É a mesma cena: reconheço de cor a investida.
E da forma mais suja e clandestina possível você sequestra minha mente, de novo.
Rouba meu tempo, de novo.
Você é minha brisa que bateu mais forte, sou viciada em você e eu tô escrevendo sobre seu rabo de novo. É... Às vezes acho que meu mundo gira em torno das suas pernas abertas e das horas que gastamos sem pressa. Você é daquelas conexões raras. Foi tiro certeiro. Coisa mútua, de pele, só acontece uma vez. Tesão à primeira vista (e em todas as vistas após).
E tudo que era rápido demais aqui estranhamente foi... desacelerando.
Eu tava, como sempre, high e você também. Tenho certeza que só me mandou mensagem porque já tinha whisky demais dentro da sua cabeça. Algumas mensagens depois e lá estávamos nós. De novo e no mesmo motel. Não me surpreende mais estar aqui. Não mudou tanta coisa desde a última vez, talvez a cortina que eu deixei cair vinho, um quadro ou outro, mesmo sofá, mesmo tapete. Eu continuo igual, mas eu ainda me surpreendo como você consegue ser uma nova mulher a cada vez que te encontro aqui. Eu nem sei qual das suas mil faces eu gosto mais, provavelmente qualquer uma desde que esteja entre minhas pernas.
Eu gosto desse seu olhar de felina enquanto eu bolo a manga rosa. Clandestina. Me faz ficar confusa entre qual de nós duas você quer na sua boca primeiro, não me importo com a ordem. Depois que eu bolo você acende e quem entra em combustão somos nós, adoro minha palma impressa em você quando cê fala "mais forte", às vezes acho que eu não vou conseguir, mas é só a ponta dos seus dedos segurar minha nuca que é como uma injeção de ânimo, seu corpo encosta no meu e sua buceta me revigora. "Goza na minha boca...?" Você me assiste, sorri e rebola. Eu gosto do gosto viciante que cê tem, minha língua remapeando cada pinta do seu corpo, aquela vontade imensa de conhecer você inteira de novo, e de novo, e de novo. Você brinca com a minha mente igual vídeo game, mesmo com o som no talo só consigo focar no seu gemido no meu ouvido. Fumaça exala o quarto, a playlist já foi e voltou. Preciso dizer que você fica linda rebolando em cima de qualquer beat. Lírica escorrendo pelos meus dedos... Que a sorte a minha ter pequenas doses da sua poesia.
Gostosa, perigosinha, filha da puta, você me surpreendeu: mais um ano e o tesão não muda.
Au revoir, meu bem.
Meu número continua sendo o mesmo.
Forte abraço e grande beijo.
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