Meus olhos percorreram a expressão facial dela assim que ela abriu a porta e botou os olhos em mim, também. Um oi gostoso de ouvir, aquele sorriso gostoso de se receber, um jeito gostoso que ela tem de mexer os lábios pra pronunciar meu nome e principalmente pra gemer meu nome, uma maneira única que ela tem de me receber e me dizer que estamos em paz, pelo menos por hora. Ela me abraçou apertado e meu coração disparou na mesma hora, ela tem esse dom mesmo e eu não tenho nem palavras pra explicar que mais uma vez por livre e espontânea vontade eu estou no nono andar. Hoje, por incrível que pareça, sem vontade nenhuma de voltar pra trás, nem fugir, nem nada. Só estar aqui e contemplar algumas horas dividindo as horas, o afeto e tudo mais que nosso encontro nos proporcionar, compartilhando minhas gramas e uma garrafa do nosso bom e velho vinho vagabundo de sempre.
E veja só, nada muda. Duas ou três taças daquele vinho doce que eu gosto e pronto, está desbloqueada a versão mais danada de mim. Logo nos embolamos entre línguas, olhares, roupas, toques, ali mesmo no tapete da sala branca, enquanto a Netflix passa uma série que eu já sou humanamente incapaz de prestar de qualquer forma. Ela pediu nossa playlist pra Alexa e o som ambiente deixou tudo muito mais quente pra gente, a luz caiu um pouco. Ali mesmo, puxei a calcinha dela pro lado e ela me chamou de indecente, e enquanto enfiava a língua na minha boca ela guiava meus dedos pra um passeio íntimo por cima daquele fino tecido, disse que eu sou muito pra frente, mas ela quem se esfregava nos meus dedos. Honestamente? Ela esquece que quando se trata da gente tudo é meio jogo sujo, meio hard, indecente mesmo.
Alguns minutos depois, a luz mais baixa, ambiente propício pra saborear aquela mulher, dona do meu sexo favorito. As curvas do corpo dela combinam com a iluminação quente. Me deu vontade de tê-la na minha boca, sentir seu gosto, matar a sede que eu sinto do seu gozo. Ela me provocava, ativou meu instinto mais animal da coisa.
E que delícia de momento, que delícia é tê-la no alcance do meu amor, da minha libido, da minha vontade, dos meus pensamentos, dos meus dedos, dos meus lábios, da minha língua, corpo, alma, da minha saudade, da minha memória celular, da minha memória afetiva, ela com cheiro de Sundown, Cenoura & Bronze, pele de sal, pés na areia, coisa e tal. Mas tudo bem. Essas palavras todas são como a gente transa gostoso no quarto, na sala, no carro, na Lua, na rua. Em qualquer lugar. Pouco importa, ela me deixa a beira da maluquice, eu não consigo segurar, ela sempre pede calma, eu sempre estou apressada e peço mais, peço rápido, peço pressa no que me interessa.
Ela gosta de me fazer sentir, perceber mesmo o quanto ela tá molhada, animada, aquela cara que ela faz de safada, me chamando de filha da puta... Eu não resisto e sequer tento. Aliás, eu venho pra isso. Escrevo isso, agora, enquanto ela vai buscar algo na cozinha, totalmente nua, desfilando como se me convidasse a observa-la e caralho... eu amo essa mulher, eu sou doida nessas curvas, penso que transar com ela e sentir tudo isso, ajuda muito com o aprimoramento do meu desenvolvimento sensorial.
É, talvez eu seja filha da puta mesmo rs
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