domingo, 14 de fevereiro de 2021

assunto esgotado

Eu amo a sensação que ela me faz sentir quando eu a tenho presa (se é que é certo eu definir a situação assim...) entre meus dedos, quando eu fico presa entre os braços dela e ela retribui ficando presa entre minhas pernas, também... quando a gente entra numa vibe dessas. E hoje eu quero escrever pra nunca esquecer nenhum detalhe de como é que rola entre nós quando entramos numa vibe dessas.
Essa vibe. Ela e eu, céu azul, quarto quente, corpo quente, tudo quente demais. Quando se trata da gente, tudo é demais. Além do meu normal.
Nós somos enroladas demais uma na outra, enroladas demais MESMO, emboladas demais. Demais, e até demais. Em todo lugar a gente sempre esteve ou está embolada.
A presença dela é gostosa, é leve, ela só me traz sorrisos, o papo é bom, a ideia bate e flui naturalmente sempre, me traz quietude.
Mas nosso defeito mesmo sempre foi gostar de probleminha, todo dia, toda hora, de ser resumo, eu gosto de tê-la mandando mensagem me pedindo buceta, essa é a grande realidade porque é óbvio que eu tenho noção que isso me deixa com o ego gigante, Eu gosto de dar pra ela na mesma intensidade com a qual eu sou apaixonada por ela, tipo hobby. Competição comigo mesma pra ver como me supero cada vez que a gente transa de novo, e eu me sinto mais a vontade, isso explica, competindo em formas em dar gostoso pra ela.

E se eu fechar os olhos agora eu consigo sentir com exatidão as voltas que a língua dela dá na minha, a textura molhada dos lábios dela descendo pelo meu pescoço, por entre meus seios, descendo pra barriga, momentos esses que ela sabe que eu sou fã de contato visual, por isso ela me olha como se esperasse um feedback e ela ganha um dos meus olhares mais desesperados, que seguem deixando explícito meu corpo reivindicando um banho de língua muito bem dado por ela. Com capricho, com esmero.
Eu gosto dela porque eu posso ser eu mesmo ao seu lado, na sua cama, na sua casa... perturbada até e principalmente nos momentos que ela me tem de um jeito que ninguém mais tem, momentos onde eu estive despida de qualquer coisa que não seja conveniente ao momento, ela só vai me conhecer de fato comigo sentada no chão da sala dela, fumando um green e escutando ela falar sobre qualquer coisa ou filosofar qualquer uma dessas filosofias banana sobre a vida. Uma brisa sem fim. E acho uma graça ela falar que eu passo tanto tempo com cara de brava que quando eu tô fodendo ela, eu aparento até ser/estar mais simpática, buceta me acalma, de fato. Mas saiba: foder sorrindo é somente o fardo que eu carrego por ser uma mulher apaixonada.
Eu gosto do jeitinho tão reservado e discreto que ela tem de me comer com os olhos, só com os olhos... Ela me olha da cabeça aos pés, é impossível negar que eu não sei o que ela quer. Eu sei, e até que muito bem. Ela esconde mal. Ser direta é o que resta pra ela. Às vezes eu acho que posso desvendar aquela mulher somente por esses olhares que ela me dá, nunca passou batida.
Eu não tenho paz a partir do momento que eu sei que ela chega no baile, ela tem toda liberdade do mundo, mas se ela está lá é praticamente automático, eu a procuro. Quando ela me acha primeiro, é tão bom e tão delicioso a observar invadindo meu espaço, tocando meu braço. Um sorriso dela ou uma mensagem no whatsapp é chave pra ela me ter por inteira em menos de cinco minutos. Fácil assim.
Ela me obrigada a pensar fora da caixa, viver livre demais. Solta demais. Demais. Me assusta qualquer mudança drástica e ela chega e sempre muda tudo.
Se minha rotina não fosse tão atribulada eu juro que adoraria levá-la pra minha eternidade, sabe-se lá o que isso quer dizer, nem eu mesma sei quais as implicações quando eu digo isto. Ela não cabe na minha vida... mas sempre dá um jeitinho de ficar.


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