segunda-feira, 6 de março de 2023

senta, acende o verde, tudo tem seu tempo agora é nós e fé!

No primeiro texto que escrevi pra ela, lembro-me de ter nos rotulado como um casal que é sujo demais para o horário nobre.
Casal?
Os anos se passaram aos montes, voaram mesmo, eu ganhei e perdi algumas coisas ao longo do caminho, conheci e desconheci muitas pessoas, ela também. Inúmeras mulheres ganharam meu coração depois dela. Eu sou intensa, mergulhei profundamente entre as pernas de mulheres rasas. Eu me apaixono constantemente por hobby, eu acho. Mas ela foi diferente. Ela é aquela que eu sinto que não me esqueço mais, que eu não supero porque eventualmente alimento minha saudade com fugas até ela, onde ela me recebe sempre de braços e pernas abertas. A gente se conecta, se completa.
Posso dizer com toda certeza que muita coisa mudou... Mas nós continuamos aqui... em toda quebra de rotina ainda fugindo do horário nobre, porque ele é entediante e previsível, falso como a felicidade dos domingos, e nós juntas somos explosão, ela bota a classificação etária lá em cima, viramos uma ótima dupla +18, a gente melhorou em tudo quanto é sentido. Tem coisas que ela não muda, tem coisas que eu não quero que mude, tipo quando a gente bota os problemas no mute e beija lento sem intenção só pra ver como é que o corpo reage, e em meia hora as roupas estão no chão. Em meia hora a gente tá transando forte no box do banheiro, se olhando no espelho, em pouco sempre eu tô rendida. Depois disso é sucesso e transar com ela é sempre satisfatório e nunca gera decepção, é nos prazeres que o corpo dela ostenta que mora minha paixão. Ela segue transando comigo depois dos meus corres pra aproveitar a adrenalina do corpo,  fervendo a líbido, tentando desacelerar botando acelerado nela, que nem louca que sou - por ela. Diz que quando eu tô bolada eu transo mais gostoso e isso que fode. Cada ano que passa ou eu tô mais apaixonada ou de fato ela fica mais gostosa. A idade só me fez ganhar experiência. E bolada eu sempre fui. Louca por ela também.
Ela simplifica tanto os nossos encontros e faz o amor ser algo tão descomplicado que eu me pergunto porque é que eu não tenho o sobrenome dela e ela o meu, não que isso seja importante mas por que é que nós não viramos a chave e mudamos o status? Por que é que eu não tenho ela alegrando minha casa? Por que ela não está nua frequentemente decorando minha vida, meu quarto?
Às vezes eu acho que tudo é sobre ela e sempre foi. Sempre será. Ela se embola em mim, em todo lugar quando me encontra propositalmente, quando me vê, sempre foi assim, e acho que assim sempre vai ser.
Tesão com amor.
De: sempre/Pra: sempre.
Ela não veio pra mim com nenhuma placa de advertência, eu assumo os riscos, eu lido com as consequências da melhor forma possível porque quando eu chego ela sabe me desacelerar com um abraço, sabe subir a febre no amasso, sabe ferver meu coração, sabe aquecer a alma, com calma, sabe me pacificar. Sabe lidar comigo, com a minha ausência, com minha presença, com tudo. Ela é perfeita nisso... Ela me dá a liberdade de ser como sou.
Ela me enxerga com olhares de turista, de quem está somente à passeio, curtindo tudo sem pressa alguma, apreciando a vista, mas se eu bobear ela vem e fica. Permanece. Faz pouso. Me vira do avesso e me faz de lar... e depois de todo esse tempo, eu fico me questionando por que não? Ela já mora na minha cabeça mesmo, o que é que é tirar ela do nono andar? Só mais um texto bobo pra ela.



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1 comentários:

Anônimo disse...

Sorte a dela que tu escreve sobre ela... Sorte a DELA!