Raios e trovões era toda a iluminação que nós tínhamos do teto solar do motel aquele noite. Um milhão de flashs no céu e mais algumas centenas de flashs dentro desse quarto..."Vai me gravar chupando?". Essa foi a primeira.
De primeira foi inesquecível...
Da segunda eu lembro que foi 1/2 na mente e a outra metade pra ela, nem é aconselhável mas ela mistura tudo com qualquer líquido da família Johnny Walker, toda vez. E isso vai subir que ela nem sente. Ela vai de cowboy primeiro pra depois eu ir de cowgirl enquanto me fode sem pensar duas vezes, quer bucetada? Sempre direta porque sabe que assim eu não nego, não complico, e não é só isso que ela quer? Não é só nisso que ela pensa quando me liga? Eu cedo porque a reciprocidade da atração faz eu querer dar o que ela quer, solta demais, me tem simpática, me tem quando quer, ela só precisa me mandar um WhatsApp avisando que tá afim de ficar comigo. E como eu gosto disso, e como eu quero também só isso pô... Ela me pede emprestado, mas (in) felizmente eu só quero dar.
Sou uma grande apreciadora da forma como o whisky com ácido faz ela segurar meu pescoço mais firme, bater mais firme. Me sinto baleada toda vez que eu entro na mira daquela mulher. E que mulher... eu molho só quando ela encosta em mim. Nesse nível.
Da quarta vez a gente tava num baile na Vila Helena, e ela sussurrou no meu ouvido que queria somente um copão de whisky com energético primeiro e chá de buceta depois. Sequência que ela gosta e ela sabe que eu gosto mesmo é das mulheres bravas, que nem eu. Uma vez ela me falou que eu só dou uma risada sincera enquanto eu tô tomando tapa na cara. Talvez ela nem tenha mentido e até seja uma bela observação. Prometo tentar melhorar mas agora eu sou apaixonada demais pelas mulheres indomáveis. Do tipo de mulher que vai rodar a cama comigo, o quarto, sei lá... vamo em pé, vamo na rua. Tudo sempre é expansão, intimidade também seria, então? Só não quero parar. Ela não para. Se ela não cede eu não cedo, vamo até amanhã cedo então. Eu transaria com ela até na Lua, se fosse possível. Mas me contento com qualquer lugar onde ela se sinta confortável. Importante matar as saudades.
Eu sou mulher problema demais e eu acho que talvez por isso eu atraia outras mulheres tão probleminhas e problemáticas quanto eu. Até piores. E ela é com certeza um dos melhores e mais deliciosos problemas que eu já inventei de arrumar.
Noite fria em pleno verão, ninguém entende nada, a chuva que molhava minha rua e me molhou também da saída do prédio até a entrada no carro, ela compensa qualquer stress com aquela expressão de tesão gostoso quando goza, segura meu pulso, pede mais fundo, eu molhada, ela escorre... Estamos de igual pra igual. Toda vez que eu gozo ela me lembra que eu sou problema, do problema. Repetição. E o pior é que eu acho que ela destinada a me encontrar. Bater de frente mesmo. 110km/h, sem proteção, a atração sempre foi algo mútuo, desde o primeiro segundinho que eu coloquei os olhos nela.
Juro que a cena até tinha um ponto de vista poético que eu poderia escrever pra contar, tinha uma luz, era uma noite onde tinha ela e eu juro... Ela consegue ficar mais linda a cada dia, a cada foda, tinha uma playlist que ela fez porque lembra de mim, teve papo cabeça, risada, mas eu só consigo lembrar dela fodendo comigo sem parar dentro do carro às duas e meia de uma madrugada. 90% das vezes só me dá sinal de vida durante a madrugada mesmo, entende e respeita meu ritmo. Sente o mesmo que eu sinto. E é sempre bom lembrar que qualquer noite fria quando ela aparece fica melhor e mais quente. Ela melhora tudo, minha cabeça meu dia, melhora da brisa ao clima.
Ela é dessas.
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