quarta-feira, 8 de setembro de 2021

ayúdame

E ela me atraía como algo que eu nem posso ter, mas queria. E num piscar de olhos eu estava exatamente onde eu gostaria de estar: totalmente nua na presença dela. Não me lembro das palavras que a fizeram adentrar meu quarto, se houve um convite ou se a noite foi apenas direcionando ela, comigo maluca de vontade dela, não me lembro do que eu disse pra ela até aqui. Mas ela estava exatamente onde eu eu gostaria que ela estivesse. Eu passei os últimos dias desejando tê-la exatamente assim... nua em minha presença também, então posso até dizer que ela é como um sonho bom. Uma vontade conquistada. Sei lá. Não me impressiona, já tinha flagrado uns olhares dela. E não que eu não tivesse planejado, e desejado, exatamente isso... Eu calculei - e imaginei - cada passo dela até mim, pra ser sincera. Só não esperava que fosse acontecer tudo tão rápido. Mas eu quis essa situação. E fiz de tudo para que fosse possível e realidade. Agora é pura apreciação.
E a filha da puta estava lá, segurando meu copo favorito com uma dose e dois gelos bastante derretidos... Tirei da mão dela, dei um gole e apoiei na mesinha. Eu amo whisky, a liberdade e vagabundas que nem eu.
Ela sorria aquele sorriso tímido que ela tem e que eu adoro, me olhava com os olhos que devoram, de sempre, os que eu gosto, também, e anseio. Era um contrapeso. Mas ela... Ela não conseguia esconder a cara de safada que tem, a vontade de tomar bucetada que ela sentiu naquele momento e por mim ela poderia me rasgar no meio que eu não ia nem ligar, só vai! Mas ela, calma, lá estavam aqueles olhares que me fodem sem nem ao menos precisar me tocar... aos montes, jogados e eu adorei, pra ser honesta, e os recebi como se fossem os primeiros, faziam minhas pernas tremerem. Deliciosos, assim como ela e como a gente. Os olhares dela foram os culpados por eu estar totalmente despida e maluca.
Eu estava totalmente nua, de costas, no colo dela. Eu a olhava no canto da minha visão, enquanto ela me fazia apreciar o momento com toques leves e provocativos... e eu via o ângulo mais lindo que já tive dela. A pele dela coberta somente pela luz vermelha do meu quarto. Meu bairro silencioso e sem graça do lado de fora. Virou minha memória favorita logo de cara.
Eu molhei as coxas dela num movimento lento de vai e vem porque, pra mim, já é impossível ficar parada normalmente, imagina o quanto foi impossível ficar parada enquanto ela me tocava, e eu somente desejando que seus dedos sobrestivessem logo a vontade absurda que eu senti de tê-la dentro de mim, naquele instante. Os dedos dela insistiam em deslizar lentamente sobre minhas tatuagens como se eu fosse uma obra de arte, ou pelo menos foi assim que me senti ali, naquele segundo, eu adoro mesmo o jeito que ela me olha. Como se quisesse me conhecer mesmo.
Caralho.
Eu escorria, acho. Pulsava.
Me senti inquieta por um instante, me senti praticamente incapaz de esperar até ela terminar de me tocar e passar a trepar comigo, no papo. E eu não fui mesmo capaz de esperar, me levantei rapidamente e ela tão rapidamente quanto eu se levantou também e me colocou de cara pra parede, instinto acho, nada seria mais rápido que isso, puro instinto, antecipou meus passos... Minha respiração já estava ofegante, eu dei uma risadinha como quem demonstra que já está dominada e é como se eu não pudesse evitar ou esconder a vontade que eu sentia dela. Não que não fosse óbvio o suficiente ou eu precisasse esconder qualquer coisa àquela altura, afinal ela estava nua e me caçando pelo meu quarto, né porra?! Mas a necessidade de provocação me fazia explodir por dentro, eu tinha pressa, vontade que não cessa, meu corpo e meus olhares eram quase como um pedido de ajuda.
Um grito por socorro mesmo. Achei que a qualquer momento eu poderia gritar "me fode" ou "socorro". Sei lá.
Mas ela... ela não me ajudou.
Os dedos seguiam sobre as escritas do meu peito até a Amy no meu braço direito, ela beijou, então, meu ombro, subiu pra nuca e escorregou pro meu pescoço com a língua... Foi impossível não virar para beijá-la, meu corpo parecia implorar por ela. Eu fervia. Me virei, minha língua encontrou o caminho para dentro da boca dela tão rápido que repito: sexo é a forma de se relacionar com alguém mais baseada no instinto que há. Nunca duvidei.
E então os polegares dela passaram a deslizar lentamente sobre as escritas abaixo dos meus seios, eu lambia os lábios dela como se eu fosse uma gata, enfiava minha língua na boca dela como se eu a desafiasse a concluir o motivo pelo qual ela estava comigo, naquele momento. Como se eu quisesse logo o resuminho, sem nenhum etapa antes. Tem mulher que a boca na boca, a língua na língua já me faz pirar, já me molha, eu já fico querendo tirar a língua da boca e enfiar em outro lugar.
Ela aperta meu quadril, me puxa pra mais perto, ela não é nada boba, me grudando nela, me olha, me beija. Me olha de novo. Esfrega a buceta dela na minha.
"Filha da putinha..." - ela sussurra - "Gostosa..."
Eu sorrio em resposta.
Eu, né? Sou mesmo. Vagabundinha com ímpeto.
Ela me beija enquanto desliza uma das mãos pela minha barriga, desce até minha buceta e entra, escorrega pra dentro de tão molhada que eu estava. Tira o dedo de dentro da minha buceta e leva a boca. O olhar dela perde totalmente a timidez. Eu mal consigo continuar o beijo depois disso, ela me ganhou, ela me encara, o ar parece mais denso, difícil de entrar pelas narinas mesmo. Tudo que há em meu corpo é vontade desesperada de dar muito pra ela e devorá-la, de volta, logo após. Sem pausa.
Ela volta os dedos pra dentro de mim e me beija em seguida... Eu rebolo para que os dedos entrem melhor, percebi o quanto isso deixou ela maluca, acho que ela não esperava que eu não passasse de uma vagabundinha mesmo. Ela gosta, mete mais forte. Me coloca de quatro, lambe meu rabo, não tem pudores e medidas. Ela sabe como me deixa fora de mim... E eu sou maluca por mulheres assim.
E quando eu finalmente gozo... É mais um pedido de ajuda... Ela não para. Queria gritar que não aguento mais, mas eu aguento... Aaah, eu aguento.
Me fez desejar somente uma mulher, mesmo que num milésimo de segundo.
Meu quarto quente segue inspirando paixões que passam rápido.
À essa altura nada mais se passa em minha cabeça, ela já domina meu cérebro, mesmo que só ali... E a ajuda? A ajuda não veio. Ainda bem.


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