Ligeira - foi a primeira coisa que eu notei nessa carinha de vagabunda que ela tem, não para de mexer no cabelo enquanto fala comigo, me encosta demais, fala umas coisas bem estranhas e subjetivas e ah... que se foda esses sinais, eu nunca erro. Ganhei o jogo assim que ela se aproximou de mim. Quebrou a barreira que eu crio quando acho que estão flertando comigo, porque eu sempre acho que é coisa da minha cabeça. Mulher pra mim precisa ser direta. Não tenho tempo pra perder tempo. E tão rapidamente quanto brisa passageira ela entrou na minha reta, desde a primeira vez debaixo do meu olhar eu já a desejei, eu nunca erro MESMO, depois da minha terceira dose de whisky eu acho que eu só pisquei e estava em cima dela, ela sorria, eu também.
Sortuda sou eu. Tudo vai bem.
Tirei minha camiseta num tom provocativo como quem a convidava pra tirar meu shortinho verde - favorito dela. A nudez é natural pra mim. Eu gosto de ficar nua. Agora imagina se eu não ia gostar de estar nua em cima dela? Porra! Eu olhava ela vestida e já sonhava com ela pelada, foda-se. Transar com ela foi uma ação premeditada.
Eu a olhava com tanta vontade que por um milésimo de segundo pensei que ela fosse rasgar meu shorts só pra me tirar de dentro dele rapidamente, e só eu sei o quanto eu queria sair de todas as vestimentas rapidamente. Eu adorei e me diverti pra caralho com a situação, a vagabunda sou eu. O olhar dela queimava, botava fogo em mim, ela queria e eu queria... nitidamente... Gostosinho.
Tocou meu rosto com carinho, eu queria tapa, alcançou minha nuca, e mesmo leve eu gostei do toque, desceu pro pescoço e insinuou que me enforcaria, me segurando certinho, do jeitinho que eu gosto, ri e encaixei minha buceta na coxa dela, nossos olhos se encontraram e ela me chamou de linda, contornou minha tatuagem da barriga com os polegares e deslizou as mãos dos meus seios até minhas coxas, confesso que me senti admirada.
Apertou minhas coxas e deslizou a ponta dos dedos por entre meu shorts folgadinho. Me tocou por cima da calcinha e eu molhei tão rápido que transpassou o shorts, marcou mesmo. Ela sorriu e perguntou se eu estava com pressa, eu estava, lógico que eu estava. Ela seguia com toda calma, como quem fosse capaz de ler minha cabeça tão facilmente que fiquei assustada. Sentiu minha buceta por cima da roupa e eu pensei que eu mesma poderia rasgar meu shorts só pra sair de dentro dele bem rápido, me olhava com vontade, sabe aquela expressão de mulher que quer trepar com você? Fiquei ansiosa pelo toque que não veio tão rapidamente quanto eu queria, mas juro, eu poderia pedir, eu poderia guiar os dedos dela até dentro de mim. E ela entrou no meu shorts e saiu diversas vezes. Não aguentei.
Sentada, ainda, na coxa dela puxei meu shorts e a calcinha pro lado e encostei minha buceta na pele dela, mulher gostosa do caralho. A cara dela denunciou que ela não esperava que eu fosse queimar a largada assim. Eu me segurava pra não pedir pra ela me comer logo, o arrepio na nuca ela nunca conseguiria notar, nem o frio na barriga, mas eu conseguia notar ela tão enlouquecida quanto eu, continuei num movimento lento de vai e vem, ela acompanhava o movimento enquanto segurava meu quadril olhando pra minha cara, sem desviar o olhar, olhando dentro do meu olho. Vagabunda do caralho.
Eu só conseguia pensar nela dentro de mim, não tinha espaço pra mais nada na minha mente. Só ela, na verdade só conseguia pensar nela me fodendo com a mesma cara que me olhava no momento.
Deslizou os dedos por entre os vãos do tecido e alcançou (finalmente) minha buceta. Colocou um dedo, fiquei mole, rebolei um pouco mais rápido com ela dentro, ela me abraçou pela cintura e encaixamos num ritmo gostoso, numa foda deliciosa.
"Você tá molhada do jeito que eu gosto, olha como você está...".
Queria ter respondido que ela me deixou molhada do jeito que eu gosto também. Desde o beijo eu já estava explodindo vontade de dar pra ela.
Não aguentei, levantei pra tirar o shorts e a calcinha, e ela me seguiu da cama até a minha parede preta, senti o corpo dela inteiro contra o meu, eu estava contra a parede, ela me empurrava.
Sussurrei "me fode" no ouvido dela e em menos de um segundo ela já tinha dois dedos dentro de mim. Correspondida e bem comida. Ligeira, não disse? Foi a minha primeira impressão.
Acho que foi gostoso pro ego dela eu pedir. Eu queria pedir.
Ela beijou minha boca, lambeu minha cara, ajoelhou e lambeu minha buceta sem tirar os dedos de dentro, sem parar de meter. O que me impressionou foi ela descer sem perder o ritmo. Admirei a coordenação motora em pensamento enquanto acarinhava a nuca dela e agradeci pela habilidade dela em me dar prazer ser tão compensadora quanto a cara de vagabundinha gostosa que ela tem, vale a pena. Tirou os dedos molhados de dentro de mim e colocou na boca. Gemia me chupando, um gemido abafado, gostoso. Voltou com a cara molhada e me beijou de novo. Minha língua deslizou pelos lábios dela.
Ela faz tudo sem tirar de dentro...
"Você tá muito molhada, eu já tô quarto dedo."
E depois dessa frase foi uma ou duas vezes que ela meteu mais forte pra eu gozar. A minha sensibilidade a OBRIGOU sair de dentro de mim só aí. Ela é gostosa pra caralho e eu escrevo pra não esquecer, ela vai ganhar uma gozada nas minhas siriricas toda noite quando eu lembrar disso.
sábado, 30 de outubro de 2021
ação premeditada
terça-feira, 19 de outubro de 2021
velhas desconhecidas
Não acho o amor nem um pouco romântico, Platão dizia que era doença mental e eu acho que hora ou outra prefiro Platão a Neruda.
E estar ali, naquele sofá branco sujo ao lado do elevador me lembra quantos sonetos já dediquei à ela. Quantos escrevi sentada ali, enquanto aguardava que ela descesse linda como sempre pra rasgar a madrugada enfiada em algum baile, quebrada, qualquer lugar, mas comigo? E agora, mesmo depois de tudo eu sigo a aguardando para que ela desça e me beije. Eu sou muito comédia.
Quantas vezes chegamos bêbada e eu não quis subir para não acordar os pais dela esbarrando em tudo e decidi aguardar aqui? Mesmo sabendo que os pais dela sempre gostaram de mim. "A preferida.". Levanto, dou alguns passos ansiosos pelo hall, me olho no espelho e volto a me sentar. Eu nunca esperei tanto, mesmo, pra nada. Que agonia do caralho.
Mesmo que eu não queira, concordo com ela. Ninguém é o mesmo pra sempre. Acho que mesmo ela sendo a pessoa mais previsível que já conheci, ela não se manteve a mesma também.
terça-feira, 12 de outubro de 2021
splish splash
Ela me encara por um segundo, com o rosto encostado na porta da sala me da um oi alegre, me olha nos olhos... o rosto dela me parece um quadro muito, muito bonito, muito bem feito, uma pintura delicada que combina, combina comigo, combina com ela mesma... sei lá, não sou boa em elogios e eu mal saberia mensurar o quão linda ela é, nem se eu quisesse muito. E o olhar nos olhos às vezes eu não consigo retribuir. Eu tô sempre fugindo, dela, de mim, de tudo mas ela... Me deixa estranhamente slow por alguns segundos, meu coração treme, ela me atrai tanto que eu não sou capaz de não desejá-la com todas as minhas forças. Ela é dona dos meus desejos. Dos meus pensamentos mais malucos e gostosos. Dona das melhores memórias.
Eu a encosto na parede, ela fecha os olhos. O beijo é inevitável, minha língua encontra a dela rapidamente, eu amo beijo lento mas com ela é sempre a sensação do mais puro suco do errado que fica. De atrapalhar mesmo, o dia, a rotina, tudo, de não pertencer a nenhum quadro da vida dela e cada dia a sensação sufoca mais, me esmaga mais. Então eu a beijo sempre com muita pressa porque eu não quero perder um segundo sequer ao lado dela. E não vou. O abraço dela é casa, é lar. Eu não queria que o tempo passasse quando eu estou em contato com ela, mas passa. E passa até mais rápido que natural.
Mas ela ainda é improvável, impossível pra mim. Fora do meu quadro também. Eu juro que queria vê-la comigo rasgando as madrugadas geladas da cidade vizinha ou nos bailes em dias onde o verão deixa qualquer ambiente quente demais pra ficar dentro de casa. Queria vê-la durante a madrugada comigo entre becos e vielas. Como também adoraria vê-la comigo nos chalés luxuosos sigilosos e escondidos em Minas Gerais, resumindo... Eu só queria vê-la perto. Tê-la um pouco mais perto. Às vezes penso que queria comigo, pra mim, não no sentido de pertencimento.
Eu sempre entendi que ela não ficaria pra sempre.
E é estranho como ela me faz perder a vontade de ter várias delas, o desinteresse na troca excessiva de parceiras que não são donas de lábios, beijos iguais aos dela e me estranha notar que há muito tempo já não há itens de outras mulheres esquecidos no meu quarto. Ela matou tudo isso sem querer, sem saber. O desinteresse ou equivalente.
Acho que me encantei demais com tudo que envolve ela. E eu não consigo desacelerar, parar agora.


