sexta-feira, 16 de setembro de 2022

soneto do amarelo

Por toda vida, pintei o amor com errada cor
Naveguei por mares de luxúria, sem cais ou elos
E fiz morada, ancoradouro, onde você rega flor
Já não busco tesouro, só nos cafunés nos teus cabelos caramelo

Linda e dourada
Eu fiquei apaixonada nos detalhes, trejeitos
Bela e malvada
Nessa noite de chuva te escrevo sonetos, sinto seus efeitos

Os bravos mares enfrentei, oceanos desbravei
E só em ti vejo perigo
Só vejo abrigo entre suas pernas, onde aportei

As ondas de saudade que surfei, foram flagelo
E dentre as coisas que faço pra não te esquecer
Passei a pintar tudo, tudo mesmo... de amarelo.


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