Olá, sirène.
Quantas vezes eu fechei os olhos e sua voz ecoou na minha cabeça, como uma ordem? Inúmeras. As mágoas viraram somente grãos de areia, mas se eu juntar tudo, eu tenho dunas. Já falei disso.
Você sabe que conduziu e direcionou meu senso de certo e errado ao seu favor, você não considera isso minimamente errado? E é sensacional a forma que você consegue me controlar até quando eu tenho certeza de que sou eu quem estou no controle, e eu adoro estar sempre no controle, pelo menos no meu, você não acha errado fazer eu pensar em você até enquanto minha língua tá dentro de outras bocas ou deslizando em outros corpos. Tenha dó de mim, mas espero que saiba que eu não vou ter de você. Você brota na minha cabeça feito um insight, a ficha que cai quando eu tô quase gozando na mão de qualquer outra que não seja você.
Você nunca me quis de verdade, né? Por que você faz isso?
Você faz eu me sentir no erro até quando eu tô acertando em cheio, acertando bem no meio do alvo porque eu sou boa de mira pra caralho.
Acertando pelo menos comigo mesma, pra variar um pouco, só um pouquinho... né? Seriam esses as sombras, fantasmas da minha mente que a ***** falou que eu preciso libertar? Possível que seja. Sensação de ser a vítima. Mas aí eu lembro que eu não tenho dom nenhum pra vítima. E então eu sou a culpada? Sou vilã? Sim? Mas por que?
E que se foda, eu citar qualquer coisa sobre essa história é só mais somatória pro blá blá blá, não busco por resposta nenhuma mais, escrevo pra te apagar aos poucos como apago palavras, e adoraria fazer de você tão fácil de se apagar quanto rascunhos à lápis. Eu te amo, mas muito. E ainda assim não dá pra falar sobre seu lado bom sem me lembrar do seu lado ruim, e vice versa... Então eu sempre faço um bolo de palavras contraditórias. Não quero que pareça drama, mas às vezes até eu acho que é. Não me arrependo, mas às vezes sim. não te quero pra mim, nem ao meu lado, nem comigo, nem próxima, se possível não esteja sequer dentro da mesma cidade, se possível quero que saia da sua cidade a cada evz que eu for propositalmente transar com alguma amiga sua, no sigilinho, mas às vezes e só às vezes sim, eu quero você... Às vezes acho que você é essencial feito o ar. Sei que me balança feito o mar.
Às vezes eu queria ter conduzido essa história de uma forma diferente. E dentro do meu diferente já teve diversas situações onde eu te comia somente pensando apenas em estar longe de você, o prazer pessoal de estar dentro de você eu já deixei de lado há muito tempo. Mas eu sou maldita né? Eu sou dominada pelo tesão e ego. E quanto mais eu pensava em parar, mais em continuava, mais o meu sangue fervia de ódio, mais seu olho revirava... Te foder é o prêmio que eu ganho sem querer, querendo. Me falta paz, buceta nunca faltou. Mas com você... É sempre como se meu corpo não obedecesse mais às ordens dada pelo cérebro, à minha racionalidade, obedecesse somente ao instinto, ao sexo. Desde quando a gente virou só sexo?
"Não fode, Jéssica." Aaaaah, eu fodo sim.
Mas é você quem estraga tudo. E demorou pra eu perceber.
Sempre.
Às vezes você estraga da melhor forma possível.
Mas não deixa de estragar.
Às vezes eu acho que você não merece sequer meu desprezo, mas às vezes.... Às vezes eu te desprezo, sim.
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