quarta-feira, 25 de setembro de 2024

PNFCUPM,S? - parte cinco

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O seu nome, flor, não está no que escrevo... Mas está, entende?
Basta ler essas minhas palavras ainda não escritas
ou
ainda não inventadas
Que não existem, mas existem
Sempre existirão e resistirão
à vastidão do tempo e da distância
O seu nome, flor, está no silêncio
Quando a metáfora
Ultrapassa o tempo
E a linha da vida fica confusa e não se alinha com a verdade
Eu
Daqui
Te envio palavras em pensamentos porque não te tenho ao alcance das mãos e das mensagens online
Pode olhar, flor, veja.
Está claro!
Fale comigo
Comente alguma coisa sobre qualquer assunto
E me diga que você viu
Que
O seu nome não está lá, mas está.
Guardado
Logo ali, onde ele não foi dito
Mas é sempre lembrado
Estamos presas, flor, hipoteticamente, presas em páginas
Brancas e pálidas
Esperando que o acaso e um pouco de sorte nos faça viver mais do que palavras.


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terça-feira, 24 de setembro de 2024

PNFCUPM,S? - parte quatro

4

Se eu pudesse todos os meus dias seriam seus, nós seríamos um belo casal, adoraria ver os anos atravessando nosso amor e nos trazendo cabelos brancos.
Eu quis tanto, mas tanto a oportunidade de viver tudo isso.
Se eu pudesse fazer algo ser possível, seria isso.
Eu nos guardo dentro de caixas, nos protegendo através do tempo, eu guardo o seu nome e nossa história, num canto limpo da história, eu penso tanto em você que sequer dá tempo de juntar pó nas memórias.
Eu quero aquilo que nós, talvez, nunca seremos, eu sei, mas... Me deixa querer, flor.


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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

PNFCUPM,S? - parte três

3

Se eu pudesse voltar no tempo agora
Teria dado um jeito de nunca mais ir embora
Mesmo que fosse loucura, meu bem
Teria descido daquele táxi sem demora
e te beijado - Pelo menos mais uma vez
Pela janela do carro, eu vi
E senti
Suas lágrimas derramadas anteciparam a saudade, flor
Eu nunca teria ido embora se dependesse de mim
Entende?
Suas lágrimas tiveram um peso imenso na minha cabeça
O que veio depois quase me matou
Eu não imaginaria que seria a última vez
Você poderia prever?
Eu não, flor
Eu só tive olhos pra você
Vivemos uma tarde inteira de calor juvenil
Mais que um ano de amor, pra mim
Sempre ali
Fervendo na minha cabeça
Fritando no meu corpo
Queria poder te encontrar agora no auge da minha maturidade
Ou...
...Não

Eu queria mesmo era voltar no tempo e ter descido da porra do táxi
Cinco minutos, dez ou somente um
E ter te beijado debaixo do céu azul
Que abrigou nossa dança do amor solitário
Queria ter te dado um tchau sem medo algum
Porque agora eu guardo, flor
Você
O abraço receoso que não foi dado
As palavras de amor verdadeiro que eu nunca disse
E o beijo que não foi trocado



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domingo, 22 de setembro de 2024

PNFCUPM,S? - parte dois

2

Estive pensando nos últimos dias que eu não tenho certeza se eu me lembro exatamente como te conheci ou quando, não lembro a primeira vez que nos falamos, mas lembro da empolgação que senti e sei que vivi esse amor como quem vive pela última vez. Sei que de repente você e eu viramos um casal... Fomos um casal mesmo?
Às vezes acho que você foi um sonho bom e eu despertei, flor. Acordei sozinha na cidade cinza onde tudo é solitário e sem graça. A realidade da distância é o que há de mais terrível.
O tempo me fez superar essa história, entender e aceitar de verdade o fim, mas jamais esquecê-la. Confesso. Nunca seria capaz. Eu sei que existem coisas que ficam mais bonitas quando viram lembranças, mas eu sinto saudades suas.
A saudade me chega ao longo dos dias em pequenas doses, sabia? Me lembro de você com uma frequência que você sequer imagina.
Nos distanciamos de uma vez só, com um band-aid que a gente arranca rápido na esperança de que doa menos, mas a cura pra saudade não acompanhou esse ritmo. A saudade dói, não o tempo todo, não todos os dias, mas ainda dói. Tipo quando a gente bate o dedinho na quina de um móvel e fica aqueles cinco, dez minutos doloridos? É exatamente assim, é igual dor de cabeça, do nada.
E é isso, flor.
Hoje sendo muitíssimo honesta, eu queria que só tivesse você no meu jardim. ♡


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sábado, 21 de setembro de 2024

domingo, 15 de setembro de 2024

Eu quero mais, sem calma, depois a gente dá uma pausa e canta aquela do Jão

Você se agarra nas minhas linhas, sem minha permissão.
Você se enrosca em cada frase de amor minha. Passeia no meu peito, brinca com a minha cabeça, dança no meu olhar, que brilha ao te observar chegando. Toda vez. Há muito mais do que um mês que você me ganha, me tem, detém cada vontade maluca que eu tenho na minha cabeça.
Sua pele macia me faz ansear por trocá-la, com a mesma curiosidade que toquei da primeira vez, cada dia te descubro mais e gosto disso. Desejo muitíssimo um relógio com ponteiros parados e a capacidade de esquecer que lá fora o tempo ainda corre, pra que eu possa apenas apreciar você, sem pressa. Calmamente. Mas eu sou apressada, né? Eu sou virada no 360° como você mesma diz, então eu não consigo te olhar sem te querer, parafraseando Skank: Te ver e não te querer é improvável, é impossível. Meu pensamento intrusivo sempre me diz pr'eu te beijar do nada, então me desculpa pelas vezes que eu te beijo sem aviso prévio, amo ocupar seus momentos livres, despretensiosamente habitar em suas curvas, imprimir minhas digitais em seu corpo, preencher você com todo meu amor até você se cansar.
O sentimento que te dedico é combustível da minha felicidade por uma boa parte do meu dia, sorrio com suas mensagens chegando em meu telefone. Amo pronunciar seu nome e perceber que o jeito que você pronuncia o meu é bem gostoso de escutar. Traz uma imensa descarga de felicidade pra mim, amor e bem estar.
Eu adoro cada nude que você me envia de bom dia depois das nossas noites especiais e intensas, nossos almoços juntas via chamada de vídeo, ao meio dia quando seu dia tá muito corrido, eu amo quando já é meio tarde e a gente tá falando sobre a gente, sobre música, fofocando, dividindo um baseado ou falando sobre arte.
Adoro viver histórias ao seu lado, adoro ouvir suas histórias engraçadas do passado, forma como você me diverte é singular e nosso convívio é puro entretenimento pra mim. Quero seu mundo como lar. Guardo nossa diversão em um canto especial da memória afetiva. Eu gosto da sua visão sobre a vida, me encanta caber na sua rotina, caber no seu abraço, gosto de ouvir sua voz, suas ideias, suas vontades, seus planos e aliás... "Como foi o seu dia hoje?"✓✓


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sábado, 14 de setembro de 2024

estudo os teus sinais, sedenta, desfrutando dessa insana liberdade

Eu não sei escrever poesia!
Mas ela teima que vai me inspirar uma, algum dia
Eu dou risada
Porque eu não sei juntar palavras
Que façam sentido
Assim, num amontoado de sentimentos gostosos
Que representem o que ela me faz sentir
Principalmente quando pede pra eu fuder com ela
E cantar meu amor desvairado
Sobre seu corpo despido
"Você só quer buceta, né?" - ela me diz
E transamos prazerosamente
Devagar
Vivendo a exploração calma
De dois corpos que se desejam
Enquanto desfrutamos de uma dose de felicidade intensa
Que aquece o peito
E acelera o coração
Com um alto teor de gin, energético e líbido correndo em nossas veias
O único consolo quando sua buceta chora
São meus dedos
Ou minha boca
Minha língua
Que se divide entre seus seios tão bonitos
E seus lábios grandes e pequenos
Minhas mãos impacientes
Que tocam insistentemente seu corpo com destreza e muita
Muita
Muita
Paixão
E muita
Muita
Muita
Vontade
Enquanto de longe Bethânia canta
"Tô com saudade de tu, meu desejo..."
Não é música pra se ouvir despido, eu acho
Mas quem escuta é algum outro apartamento
Então a gente aproveita o embalo
Tomamos pra nós essa trilha sonora
E sorrimos porque entendemos a letra
Porque mesmo que nudez nos tome o corpo
Aquela poesia musicada nos veste bem
Cada palavra dita ali, tudo faz sentido
Mas eu? Porra.
Eu não entendo nada de poesia!
Nada, nadica!
E além do mais o que eu escreveria
Pra mulher que habitualmente me rouba as palavras?
Pra mulher que mantém minha língua ocupadíssima trabalhando em silêncio?
Não escreveria nada, nem de poesia eu entendo
Mas não há nada mais poético que essa foda
Esse beijo
O cheiro dela impregnado em mim
E esse quadril indo pra frente e pra trás, devagar
Devagar 
Devagar
Devagar
Eu sinto ela pulsando
E ela continua abrigando meus dedos em seu casulo
Quente
Apertado
Único
Delicioso
Ela respira no meu ouvido
Mas não diz nada
Geme baixinho
Gosto de transar em pé
E sentada
Porque minha boca chega na dela com tanta facilidade que me cala
Ela diz que paga minhas palavras com seu valoroso mel
Eu não sei só escrever putaria
Ela diz que sabe que não
E me beija os lábios com quem já sabia
Que eu escreveria qualquer coisa sobre ela
Qualquer coisa mesmo
Mas eu sei lá
Eu só não sei mesmo escrever poesia


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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

eu nunca deixo ela no tédio

Há dias observo essa mulher, há dias ela me dá água na boca e já é impossível negar o que eu quero e que sim, o desejo veio forte. Fiquei dias pensando muitíssimo na possibilidade de um beijo na boca, um toque mais íntimo, um cheiro no cangote, aquelas coisas. O mais fútil do envolvimento humano, o mais delicioso que acontece entre duas pessoas que se atraem fisicamente, eu quero com ela o sexo mais livre que eu conseguir. Eu quero com ela um momento daqueles que me inspiram linhas de uma putaria gostosa, e me fazem sorrir sozinha ao lembrar.
Ela é dessas danadinhas que as noites quentes me surpreendem ao longo da minha caminhada, dessas que eu já conheço bem, mas essa... Uma delicinha embrulhadinha em uma calcinha amarelinha e envolva em tatuagens, vamos misturar arte hoje - ao que tudo indica.
E posso falar?
Eu só quero, tá?
Era meia noite e pouco quando eu me encontrava em contato com o seu corpo, umas doses de whisky a mais na cabeça e pronto, lá estávamos encostadas uma na outra, coladas e à julgar por mim: também , molhadas. Como se nós duas não pudéssemos mais nos distanciar. Talvez não pudéssemos mesmo, tanto que rasgamos as horas que vieram praticamente sem nos desencostar. E que coisa gostosa de lembrar! Ela dançando cada uma daquelas músicas se dividindo entre dar um corte na água, me beijar os lábios e esfregar em mim o seu rabo. Tipo uma gata, saca?
E porra se ela me levanta o rabo, eu dou tapinha! Se ela me abre a boca e mostra língua quer beijo, quer buceta ou quer balinha.
"Você não faz ideia do quanto eu tô querendo te ver dançar, mas também tô louca pra você falar que quer ir embora!" - eu disse e ela riu uma risada de quem sabe que não vai escapar de trepar comigo hoje porque também quer o mesmo que eu. A paciência é uma virtude, mas o tesão me traz uma certa urgência.
Nem duas horas de uma madrugada realmente calorosa e nós estávamos nos contemplando nuas, dentro do quarto.
Esperava por isso? Sim.
Fiquei surpresa? Também.
Um pouco de beijo, um pouco de papo, mais um pouco de beijo, uma dose de Fireball, me beija com gosto de líbido e canela, e quando o beijo encaixa e molha é perigoso, delicioso e divertido.
Meus lábios beijavam os dela bem devagar, meus seios encostavam nos dela, minha mão na sua nunca entre seus cabelos, seu corpo moreno e morno, esquentava ainda mais minhas intenções.
Lambi seus seios como se eu nunca tivesse visto ao vivo um par tão bonito.
Ela quis dar pra mim de quatro, ela quis dar pra mim de lado, mas o que me pegou demais foi ela de cara pra parede, em pé, levantando o rabo pra mim,.com a minha mão em seu pescoço e aquele gemido abafado que só ela sabe dar.
"Mete em mim..." - ela pediu, eu obedeci, óbvio! Eu não sairia dali a menos que ela me pedisse pra sair.
Ela já estava ficando ofegante, cansada, eu também, mas quando eu olhei pra expressão no rosto dela.... Eu só pensava que eu queria mais. Eu não quero parar. Ela não imagina o tesão que eu tenho em mulher suada e mulher que eu faço suar.
Ela me dobrou na cama, me fez ser criativa, me fez não ter pena quando o tapa estalou em seu rosto e ela, por algum motivo, adorou isso e me sorriu depois, aquele sorrisinho de quem me obrigava a me manter firme dentro dela, calou meus dramas colocando minha face entre suas pernas. Nossos vazios foram preenchidos... No quarto.
Ela me pediu um orgasmo, uma dose de whisky, um trago do meu baseado e uma poesia que carregasse seu nome... Mas o último fiquei devendo porque eu não sou boa com poesias, minha rimas são tão vagabundas quanto nós.


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domingo, 8 de setembro de 2024

sábado, 7 de setembro de 2024

diário de bordo #2

Está tudo bem comigo, eu acho, exceto pela minha vontade imensa de voltar, eu gosto de estar sempre por aí, navegando e navegando e às vezes à deriva, mas eu gosto ainda mais dessa mulher. Eu gosto da presença quase que angelical que é estar em terra firme e no mesmo ambiente que ela. É um turbilhão de sensação chegando em ondas dentro de mim. Quando ela me sorri é mais lindo que todos os outros mares mais calmos e límpidos do mundo. Juro.
Todos os dias eu sonho com a paz selada entre nós, uma pedra em cima de cada problema e bola pra frente, mas eu sempre acordo com ela distante... Fisicamente, mesmo. Só em meus poemas ruins eu a encontro. E nos meus sonhos. Sempre sou cuspida de volta à realidade com a mesma velocidade do sonho.
Às vezes enquanto eu tô inteiramente com ela, com meus dedos conectados, eu tenho vontade de olhar pra ela e dizer: "Vai! Me pede pra sair da tua vida agora, diz que me odeia, me manda embora!".
Quando eu tô trepando com ela juro, não é pelos olhos que ela chora, é onde me perco. Me afogo nas ondas do tesão, acreditando que lá estarão os sentimentos que eu procuro nela. Mas quando eu caio em mim, olhando pra nós duas depois de tudo, já secas, eu percebo que só acreditei estar mergulhando num imenso mar de dopamina, mas na verdade era só um pequeno aquário viscoso de algas, egoísmo e interesses particulares.
Alguns encontros são como pequenas ilhas de sossego em um mar revolto, onde atraco, me apaixono novamente, recarrego a bateria do amor, estendo minha toalha na areia e observo o Sol até ele se pôr. Sendo a mulher mais apaixonada por ela que eu posso ser. Há tanto tempo. Ancorando em seu cais e acordando com ela.
Pela manhã restam apenas os poemas e dedicatórias de um amor intenso, rabiscados no muro que sonhamos em derrubar um dia. Mas os muros sempre estiveram lá. Cansei disso, cansei dessa água morna, da situação como um todo.
Toda manhã eu me pergunto se eu ainda sou só "aquela ex" pra ela. Queria respostas ou então, que o barco afundasse de vez.


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