Festa estranha com gente esquisita... Mas eu tô tão legal que parece que eu nunca mais vou querer sair daqui. É cada buraco que ela me enfia que eu às vezes desacredito dos convites que ela me faz e eu sempre brigo comigo mesma pra negar. Sempre me desmancho em respostas positivas, é importante ressaltar e eu não posso nem fingir que não adoro quando ela tá comigo em qualquer um desses lugares malucos que só conheceria mesmo por ela e mais ninguém.
Ofereço pra ela algo mágico, ela aceita porque sabe que também vai ficar mais intensa, solta, liberta, sair do chão e de si, eu prefiro ela em cima de mim do que em si. Ela sempre me diz que eu tenho "uma cara de filha da puta" e algumas atitudes igualmente filhas da puta. Sapatão e filha da puta.
Me fala que eu sou tipo um paraíso, mas que a intoxica... ela gosta. Termina a fala e ri... Pra mim ou de mim, não sei, mas eu fico sempre presa nas expressões que só ela tem. Confesso que mesmo sendo até desenrolada eu demorei pra entender as intenções daquele sorriso: a gente vai fechar a noite com chave de ouro fodendo no estacionamento do rolê de novo. Fazer o quê? Essa cara corada dela é o meu start, parece que nunca dá pra esperar. Qualquer lugar é lugar quando se trata daquela mulher. Senti falta desse sorriso, dela na minha cama me jurando mil amores sem a menor necessidade, estamos ali somente pela saudade mútua, é puramente falta dela debaixo dos meus olhos e do meu edredom, da luz vermelha do meu led, ou talvez seja só falta dela próxima a mim mesmo, sei lá. Com ela é tudo tão melhor, ela e aquela vibe dela que alivia todas as dores e o peso do mundo que eu carrego... Ela me dobra e coloca tudo isso que eu sinto no bolso. Maldita. Linda. Fico encantada e se eu continuar pensando assim acho a tendência é ir de mal à pior. Esse tal sorriso dela sim é o que me tira do chão e de mim, ludibria mais do que se eu tomasse toda minha cartela de doces, mete e mente sorrindo e o mundo parece perfeito quando eu tô sob o efeito que a buceta dela me causa. Tô viciada, amarrada, estagnada... Presa na foda que ela me dá, é foda! Ela pedindo tapa na cara me surte mais efeito que as drogas que ela transa comigo pra conseguir. Vou de bandeja direto pras mãos dela, ventríloqua, cobra com asa que ela é com certeza a farei muito feliz entregando meu coração de bandeja pra ela. Me controla igual carrinho de controle remoto, só que ela sabe que comigo é sem controle porque ela e só ela me faz perder mais o controle do que eu perco isqueiro. Faz o que quer comigo e de mim, e eu ainda me pergunto todos os dias como permito. Sou omissa, mas não omito minha vontade recorrente de transar com ela. Com ela.
Por ela eu tenho um apreço inexplicável, sem sentido, uma quedinha leve digamos assim, sem motivo e digo que não tem nem mesmo direção porque eu sequer quero algo sério com a pessoa dela, conheço a peça, me prega tanta peça que se era pra ter sentimento concreto, eu concretei e deixei que fosse apenas meu vício, subi um muro tão rápido que virou só meu segredinho, refúgio, válvula de escape, esse é espaço que ela ganha no meu universo: tesão absoluto, me sinto errada na vida dela, inadequada, peça de um quebra cabeça diferente então logo não encaixa, mas mesmo assim não há nesse mundo nada que me faça ficar longe dela, quando eu me vejo eu já tô isolada entre aquelas pernas, fodendo forte, rápido e mesmo assim sem pressa. Brigando pra dominar, às vezes me deixando ser dominada e dando pra ela a sentada pedindo mais que ela tanto adora.. Sem cansar... horas se vão sem que a gente perceba. Acendo um, bolo outro, ciclo vicioso e viciante. Dropo mais 1/4 e ela me faz pintar um quadro tão feliz de mim, no espelho do teto eu pareço tão feliz, ela é o meu brilho, derrete meu cérebro, ela é alegre e colorida, assim que eu a enxergo, minha dose de felicidade guardada dentro de uma calcinha e algumas peças de roupa a mais. Pura e simples. Nua, crua, faminta, pedindo mais e mais de mim. Suor escorre com ela grudada em mim. Rápida, sem me negar, sem esconder a saudade que dá de dar pra mim e vice versa. Me arranca suspiros e versos, frustrações pessoais e intransferíveis também, algumas... Mas acredito que eu tenha aprendido a lidar com as voltas que o mundo dá, ou com as voltas que ela me dá. Vai embora, mas sempre tem volta. Só me chamar, que eu volto...
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