quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

10 respostas✘

1- Eu sou muito, muito, muito apaixonada por você.

Era essa a dúvida?

Havia uma dúvida?

1.1- Eu sempre fui.
A primeira vez que eu estive na sua presença eu já me senti diferente, me senti estranha... estranhamente à vontade. E eu nem sou assim, mas você roubou a cena, eu sei que você gosta de atenção. Eu sei que você gosta da atenção que eu dou para você. Massageia teu ego eu falar sobre isso? Sim?
Foi impossível não querer você depois da primeira vez que eu coloquei meus lábios em você, meus dedos em você e que se foda, intimidade instantânea, afeto imediato. Depois do primeiro abraço eu sentia o formato exato dos seus braços em volta de mim. Foi impossível não ficar pousada em você depois disso. Só que pra mim ter sentimentos que seguem essa linha amorosa não me significa tanto, eu não sei processar isso. Mas é importante ressaltar que você significa muito. Quase tudo, caralho, caralho... quase.
1.2- Eu crio barreiras e muros.
1.3- Você os derruba.
E quando eu fico longe de você, eu penso em nós duas muito mais do que eu deveria e do que eu quero, confia. Meu sangue frio predomina, e pra ser sincera, eu nem mesmo poderia e você sabe, né? E é isso mesmo que você sempre repete, né? E mesmo assim você me sorri com os mesmos lábios que degustam carinhosamente, mesmo frio, o meu coração. E mesmo assim você me encara olhando com esses teus olhares matadores, precisos. Daqueles que atravessam a gente. Tira do empate. Ganha.
Maldita.
Você fode a minha cabeça.
Sem dó.
2- Ao contrário do que eu acho e vejo de você, eu sinto sua falta para além de quando eu quero transar, eu sei que você não acredita. Eu também não acredito em você, então a gente fica no 0x0. Eu adoraria que você gostasse de mim além de quando sua buceta pisca ou tá molhada. Adoraria conhecer a carinha que você expressa quando toma seu sorvete favorito, blá blá blá. Sendo muito honesta: Eu adoraria conhecer qualquer expressão sua que não fosse em sua gigantesca maioria: no Elisa Maria até o chão, louca de Michael Douglas com whisky, durante um orgasmo, tomando tapa na cara ou sendo enforcada. De verdade. Eu adoraria saber como você era quando adolescente, ou ver fotos suas quando criança. Seu restaurante favorito, qual é? E seu filme favorito? É... e na resposta 4 você vai descobrir que eu posso ser super fofa gentil pra caralho.
3- Eu tenho uma predileção nítida, absurda e escancarada por você.
4- Eu sei ser gentil. E fofa.
4.1- Para um senhor caralho.
5- A coisa mais deliciosa em você, (além de você inteira da cabeça aos pés), é quando você me beija e sorri em seguida, e nem exatamente por ser algo que eu sinto que é único, e nisso eu acredito e confio que seja único, mas porque isso me causa uma vontade gigantesca de puxar você pra mais perto. E às vezes eu tenho uma necessidade extrema de você. Pele e contato. Não existe absolutamente nada mais sincero que a troca de olhares que a gente se presenteia após o beijo, o sexo, qualquer toque. Qualquer oi, olá.
6- Eu sou a pessoa mais contraditória que você já conheceu.
7- Eu só penso em mim.
7.1- Eu sempre fui assim.
8- Eu não te pertenço.
8.1- Eu pertenço a mim.
8.2- Você não me pertence.
Talvez eu, com sorte, seja dona da sua foda casual mais divertida, favorita... e se eu escrevo sobre respostas: você também é a minha foda casual favorita, e divertida. Que seja.
9- Eu amo você mesmo eu nem sabendo o que exatamente implica eu entupir minha cabeça com pensamentos tão adocicados sobre você. Eu amo você memo, lindona, é isso e que se foda. Sinto-me alvejada em cheio pela flecha do amor. Amor? Te excita saber que eu te fodo com todo amor que meu peito reserva só pra você?
9.1. Te excita? É uma pergunta séria.
10- Eu minto.


terça-feira, 15 de dezembro de 2020

She likes Billy The Kid

Ela arrepia e ferve minha pele, aquece meu coração gelado, deixo minha postura de mulher ruim e malvadinha sempre do lado de fora do quarto, me ganha sem trama, sem drama e sem nenhum planejamento, me prende, me enlaça sem precisar fingir ou falar que ama. O que é o amor perto da vontade que eu tenho de transar com aquela mulher?
Eu a lamberia lentamente da cabeça aos pés, nem precisa mas eu gosto de falar. Cheira Carolina Herrera, pele sabor morango e champanhe, paixão doce, igual meus doces.
Ela olha dentro dos meus olhos e sorri, ou ri. Me ganha ali. Perturba minha cabeça.
Eu a quero para mim. Caralho quando foi que isso aconteceu? Não é difícil de perceber.
E u a q u e r o p r a m i m.
Sei lá.
Maldita, filha da putinha que eu não consigo decifrar, e pra ser bastante sincera... também nem sei se quero. Meu trabalho não é esse e eu juro, entendo nada, mas quando eu bato os olhos nela consigo entender perfeitamente as intenções sujas e deliciosas que ela tem, um olhar que me pede pra casa essa noite, comigo. Ela sonha em viver Bonnie & Clyde, eu sonho em viver Tata & Escobar, talvez Billy The Kid...E ela? Instintiva, fria e sempre controlando a adrenalina, estamos sempre a 200 por hora quando juntas e de tão perigosa eu acho que faz jus ao nome que carrega, a chamo de "Bibi", e de "meu bebê" também.
Num toque intencionalmente mais grosso ela me causa desespero só por eu ainda estar de roupa, como pode? Presença que ilumina o quarto preto, que por ela é muitíssimo bem frequentado, rasgamos tantas madrugadas. Eu em busca da sentada perfeita, e ela é quase capaz de fazer da perfeição algo paupavel... Então.
Agora eu faço o que se eu a quero tanto assim?


quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

esse eu tô escrevendo só pra falar sobre a boca dela

Ela é linda. Caralho. Que saco.
Tá ficando repetitivo pra caralho. Mas eu vou repetir sempre para que ela nunca se esqueça do quanto maravilhosa ela é.
Maldita.
Ela tem um olhar tão dela pra mim, que me penetra, me atravessa mesmo. Me perturba. Eu fico menina demais, não consigo ter ginga de filha da puta com ela, porque ela é assim?
Sempre tem essas, né?
Mas esse aqui... só pra falar sobre a boca dela... a boca dela... Lábios e boca que me reservam uma explosão de sensações com beijos longos, molhados, que a língua dela completa lambendo meus lábios, minha boca, lentamente e do jeito que eu gosto mesmo. Adoro quando ela me beija e me permite sentir meu próprio gosto, ela me beija com gosto, como nunca fui beijada, acho que ela colocou minha boca em outro patamar.
Ela tem o poder de fazer isso.
E ela faz isso comigo Quando eu acho que ela já me levou alto o bastante... Guess what. Ela me joga mais alto.
E isso que me viciou.
E mesmo que dominasse todas as palavras da minha língua, não conseguiria descrever em um texto bobo o quanto nosso beijo, aquela língua, a textura deliciosa e o molhado dela me deixam bem. Coisa que só ela tem. Me deixa zen.
Quando eu tô com ela é difícil lembrar se existe lá fora ou não qualquer outra coisa além de nós duas, só nós. Não quero mais nada ali, eu sou viciada em beijá-la. E beijá-la pelada... Me eleva mais que droga batendo na mente, ela é pior que a droga que eu mais amo e que me traz sorrisos e euforia, me deixa feliz. Ela também bate e rebate até demais na minha mente.
Mas esse aqui eu só tô escrevendo pra falar que os lábios dela os formatos mais lindos e gostosos que eu já vi.
Acho que a droga que eu mais amo seja possivelmente o beijo ou a foda dela.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

eu falo sozinha

Seria o meu sangue frio o contrapeso da minha cabeça quente? Não sei. Talvez sangue frio e cabeça quente sejam uma dupla, um casal. Tipo aquelas ideia de mal necessário, sei lá. Um é atrelado ao outro. Eu me olho no espelho do banheiro e me vejo mesmo mais apática e vazia, mais fria e nem é devido ao clima, vejo alguém que corre pra caralho mas no fim de toda noite joga o suor na pia, ralo abaixo. Eu sei. Tento não ser contaminada pelo que eu vivo, vejo e sinto. Mesmo quando eu não sinto nada. E há meses já não sinto nada.
Às vezes queria conseguir chorar, isso é algo que nem consigo mais. Eu acho que mesmo observando um quadro tão triste eu já não emociono, normal... Nem sinto. Quer dizer, nem sinto mais. Saudades de quem eu era quando eu chorava ouvindo sertanejo. Mas hoje eu tô normalizando o horror banal enquanto mesmo sem ter afinidade ou simpatia nenhuma eu sempre sorrio meu melhor e mais falso sorriso que eu reservo pra playboy me dando nota em cima de nota querendo droga ou patrícia safada que se abre toda, igual flor, em busca de droga ou afinzona de sentar, e eu sempre vou dizer não porque cliente não é amigo, eu não convivo, não me relaciono. Nada pessoal. Tudo tem seu preço, eu também tenho o meu. Custa caro meu risco, tuas horinhas de barato custam almas, tua droga favorita antes de ter chegado na tua festinha, pode ter tirado vida. Mas eu mesma não posso julgar nada. Quem sou eu? É o sorriso deles que faz tomar forma meu primeiro objetivo, dos três. E o meu segundo objetivo é atingir o meu primeiro objetivo viva. Mas viva com vida, entende? Porque eu ainda não tô pronta pra virar lembrança. Viva ao ponto de conseguir socializar, não virar zumbi do meu próprio produto, não me reduzir ao que me resume. Viva ao ponto de não em sentir errada em qualquer lugar, que seja. Pé na porta e soco na cara, e minha cara é sempre fechada porque eu também sou.
Um teco novamente e eu planejando livramentos movendo quinzenalmente a carga, a gente atravessa a cidade a milhão com o carro carregando e cara mais de sonsa que nós conseguirmos fazer. Mais um dia que é tudo nosso e nada deles. E hoje é só mais um dia que meu plano de sobrevivência, subsistência têm dado certo. A nova casa é um sobrado grande, gelado, afastado, espaçoso e eu saio daqui sempre um pouquinho mais rica e com um caráter mais pobre, eu sei.
A maldade do mundo é colocada nua e crua à mesa pra mim a cada vez que eu ponho meus pés aqui. Abro, fecho, aperto os olhos e a cena é sempre a mesma, separo produtos, conto produtos. Lavo o rosto, tomo um energético, dou um teco, enrolo a nota, guardo a embalagem e só nesse tempo eu me distraí por três minutos... Eu me sinto perdendo esse tempo.
Porra de vida.
Como que empilha dinheiro sujo? O dinheiro vai tão fácil quanto vem.
O meu karma é esse, então estaria eu pagando ou acumulando? Já notei que me afastei muito de quem eu era no início de tudo, eu só não quero me permitir ser engolida, devorada, dominada pela ganância que eu tenho e que eu possa vir a ter, o cheiro de papel moeda me ajuda a respirar, mas o mundo de ouro não me leva embora, nunca levou. O que me coloca em risco nunca pode ser chamado de fácil.
Meus olhares focados na viela da entrada, daqui eu não saio nunca por uma hora completa, e desde que cheguei já perdi nove horas de vida numa tentativa vazia de sobreviver. Você entende a necessidade, profundidade disso? E eu comecei nem foi por necessidade, foi só porque eu queria me sentir melhor comigo. E sobre as horas, eu ainda tenho mais algumas pela frente, mais algumas horas brincando com a peça de prata na febre do rato. Da rata, no caso. Travando a destravando, só pra quebrar o silêncio.
Sempre fui ótima na mira, mas nunca usei. E graças a quem me protege, que nunca dorme... e pra falar a verdade nem eu, é importante me lembrar que há dias não durmo e sempre me sinto aqui... Quando eu tô no mundo dos boy, eu também me sinto aqui. Lá fora, no mundo onde eu sou inserida eu ainda me vejo sentada nesse banco de madeira, olhando a ladeira pelo espelho mesmo quando eu estou em casa. Mascarando uma vida errada com a camiseta preta de escrita vermelha. Algum dia vai ser meu dia de azar, mas até hoje... caralho, eu tive tantos dias de sorte, né? Eu nem posso reclamar. Tudo é equilíbrio né? Foi uma escolha pessoal, né? Como que convive com a sensação constante de perigo, aprendendo a analisar cada olhar diferente sempre tentando antecipar a ação de qualquer suposto inimigo. Inimigo? Desde quando a vida me gerou isso? Concorrentes são lixo e eu ando atenta sempre pra não entrar em desgoverno.
Perigo.
Minha vida é isso.
Mais um dia ou menos um dia?
Minha vida é isso.
Acho que a sensação constante da adrenalina infelizmente virou meu vício.


domingo, 6 de dezembro de 2020

coisas que eu só escrevo quando eu bebo chevette

Eu sei que você é a única filha da puta que mexe com minha cabeça, tira de mim a melhor pessoa que eu consigo ser, embora às vezes não pareça.
Às vezes você rouba minha brisa, me faz pensar em você como primeira opção e eu nem gosto de classificar assim... Não existe pódio. Eu gosto de você mas não somente de você, mas você... Você é daquelas que é necessário cuidado, muito cuidado. Você é igual o canto da sereia: lindo, mas se eu não tomar cuidado você me afoga. Me mata. Não é? E você nem liga, não é? E que se foda, né? Existe dias de possibilidade, dias de vontade, pessoas e oportunidades. Você é demais, a mais, tudo que você faz comigo, ao meu lado, sei lá... Se sobressai. Eu já pensei em você durante o bailão, durante uma foda, um mar de pessoas e eu só queria alguém que minimamente lembrasse você. Eu consegui, e isso não é normal.
Você é daquelas filha da puta mesmo. E sabe que é.
Profissional em pisar no meu coração.
Profissional em foder minha cabeça.
Profissional em fugir de mim.
Eu mesmo vítima do seu amor, não tô nem aí. O mundo dá voltas e você sempre dá teu jeito de me achar. E consegue. Maldita, filha da putinha... Vai ser muito chato quando você não voltar mais, mas enquanto você volta... Eu só sei que eu fico mesmo impressionada com as sentadas que você consegue dar, a cada novo encontro e quando a gente se encosta eu já sei que não vou conseguir passar batida, muito menos ilesa. A intimidade, que é nosso maior defeito, e que a gente naturalmente vai ganhando faz a gente transar cada vez melhor, eu fujo também, me faço muro, fodo com outras, mudo a cara, mudo o clima, fico fria mas quando você cola comigo eu não aguento. O encaixe me soa cada vez melhor, você consegue perceber isso? Já falei que nem tudo é sexo, mas o que eu posso fazer se eu sou viciada em buceta? E nos ultimos tempos pra ser sincera meu vício é especificamente na sua.
Tem dias que parar de encostar em você é tortura, eu daria quase qualquer coisa pra não ter que parar.
Te sujo com todo o meu afeto. E você... caralho. Você me molha, me enlouquece só no jeito que você me olha enquanto goza, como olha enquanto eu entro e saio... O combustível pra eu ser afim disso é você mesma. Sem tirar nem por. Jeitinho de filha da puta que me desafia... Sorri me dando, eu deveria tomar mais cuidado mas entro em você sem pensar. A saudade exclusiva tua não me deixa sequer titubear. Vou repetir tudo de novo que é pra você não esquecer de mim, não esquecer que eu sou tão afim.
Você tem uma presença que marca do começo ao recomeço (eu não gosto do fim). Eu adoro o sabor que você fica depois de gozar. A cara de satisfação que só você tem. Você me tem. Vai ver eu combino com você.
Ou não.
Às vezes eu falo demais, demais, demais... Principalmente quando eu tomo chevette ou me drogo.
E que se foda, né? Só sei dizer que mesmo não querendo, eu te quero.