segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Abelhas não fazem ninho.

Vinte e seis de Janeiro. Quatro e dez da manhã.
Mais uma noite longa.
Nos últimos dias tenho sentido sua falta - essa é a verdade - tenho sentido sua falta pra caralho. Sonho com você, com aquele teu jeito insuportável e acordo com raiva. De que adiantou então eu ter construído uma barreira entre nós? De que adiantou me afastar, correr, fugir como um animal com medo prestes a ser abatido? Porra nenhuma.
Você está aqui, presente como o oxigênio e hora outra necessário como tal. As noites em que você se torna necessária eu fumo tanto baseado e bebo como se eu não tivesse compromissos no dia seguinte. Nada adianta, estou acabando comigo, você precisa ver. Você sempre está aqui, quase todas as noites, como essa em que você torna a madrugada impossível de dormir...
A música está alta, a garrafa de vodca vagabunda repousa, já quase pela metade, em cima da mesa, ao lado do cinzeiro com todas as pontas que eu fumei por você. Você sequer merece. Filha da puta. Te odiei tanto por algum tempo. Até voltar a achar algum encantamento nesse teu sorriso, nessa tua cara e nesse teu jeito estranho de levar a vida, toda noite peço pra você ir, você ri e permanece. Não é como se eu pudesse te dizer "sai", te manter distante (mais do que, em presença, você já está), não é como se eu pudesse abrir minha cabeça e passar uma borracha em tudo.
Infelizmente.
"Você se foi e eu tenho que ficar chapada o tempo todo pra poder te manter fora da minha mente"



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