quinta-feira, 21 de maio de 2015

Georgia On My Mind

Obs: Se você pretende ler esse texto, sugiro que antes de começar coloque essa música para tocar: 






Às vezes eu chapo e fico teorizando sobre o amor. O que é, o que faz...

Antes de tudo, eu gostaria de dizer que o amor existe. Para os desavisados e pros descrentes. Todos. E o amor nada mais é que quando alguém realmente aceita suas cicatrizes, sejam emocionais (quando aquela menina que tatuou seu nome e te traiu na semana seguinte) ou físicas (aquele tombo que você levou aos doze anos que lhe deixou quase uma sósia do Harry Potter).
O amor é, ele simplesmente é! E pensando bem conosco sempre foi amor, a paixão mesmo veio depois.
Já era amor quando eu achava engraçado que você conseguia ir de amor à ódio num mesmo dia. TPM. É possível se apaixonar pela pessoa durante os altos e baixos da TPM?
Já era amor quando eu sentia o seu perfume e na minha cabeça tocava "Georgia On My Mind" do Ray Charles, como trilha sonora e eu só faltava levitar de tanta alegria (e porra, a gente tava indo pro terceiro encontro!).
Já era amor quando você passou a dormir no meu apartamento. Já era amor quando eu achava fofo que você vestia lingerie da minha cor favorita num dia que nós tínhamos combinado de só ver filme e comer pipoca com refri. Já era amor quando eu acordava olhando você descabelada e você continuava sexy e linda pra caralho. Linda pra caralho, esse é o termo mais à altura que consigo encontrar.
Já era amor quando você conseguia ser encantadora apenas contando como foi seu dia ou contando coisas aleatórias sobre signos. Eu nem gosto de signos, mas o lance é que com você tudo fica mais interessante.
Sempre foi amor. Foi amor em todas as vezes em que eu saí da sua vida, depois voltei e depois você saiu da minha, depois eu e você voltamos e nos esquecemos.
Há de ser amor na próxima vez em que nós terminarmos. Há de ser duas vezes mais amor quando você voltar. Eu já sei como vai ser: você vai entrar sorrindo no meu apartamento. Eu vou sorrir também e disfarçar, te olhar e cumprimentar. Um abraço ou aperto de mão. Uma olhada rápida em volta e você percebe que falta tanto de nós por ali.
E então, alguma de nós  há de lembrar que é amor. E nesse momento a gente começa a se apaixonar, porque tanto eu quanto você já percebemos que era amor antes mesmo do primeiro oi.


Share:

0 comentários: