sábado, 8 de junho de 2024

me desculpe, meu bem, nada aqui é poético

Às vezes penso que eu não quero saber mais sobre ela, nada, zero notícias, sem novos olás. Não quis saber dela ontem, nem hoje e nem quero querer saber amanhã. Às vezes penso que melhor que seja assim, ela longe de mim porque de perto ela deixa cinza meus dias e apaga meu sorriso.
Às vezes acho que eu preciso me apaixonar perdidamente com urgência, me permitir viver um novo amor que me tire o chão abruptamente, que me encha de novas inspirações, que me faça criar borboletas no estômago e faça meu cérebro produzir uma paixão quimicamente intensa, sei lá. Preciso disso urgente. Mas como?
Por onde começar se eu farejo o cheiro dela em outros corpos? Se eu procuro os lábios dela em outros rostos? Eu penso que talvez meu destino seja conviver e lidar como posso com a saudade que eu sinto dela.
Mas repito a pergunta, como esquecê-la? Se não metade do processo ela me reencontra e a cada vez que ela reaparece na minha vida automaticamente minha cabeça inventa de fabricar paixão ou equivalente. Fazendo eu viver tudo de forma intensa. Incessantemente procurando nela o mesmo brilho que vi da primeira vez. E talvez eu nunca mais encontre isso nela, eu sei. É quase automático eu sentir o amor. Eu juro, eu não queria sentir amor, mas eu já senti tanta nojo, ódio e mágoa dela que acho que eu sentir saudades, hoje, beira o necessário e o amor é o único sentimento que eu posso ofertar que é mais respeitoso e menos prejudicial principalmente comigo.
Isso não é um texto, é só um desabafo.
Nada é como eu quero e nada é como eu acho que é.
Me desculpe, meu bem. Nada aqui é poético.


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