segunda-feira, 30 de junho de 2014

Cravo e canela.

Você me tira do eixo, é um ciclo vicioso, eterno, um desatino.
Tu és viciante, cravo e canela. Doce como o mel da abelha venenosa. E eu tenho alergia ao mel, às abelhas, às flores e aos meus outros milhões de amores. Passados, amargos, antigos.
Eu deveria ter tido alguma relação alérgica a ti quando permiti sua entrada na minha vida, não tive, nada, nadica de drama, não houveram mentiras, não houve um lado negativo, não houveram mais outras pessoas.
E você se instalou aqui, dando lugar à expressão de novos sorrisos e novos sentimentos.
Acostumei-me com tua presença e teu cheiro doce e você se acostumou com o meu jeito de viver em outro mundo. Já não há mais um “tu” sem meu “você”. Já não há mais sua praia sem meu asfalto.  Já não há mais você sem mim. Tinha que ser assim. Você pra mim, por mim. Eu pra você, por nós.
Que assim seja, cravo e canela, assim será.
Que a saudade de você não me mate antes possa lhe repetir "sim" todos os dias da minha vida. Que a minha ida até você não demore tanto pra acontecer. Que novembro adentre rapidamente nossa casa rosa, aquecendo nossos corações, chovendo companheirismo e inundando apenas a felicidade, o amor e a vontade de te dizer te amo, obrigada.


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