quarta-feira, 26 de junho de 2024

faltando muito pouco pra pensar logicamente

Às vezes ela me faz agir como se eu nunca tivesse sequer encostado em outras mulheres antes, aquele nervosismo juvenil e amador com sabor de novidade, como se eu sequer tivesse beijado outros lábios antes dela, antes de hoje, toda vez é assim e pra ser sincera eu gosto, me faz sentir vários sentimentos que eu não sinto habitualmente.
Enfim.
Mais uma noite, mais uma vez nós, mais um rótulo qualquer de vinho português dessa vez, pra gente tomar dando palpite no sabor, aroma e afins como se nós entendêssemos muito sobre o assunto. É isso. Vinho é atalho pra minha sem vergonhice ficar mais clara, pra vontade dele vir a tona e tudo mais. Não que precise, mas parece que quando a gente mete chapada, é sempre melhor. Nossa foda louca é sempre memorável. Ponto. O oral lento, dois dedos dentro... É sobre. O álcool mata a pressa.
Olhei para aquela mulher por alguns segundos enquanto eu imaginava toda a delícia que é a presença dela, ela comigo e mais um pouco, e ela dropava mais vinho na minha taça. Eu sou uma grandessíssima entusiasta dessa mulher e isso não muda. Do cheiro, da voz, da risada, do jeitinho que ela fala. Tudo. Por mim, eu moraria entre as coxas dela, moraria na sua risada deliciosa, moraria dentro dela.
É isso.
Entre vinhos e baseados, ela me beijou os lábios mais uma vez, me tocou e tirou lentamente minha camiseta de time, segundo ela, porque ela é santista e não é muito chegada em palmeirense. Dei risada porque sei que ela só fala essas groselha pra me ter pelada mais rápido.
Minha respiração ofegante denunciava que, por mais uma vez, ela tinha me ganhado. Era isso. Foi nítido. Mais uma noite conosco gastando as horas entre beijos e fodas.
Ela me observou nua por alguns segundos, depois dispensou sua taça, o free jazz tocando baixo ao fundo, palavras não eram necessárias, eu sei muito bem o que acontece depois do vinho, depois da gente fumando baseadinho, quando ficamos juntas e sozinhas.
Ela me puxou e embalamos um misto de dança com pegação sem limites. Meus seios tocavam os seios dela, meus lábios nos dela, molhada como eu estava, já não conseguia prestar atenção em mais nada que não fosse a língua dela tocando a minha, a textura do beijo, o sabor de vinho nos lábios, depois aquela boca linda no meu pescoço, descendo mais um pouco ela lambeu meus seios. Os dedos dela adentraram meu shorts e minhas perna afastou e abriu espaço quase que por impulso. Ela driblou minha calcinha e entrou tão rapidamente, com a calcinha afastada mesmo, que eu posso considerar ela a mulher mais sagaz que eu já trepei na vida, ela me beijava os seios, a boca, o pescoço e me fodia com total maestria. Como negar que na mesma hora meu corpo arrepiou inteiro, só eu sei o quanto eu quis aquela mulher dentro de mim nesse momento. Respirei fundo, ela sabia que estava no caminho certo. Me comia olhando na minha cara.
Enquanto ela cumpria uma demanda imensa de tesão que habitava em mim, meus dedos seguravam o corpo dela por inteira, eu sentia - e queria - aquela mulher inteira dentro de mim, por completo, assim, igual ela estava. Em pé mesmo, nas costas do sofá da sala, foda-se o local, o espaço, foda-se tudo. A gente tem uma coisa uma com a outra que se encostar dá choque, dá bom, queima, pura perdição.
"Não para, eu tô quase!" - eu praticamente implorei baixinho, mas ela não quis me deixar tão no controle, tirou os dedos molhados e quentes de dentro de mim e seguiu com a língua. Rebolei em seu rosto, depois deixei ela livre pra se movimentar, a língua dela pra cima, pra baixo, me engolindo, me lambendo, os lábios deslizando nos meus, minha perna nas suas costas, ela de joelhos, meus dedos carinhosamente em seus cabelos... Que visão! Eu gostaria de um quadro dessa cena, pela minha experiência.
Minha perna tremeu, eu escorria. Ela levantou, me beijou, senti na sua boca meu próprio sabor, depois ainda com a língua na minha boca, ela encaixou novamente os dedos, forte e devagar. A intensidade da minha rebolada aumentou, nos encontramos dentro de um movimento. Se ela queria buceta, então ela teve buceta!
"Hoje eu não vou te dar paz." - ela disse.
E posso falar? Não deu mesmo, não me deu paz, mas me deu inspiração pra um texto quer eu uso de pretexto pra eu não esquecer dessa noite deliciosa.


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