E só eu sei e vivi a saudade insuportável que eu senti dessa mulher, saudade que eu guardei aos montes nos porões do sentimento, da cabeça, do peito.... Enfim, a saudade dela nunca foi coisa de momento e por vezes eu achava que nem teria fim. A sorte é saber que nenhum momento é capaz de durar pra sempre.
A culpa, se é que há, é toda e exclusivamente minha (mesmo que eu não carregue) porque depois do primeiro beijo, primeira foda, eu me apaixonei. E eu senti falta porque ela propositalmente optou por me fazer falta. Talvez fosse pirraça, retaliação por algum "mau comportamento" meu. Mas nós éramos jovens demais e a diversão em me tirar de outros braços, do meio de outras pernas, que seja... fazia ela se sentir super poderosa, jogo infindável, ego gigante, inflado, depois de um tempo o vai e volta ficou chato.
Hoje eu já não sou facilmente convencida por qualquer mulher, nem por ela, nem tão jovem quanto eu era quando eu era manipulada por ela... Mas ainda hoje ela sabe que me convence a vir usando pouquíssimos argumentos e a minha necessidade de pertencimento e o fato de eu gostar muito de sexo sempre me fez querer voltar. Isso é fato. Ela joga bem, eu também, a combinação me cheira a perigo.
Antes do plim que eu tive na cabeça, eu jurava que era amor. Ela jura até hoje que é. Eu não sei o que é, mas chega a ser irônico ela falar que me ama e eu só conseguir pensar que ela fode muito bem. Nada além.
O amor passou.
Mas eu sigo transando com ela para que ela nunca seja capaz de me esquecer porque eu sou filha da puta e egoica também.
Eu sempre fui ótima em priorizar e ter como meta os desejos dela, e só pra confirmar: olha eu aqui de novo. É... O sorrido dela é o mais convidativo, quando ela me chama pra vir não posso negar que a possibilidade de transar com ela é o fator que me excita.
É puramente sexual.
Prazer carnal.
"Vou embora depois que você gozar...". E se ela dorme, às vezes eu nem dou tchau... Às vezes demoro muito pra voltar ou não volto também. Passo meses...
Vivo um dia de cada vez. E hoje... Hoje eu me perdi.
Então só vou encerrar dizendo que aqui do alto do nono andar, além da voz gostosa que ela tem, gemendo, chamando pelo meu nome, pedindo mais forte... Eu não escuto mais nada, e nem sequer me lembro de mais nada. Nas poucas horas onde me encontro nua no quarto dela, é como se não existisse vida ou problema fora dali. Ela me observa, o olhar de encantamento é mútuo... Desde o primeiro.
Deixo o celular tocar sem me importar com quem me solicita do outro lado... Ela é tipo uma das minhas poucas fugas na rotina que são capazes de me fazer esquecer o que existe da porta pra fora. Ela me preenche de uma forma que na minha concepção quando eu estou com ela é: a vida sem ela não é nada. Mas é importante lembrar que quando estou longe a ideia de uma vida com ela é improvável, inconcebível... mesmo que no primeiro olhar que ela me dê meus problemas tenham a mesma consistência que areia.
Um dia de cada vez, né?
E sobre hoje, pra minha sorte, e a sorte dela, é que hoje eu não vim sem motivo, e nem vim no intuito de fugir. E ela tá sem hora. Isso significa que ninguém vai embora.
Sem pressa, o dia e a noite de hoje eu vou gastar ao lado dela.
Aqui com ela eu só escuto a música da caixinha de som que está no cômodo ao lado, fodendo com zero afeto, nós duas embaladas na minha trilha sonora conturbada de funk dos brabo, daqueles que eu gosto mesmo, daqueles que eu nem escuto a letra, mas eu sei que gosto porque ficou marcado eu transando com ela, no sofá da casa dela e ela acompanhando a batida jogando a buceta em mim. Pedindo que seja sempre forte sem dó, pedido que eu cumpro. Nem é uma hora da manhã ainda, e eu já tô loucona de whisky e md, ela de bico verde. Atravessei a cidade pra transar com ela, e a maldita nunca me decepciona, especialista em me dar do jeito que eu gosto.
Ela é a saudade que eu cultivo porque eu sei que ela vai matar com a sentada mais gostosa que ela puder me dar. Vir ainda é a mais pura garantia de um sexo bom, daquelas foda que eu chupo ela com fome (e ela goza pra matar a minha sede).
Morro de fome de buceta.
Safada.
Eu não valho nada e a cotação cai mais ainda quando ela me pede pra botar dentro com a cara de filha da puta que só ela tem. Como que fala não assim?
Mas a principal pergunta que eu me faço é: como que eu entro nesse apartamento jurando que eu não é somente isso que eu espero dela, no fim?
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