Sorrio para o porteiro, dou bom dia.
Abro o portão, passo. Atravesso o pátio, faço meu ritual de não pisar nunca na porra da tampa de metal da frente do meu prédio. +100 pontos.
Entro já recolhendo as cartas lendo apenas os remetentes, nenhum sinal de você por ali. Cobrança. Cobrança. Cobrança. Normal. Tudo segue igual. Mais um dia onde não teve você visualizando meus stories escondida considerando que eu não perceberia, nem me mandando nenhum tipo de mensagem em nenhuma rede social. A sensação de alívio com um misto de agonia é recorrente. Me sinto fugitiva, prisioneira de algo que eu não posso permitir sequer que continue a existir. Continuo passando cada dia trabalhando minha meta de não ser tão filha da puta com você ao ponto de me arrepender depois, te fazer triste nunca foi minha intenção. Sigo ausente de quem me quer bem e isso segue sendo problema meu, sigo lendo horóscopo de jornais velhos e aprendendo fazer receitas em programas de TV ruins onde tem papagaios de plásticos que falam. Nunca fiz uma receita sequer.
Enfim... Alguém me disse que se leva 21 dias pra criar um novo hábito, extendi pra quatro ou cinco meses, sei lá... Nesse tempo aprendi que a saudade e lidar com sentimentos é uma lição diária de autocontrole... Às vezes eu me perco e não sei manter a calma e em outros dias eu juro que não penso em você. Você faz falta, assumo. Quase mesma falta e abstinência que eu senti quando parei de cheirar cocaína, mas nesse caso eu vomito saudade.
Enfim... Alguém me disse que se leva 21 dias pra criar um novo hábito, extendi pra quatro ou cinco meses, sei lá... Nesse tempo aprendi que a saudade e lidar com sentimentos é uma lição diária de autocontrole... Às vezes eu me perco e não sei manter a calma e em outros dias eu juro que não penso em você. Você faz falta, assumo. Quase mesma falta e abstinência que eu senti quando parei de cheirar cocaína, mas nesse caso eu vomito saudade.
Roupas secas no varal no meio da sala, o café esfriou e a cerveja de ontem continua na pia e já parece um chá em temperatura ambiente, eu nem gosto de cerveja. A dona da marca da batom na boca da garrada também não me pergunte. Vagabunda curte vagabunda.
O gato sumiu.
Meu.
Deus.
Já nem sei mais com o que me preocupar.
Eu sou feita dessas idas e vindas, lágrimas e gritos compostos por um ódio desnecessário.
Meu coração é atordoado demais, navegante que não aporta, não ancora. Nunca. Perturbação. Chama como você quiser... Desculpe, desculpe. Eu sinto como se a todo momento houvesse um leve descontrole emocional escorrendo propositalmente pelos meus dedos.
Você me transbordou tanto que acabou afundando a embarcação. O mar é grande demais e o mundo em que nós vivemos também.
Acredita em mim, eu tô bem. Juro. Eu fico bem quando estou sozinha.
Espero que você continue brilhando como sempre brilhou.
Sempre dou um jeito, você sabe... É como se a minha vida fosse um imenso tabuleiro de xadrez onde eu tenho a incessante vontade de ganhar... Lembra quando eu te falei que quando eu não posso ganhar, eu analiso uma forma de conseguir roubar em qualquer jogo? E pode apostar, amor: quando mais distante eu estiver de você e de nós, eu tenho certeza que estarei ganhando ainda. Mesmo que usando qualquer método sujo para ganhar. À você: me perdoe por ter transformado o hábito de me manter distante de você mais viciante que não pisar na tampa de metal do meu prédio. Ao dia de hoje: +200 pontos.
Sempre dou um jeito, você sabe... É como se a minha vida fosse um imenso tabuleiro de xadrez onde eu tenho a incessante vontade de ganhar... Lembra quando eu te falei que quando eu não posso ganhar, eu analiso uma forma de conseguir roubar em qualquer jogo? E pode apostar, amor: quando mais distante eu estiver de você e de nós, eu tenho certeza que estarei ganhando ainda. Mesmo que usando qualquer método sujo para ganhar. À você: me perdoe por ter transformado o hábito de me manter distante de você mais viciante que não pisar na tampa de metal do meu prédio. Ao dia de hoje: +200 pontos.
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