Eu sou o poeta fracassado. O poeta bêbado. O poeta que chora sentado na sarjeta, com as mãos no rosto. Eu sou o poeta que te escreve em guardanapos de boteco.
Caminhei em direção ao topo, como um jogador, não demorou muito até que eu chegasse aqui, no alto dos seus imponentes trinta e cinco andares. 115 metros. Às vezes eu venho fumar meu beck daqui, fico imaginando se não seria tragicômico se você acordasse com minha cara estampada no jornal amanhã. "Caiu lá de cima" "Acho que se jogou". Imagina como o cara do táxi que eu amassei, caindo em cima, ia ficar chateado.
Sem nota de adeus.
Sem motivos aparentes.
Ia foder o carro do taxista.
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