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Estive pensando nos últimos dias que eu não tenho certeza se eu me lembro exatamente como te conheci ou quando, não lembro a primeira vez que nos falamos, mas lembro da empolgação que senti e sei que vivi esse amor como quem vive pela última vez. Sei que de repente você e eu viramos um casal... Fomos um casal mesmo? Às vezes acho que você foi um sonho bom e eu despertei, flor. Acordei sozinha na cidade cinza onde tudo é solitário e sem graça. A realidade da distância é o que há de mais terrível.
O tempo me fez superar essa história, entender e aceitar de verdade o fim, mas jamais esquecê-la. Confesso. Nunca seria capaz. Eu sei que existem coisas que ficam mais bonitas quando viram lembranças, mas eu sinto saudades suas.
A saudade me chega ao longo dos dias em pequenas doses, sabia? Me lembro de você com uma frequência que você sequer imagina.
Nos distanciamos de uma vez só, com um band-aid que a gente arranca rápido na esperança de que doa menos, mas a cura pra saudade não acompanhou esse ritmo. A saudade dói, não o tempo todo, não todos os dias, mas ainda dói. Tipo quando a gente bate o dedinho na quina de um móvel e fica aqueles cinco, dez minutos doloridos? É exatamente assim, é igual dor de cabeça, do nada.
E é isso, flor.
Hoje sendo muitíssimo honesta, eu queria que só tivesse você no meu jardim. ♡
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