É tipo um hobby memorar essa mulher por inteira a cada vez que eu olho pra ela novamente. Obra de arte de cabeça aos pés. Óleo sobre tela. É sempre dia de festa - pra mim - quando ela vem, quando ela está, quando ela fica, quando ela permanece na minha vida, entende? Eu sou tão fã da gente porque o simples fato de ela estar dentro do meu campo de visão já transforma meu dia numa delícia e deixa minha semana mais feliz. Posso jurar que sempre faz Sol quando eu a vejo. Sempre chove quando eu sinto saudades, mas ela dá jeito em qualquer nuvem cinza. Eu gosto dela e meus olhos se enchem de saudades toda vez quando eu acordo sozinha na manhã seguinte e não a vejo porque a rotina dela às vezes não me permite acordar ao lado dela, e tudo bem. Ela é minha mais pura saudade em carne, osso e amor. Guardo pequenas doses da gente pra quando a saudade aperta demais e os dias não são quentes, queimando minhas horas sem paixão. São segundos, minutos e horas cheias dos vazios que a falta dela faz aqui. Acho que sou viciada na presença daquela mulher.
E ela? Ela me dá muito de si, eu sei. Mas eu inevitavelmente sempre quero mais, nunca fico satisfeita de amar aquela mulher. Como faz, então?
É impossível não pensar nela. Não desejá-la. Não querer mesmo. Impossível não viver meu dia desejando sua companhia.
Eu sei de cor cada detalhe de cada centímetro dela por inteira. Eu conto as voltas incansáveis que a língua dela dá na minha, intencionalmente criando nós, voltas provocativas, deliciosas... Ela é intensa. Somos explosão, sempre é bom. E tem coisa mais gostosa que nós duas enroscadas sem desgrudar, como eu queria mesmo que fosse sempre? Não tem. Eu guardo o cheiro dela... A voz... O corpo. Tenho em mente que tudo, absolutamente tudo que é sobre nós à somente nós pertence. Por eu escrevo pra lembrar, pra não deixar nenhuma memória sumir, pra sempre que ela abrir esse texto aqui, ler e sorrir.
Ela é foda.
Eu adoro que ela vence minha timidez e se convida pra estar despida no meu quarto preto, em busca de alguma felicidade, consegue ser mais linda e impressionante que Danaë, do Klimt. Eu poderia olhar pra ela por horas, também. Acho que sou maluca, uadauel das ideia nessa mulher.
A gente fuma um beck, dropa meus doces, transa louca e diz que ama. Na cama, na luz vermelha, ela me lambe por inteira e me rende, fico à beira da loucura e me declaro como dela. E eu sou? Talvez, estou tendenciosa Para o sim, sei lá, sou toda minha... mas quando ela entra e sai de mim eu poderia até jurar que sim. Aquele milésimo de segundo onde pele responde arrepiando, me impressiona mais ainda, provocativa, a ponta dos dedos dela tateando minha calcinha. Quer que eu peça ou tire a peça. E se eu fechar meus olhos eu consigo lembrar das ótimas conversas, do cheiro, da sensação que precedeu cada beijo na boca gostoso que ela já me deu, de cada sexo. Existe alguma forma de estar dentro do mesmo metro quadrado que ela e não explodir vontade de beijar seus lábios, todos eles? Não tem. O gosto do gozo dela insiste em viver na minha boca e eu só quero seguir saboreando desse amor, porque é doce. Sabor provocativo, de perigo. Me soa atraente. Eu não quero fugir.
O frio na barriga é inevitável...O amor também.
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