunto todos os dias qual a razão de eu estar presa nisso, existem
tantos sorrisos pr'eu conhecer por aí. Vou sair, fumar meu beck, sorrir com as
amigas e enfim, pelo menos por algumas horas, te esquecer.
Espero do fundo do meu coração não encontrar com nenhuma memória sua por aí.
Espero do fundo do meu coração não encontrar com nenhuma memória sua por aí.
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