De costas pra mim, ela me provocava comigo encostada na parede preta do meu quarto, o led vermelho bem vivo nos queimava o coração e dava um toque especial na situação, ela me pressionava contra o concreto gelado usando o quadril, eu a puxava pra mim como se eu quisesse provar que seria possível sim dois corpos ocuparem o mesmo espaço, coisa de louco, de duas loucas de vontade... Uma pela outra.
Uma das mãos dela na minha nuca, a outra mão ainda estava indecisa entre entrelaçar os dedos nos meus ou cravar a ponta dos dedos na minha coxa, a língua entrava na minha boca de lado, meio errado e eu adorei. Minha mão segurava o pescoço dela com bastante amor que eu ofereço porque eu sou a maior mete fofo que tem, e o vigor que ela espera porque eu sou do time que mete forte também... Com a mão no pescoço dela eu aproveitei pra acarinhar o rosto dela porque eu gosto mesmo de sentir ela quando ela está tão perto.
Ela mordia meu rosto, eu beijava carinhosamente seu queixo, rosto e boca, mas minha língua invadia seu espaço de forma voraz, ela retribuía me beijando de forma desesperada, eu amo beijo lento, eu amo beijo molhado e ela parecia querer me engolir. Eu adoraria ser engolida, devorada por ela. Me beijou e me lambeu os lábios. Me pressionou ainda mais com o quadril, deu aquela leve e deliciosa reboladinha, senti minhas pernas quase moles, sério. Parecia que ela tinha decorado a sequência das coisas a se fazer comigo, sei lá. Respirei mais fundo e ela deu risada da minha cara. Ela consegue reconhecer o momento que entende que eu tô rendida. Essa filha da puta ainda faz meu coração parar, tenho certeza. Me ferve. Não dá.
Dedilhou com a ponta dos dedos da minha coxa até a virilha, o arrepio foi inevitável, colocou minha calcinha pro lado e foi quando eu pude ter certeza que ela só queria saber o quão molhada eu estava, aquele pele na pele que me deixa apaixonada.
Minha mão entrou na blusa dela, então... Inesquecível meu polegar tocando o seio e a minha outra mão caindo do pescoço pra dentro do shorts, seguindo pra dentro da calcinha... Tão molhada quanto eu, tão molhada que me deu água na boca. Levei meus dedos à boca e eu senti que as pernas dela também ficaram moles.
"Me come?", foi o que ela sussurrou pra mim meio sorrindo meio convidandos, desafiando, provocando, querendo.. os olhos dela fechados. Eu amo a pele dela arrepiada, eu queria ter cada parte do meu corpo encostando dela, no papo memo.
Tirei a blusa dela dela com velocidade, uadauel, o shorts ela mesma tirou em simultâneo. A filha da puta é ligeira demais, como pode. Eu só vi o shorts no chão com a calcinha. Gostosa. Virou, me beijou ofegante enquanto eu brincava de entrar, eu não quero pular nenhuma preliminar mas fica basicamente impossível quando ao mesmo tempo em que sinto ela lubrificada, ela me beija soprando o calor do corpo dela pra dentro da minha boca, deliciosa. Eu adoro quando ela me dispensa tanta atenção e tempo assim, adoro lembrar que ela só tirou a boca da minha boca quando me pediu pra chupar. E assim nos mantivemos até embaçar as janelas, até estremecer as pernas, até as gargalhadas bobas, felizes e descontraídas tomarem conta de nós. Quando nós duas gozamos, ela bola um pra gente fumar no meu quarto dentro desse bairro silencioso, só fumaça subindo. E eu não caibo em mim, de tanto contentamento.
quinta-feira, 22 de setembro de 2022
deusa silenciosa
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
soneto do dedo dentro
soneto do amarelo
quinta-feira, 15 de setembro de 2022
fiz parecer brincadeira, naturalmente é o que eu faço
Acendi meu último baseadinho enquanto assistia a chuva caindo na cidade ensolarada, transformando-a numa cidade cinza igual onde eu moro, tempo triste, parece que suga a energia e a felicidade da gente, sei lá, tudo revolto. Não tem felicidade alguma nos domingos, no dia dezenove desse mês e nem nos dias de chuva. Só um baseado e áudios dela cantando e cantado mal, pra trazer cor de volta, pra me fazer rir. E ela? Jamais seria feliz sem Sol, eu acho.
Nos encontramos em uma praça próxima à casa dela. Não demorou muito até eu avistar o carro dela e a ansiedade por vê-la novamente tomar conta de mim. Eu sempre volto pronta pra um diálogo sobre tudo ou dividir algum tempo de silêncio ao lado dela, o que ela quiser. Tá paz. Mas quero confessar que corri até ela com os dedos cruzados na torcida para que ela já estivesse com a chave virada em relação a mim e a nós, e tudo mais. Porque de mim ela sabe que sempre pode esperar um abraço apertado - independente da situação - pelo menos isso ela sempre teve, tendo em vista que eu sempre voltei após cada desentendimento entre nós. Lá estava eu novamente, pronta pro próximo impacto, com todos os problemas superados e perdoados, esquecidos mesmo. Acho que obtive a paz de não remoer as coisas ruins, não consigo mais me manter ocupando espaço de pensamento revivendo ressentimentos, nem as mágoas, nem porra nenhuma porque o ódio é uma mala pesada demais e o passar dos anos foi me deixando cada vez mais preguiçosa de carregar qualquer pessoa ou sentimento que não agrega, que pesa. Já não gasto energia com isso. Vou denominar meu estado atual de semi-paz porque eu ainda me acho perturbada e perturbável pra caralho, o próximo passo é ser um pouco mais paciente, talvez menos explosiva ao ponto de achar que muita coisa seria melhor resolvida com um tiro no pé ou na mão.
Enfim.
Eu estava quase chegando até ela quando apaguei o baseado, a ansiedade bateu mais forte. Assim que eu me aproximei um pouco mais, ela me encarou firme, derreti, quis correr. Pra ela e ao mesmo tempo dela. Quis ir embora e ao mesmo tempo levá-la comigo, inferno de mulher. Deu mesmo vontade de fugir como nos velhos tempos... mas não sou eu que falo que cheguei até essa cidade com meus próprios pés? O perdão é uma escolha, mas o esquecer é uma dádiva, e isso está em minhas mãos.
- Ah, Jéssica... - Balançou a cabeça. Me vê e ri, sorri, sei lá. Toda vez. Eu gosto quando ela fala o meu nome. Pude sentir um pedido de desculpas não verbalizado, não necessário, não vim até aqui procurando isso. Ela apoiou a cabeça ao banco do carro, o olho no olho. - entra, tá frio.
Assim que entrei no carro em pleno horário de sessão da tarde, numa tarde bastante cinza e chuvosa foi como se ela pudesse mesmo mudar instantemente o clima, botar um sol brilhando na máxima lá fora. Eu só consigo desgostar dela quando eu tô longe, igual droga. Com ela próxima, nada mais importa... toda vez que eu a beijo, é como se ela fosse um super ímã, meu corpo procura contato e não cansa até encontrar, ela não recusa e é sempre bom. Quando eu a toco eu sempre imagino que seria delicioso ter mais mãos para que eu possa sentir um pouco mais dela. Quando ela se deita sobre mim e o perfume da loção pós banho gruda na minha camiseta é tipo um pedaço de amor que eu carrego comigo, tipo souvenir, mas o que a gente se presenteia mesmo é na ajuda da construção e manutenção das deliciosas memórias celulares das trepadas que a gente acerta e encaixa, dando forma, corpo e gosto à tudo que a gente imagina e quer uma com a outra, sexualmente falando. Ela não me deixa passar vontade, eu também não arrego e assim seguimos.
Enfim.
Acho que hoje tinha mesmo um Sol brilhando dentro do carro, tinha amor, maconha, beijo na boca e reconciliação. Je ne regrette rien.
Eu quero sentir esse hype. Eu quero aproveitar essa brisa, mas quero agora. Não porque temos pouco tempo, temos todo o tempo do mundo... mas sim porque eu sei que tudo muda muito rápido igual maré, então é por isso que quando eu a amo, eu a amo com pressa, quando eu a amo quero ela centímetro por centímetro. Quero devorar ela até eu não aguentar mais, até minha mão cair, foda-se, uma só nunca é o suficiente. Eu quero olhar pra ela até decorar ela inteira, até eu conseguir reproduzir a risada dela dentro da minha cabeça, se eu quiser. Recentemente troquei de óculos e aparentemente esses também não podem me ajudar... Eu continuo cega, perdida no mundo e morrendo de amor.
domingo, 11 de setembro de 2022
alvorada
O beijo dela tinha o gosto da minha gota e do meu corpo. Tudo com ela é tão gostoso.
Mais uma noite que nós saímos do jet sem nem dar tchau porque ela foi rápida e me fez o convite que eu queria e ela também, me tira de qualquer lugar a hora que ela quer... Essa é a grande verdade. E e o toque da alvorada foi comigo sentindo ela molhada, entregue, deliciosa e retribuindo meus dois ou três dedos dentro dela com aqueles gemidinhos gostosos que ela me presenteia, que é delicioso de ouvir, que me incentiva. O olhar normalmente vem combinado com ela me puxando pra mais perto, eu colo nela, queria me fundir enquanto fodo, sei lá. Que porra de ideia de se abraçar sem roupa, no ápice da vontade de transar com essa mulher? Não sei, mas meu olhar implorava pra gente não sair de cima da outra nunca mais... ou até a gente não conseguir mais porque nem mesmo o cansaço trazido do dia e noite anterior e a sobriedade chata de uma quase manhã inibiu a intensidade dessa nossa foda gostosa. Ela sabe que eu fico maluca com beijo na boca e trepadas sem pressa, então ela me beijou lento por um bom tempo. A língua dela na minha, os seios tocavam os meus também, como que faz pra tirar as mãos dela.
Pouco depois, em pé, apoiadas na mesinha no canto do quarto dela, eu mal podia me lembrar de tê-la despido. Mas sei que nós duas nós encontrávamos nuas, suadas, grudadas... Ela nua tá entre as top três obras de arte mais lindas que eu já pode contemplar pessoalmente, mas ela foi a única que eu pude tocar. Eu podia sentir ela molhada, ainda, apoiada na minha coxa, podia sentir ela pingando, igual a mim.
- Cê é gostosa... - sussurrei e ela sorriu, fez a expressão que me pede buceta. E quando recomeçou eu ganhei beijos pelo corpo, descendo, sacou minha calcinha pro lado, ela me chupava, me beijava, me olhava... e tudo de novo logo após. As pontas dos dedos cravados no meu quadril me trazendo pra mais perto, tesão animal, a voracidade lasciva que só a saudade e ansiedade que eu estava de dar pra ela poderiam nos proporcionar. A pressa e vontade de tê-la entrando em mim enquanto eu rebolo, às vezes, dispensa preliminares. Me olhava impressionada toda vez que eu rebolava, disse que eu a surpreendo porque minha cara não diz que eu faço isso. Rebolo enquanto ela me come porque meu hobby é perturbar a cabeça dela, porque é gostoso e me falta muita vergonha na cara. Ela sabe que me ganha principalmente quando sabe que eu já tô na curva, fora da linha. As únicas duas coisas que quando me são oferecidos eu nunca recuso não importa o horário é buceta e maconha. Os dois juntos então? Pura sorte.
Me chamou de cheirosa, de gostosa, parou o beijo... me olhou e me beijou novamente logo em seguida. Perco tudo. E se ela continuar me olhando assim, tudo que acaba recomeça logo após. Se a gente trepar de novo eu fico apaixonada, só mais uma... mais uma eu viro fã-girl.
domingo, 4 de setembro de 2022
chá, chá, chá
Dentre todas essas pessoas que vem, que vão, que passam e eu sei que não me cabem...Ela é a que eu mais gosto quando está, quando vem, quando cabe e encaixa, quando permanece mesmo que naquela janelinha de tempo na rotina apertada e chata que ela tem, eu gosto dela porque é ela. Por tudo e porque sim. Por cada detalhe dela, gosto porque eu fico demasiada encantada quando ela me olha com cara de sono e saudade, adoro quando ela dorme comigo aos sábados, pela tarde. Eu taco beijo, dedo e massagem. Esse é o pique.
Ela tem cheiro de chá de maçã e olhares atentos ao me descobrir, ao me redescobrir de manhã, deliciosa como somente ela mesma, me veste inteira de amor e tira minha roupa toda vez fazendo eu me sentir uma pedra preciosa, uma caixinha de tesouro, uma grande gostosa. Eu dou risada porque acho graça, fofo, único, calmo... Ela fala comigo devagarinho, me beija e rebola lento, e ela faz cada coisa como se soubesse que isso é basicamente meu ponto fraco. Ela me impressiona em tudo que faz comigo e me faz sentir ao me deixar inteiramente recoberta com as impressões digitais, saliva e amor.
Eu saio da casa daquela mulher e ela já construiu um duplex pra morar sozinha na minha mente. Que se foda que é temporariamente.
Ela é audaciosa, cria as situações e me pega. Gosto dela.
Me sinto apreciada encontro pós encontro. Na minha casa, na casa dela, em qualquer lugar... Apreciada mesmo. Apreciada igual ao chá que ela ama, igual ao chá de buceta que ela me serve sempre quente, apreciada igual à minha fumaça e igual eu também a aprecio em cada sentido da palavra. Em cada encontro. Mas não somente isso. Ela me tem de um jeito dela, informal, pessoal, solto, dela. E eu adoro essa atração barata. Ela me ganha e me leva quando eu tô no alto da minha vontade e nos dias introspectivos também, onde eu não quero ouvir ninguém e nem fazer contato visual. Mas se for com ela... eu quero. Porque ela me deixa high. Sem precisar de nada além dela mesma. Ela é puro êxtase.
Eu gosto quando ela bola meus beck, tira minha roupa,, beija minha boca, me conta coisas idiotas, e depois escolhe um filme que minha hiperatividade não vai me deixar ver. Ela me beija, me olha e sorri. Eu não aguento sorriso no beijo. E daí a gente vai chegando mais perto na cama, e é gostoso como a gente soa encaixadinha principalmente quando a coxa dela está sobre a minha. Eu sei que escrevo somente sobre sexo, mas entre nós não é o ponto principal, e às vezes é pra ser só um amasso, mas quando se trata dela fica impossível não ter conotação sexual. Ela me deixa maravilhada, encantada. Fora de mim. Sabe atração animal? Ela longe me restam somente memórias celulares, siririca e saudade.
Ontem choveu. Lá fora chovia e dentro do meu quarto bagunçado... ela me molhava. Me bagunçava também. Ela é ótima nisso. A melhor. Eu sei que ela sabe e - sei também - que ela gosta. Ela é dessas filhas da puta que nascem pra mexer com a gente.
Detalhadamente eu escrevo pra lembrar depois. Pra não esquecer de nada, sobre ela? Não quero esquecer nenhum segundo do que aconteceu mesmo sabendo que não tem como esquecer dela me chamando de gostosa e de bonitinha tão pertinho. Ela ali depois de muito desejo, nua me beijando quase que sem parar no ápice da última vez que estivemos juntas, eu maravilhada e sem cansar. Lindo de ver o tom de pele dela se misturando ao meu e tudo isso misturado ao vermelho do meu led refletido no teto, eu amo ela junto com as minhas luzes coloridas. Traz cor pra minha vida. Brilhante. Ressaltava as sensações, um pacote de emoções deliciosas que eu gostaria de conseguir explicar mas não consigo. Nada do que eu escreva é suficiente pra deixar claro o quanto eu adoro tudo isso, ela é mais que qualquer palavra dessas. Ela é meu sorriso quando eu a vejo, ela é meu abraço mais apertado. Só sei que gosto de verdade dela.
Tá paz!





