E ela adora que eu falo tudo na cara dela até aquilo que ela não gosta de ouvir. Eu sou sincera e ela odeia. Verdadeira com ela e comigo, em primeiro lugar. Eu elevo ela pra caralho, mas comigo é sem bajulação. Ela gosta. Discute comigo em tom de brincadeira e eu acho tudo mega maluco, e até fofo. Faz eu pensar que a gente daria mesmo um belo par, mas aí ela me faz perder a linha, eu quase explodo, só eu sei o quanto eu sou mó paz e além do mais, eu só encostaria violentamente nela se ela estivesse sem roupa, louca, ganhando dedada e pedindo aquele tapinha no bumbum e na cara, momentos e momentos. Ela domina minhas lembranças. Meus ciúmes bobos. Ela enfia minha concentração no bolso. Ela monopoliza a minha atração, minha atenção. Beira o vício. E ela sabe e se diverte com isso e com o fato de que eu sou enlouquecida por ela, maluca, doida, apaixonada... Tudo, absolutamente tudo naquela mulher e sobre aquela mulher me interessa, me desperta o amor e me faz querer consumir mais e mais do meu tempo com ela. Teria, facilmente, uma vida com aquela filha da puta.
Ela me faz feliz demais quando aceita todo e qualquer convite meu, me enche de atenção e amor, de beijo na boca. O gosto da loucura na minha língua tem um sabor bastante doce, puro açúcar. Vicia e é perigoso. Ela me beija fedendo à paixão. E o cheiro dela tá grudado no meu moleton.
Ela é do tipo de mulher boba, bobinha, igual eu. Ri de piadas ruins. Memes ruins. Das minhas falas ruins. Eu fico boba e encantada com pouco, sonhando em tê-la encontrado bem antes nessa trajetória, vivo recebendo muito mais do que eu preciso. Ou quero. Ou busco. Ela vibra na mesma energia, intensidade, sintonia que eu e sinto que somos brilho. Com ela o ritmo da vida fica mó paz.
É isso.
Maluca por ela com ou sem meus dedos após amassos e beijos, entrando e saindo dela ou bagunçando seus cabelos, em silêncio, ouvindo a respiração dela num cafuné pós sexo ou no carinho que antecede tudo. Gosto de tocar seu corpo. Gosto de ser tocada por ela.
Eu adoro ela dentro da minha casa, mesmo sabendo que tudo que eu ofereço pra ela é buceta e água. Com ela dentro da minha casa, o tesão me domina, ela entra do meu quarto e em cinco minutos eu já quero estar dentro dela, então sem muito rodeio eu puxo a calcinha pro lado.
A mão dela tocou suavemente meu pulso, daí ela foi subindo, alcançou meu ombro, deslizou pras minhas costas, minha nuca, tocou minha orelha - o que me fez rir - e me abraçou. Invadiu meu espaço sem pedir licença, sem formalidade alguma e eu não gosto mesmo das coisas muito formais. Por cinco segundos inteiros da minha vida eu consegui prestar atenção somente em uma coisa, me concentrar mesmo, parar ali e só apreciar algo. Ela, no caso. E ela tava linda pra caralho. O inverno abraçava meu bairro, gelado. Eu fumei um na cadeira do meu quarto apenas contemplando o universo enquanto ela me chupava. Minhas memórias celulares mais vívidas fazem ela continuar morando mais na minha cabeça do que na casa dela.
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