quarta-feira, 19 de julho de 2023

disse que não ia dizer essas coisas, mas sobe à cabeça

Ela tem cara e formato de pecado, de erro, daqueles erros gostosos que enchem a boca de água, que enchem os olhos, a pele dela, tão colorida como a minha, é convidativa, o toque dela é flamejante e me faz escorrer fogo, a presença dela deixa perceber em mim toda a pujança da paixão que arde sem pausa alguma, que domina meu corpo, que não cabe no meu coração, que esmaga qualquer discernimento que eu tenho sobre isso tudo ser tão delicioso quanto é errado.
Mas o que é errado aqui, afinal?
O que é o errado?
Porque errado se essa mulher me ganha deliciosamente e sem nenhuma piedade sequer?
Eu caio nesse papo dela só para que ela me apresente uma paixão sem calma, uma transa nada banal, sem cartilha. Uma paixão que extravasa e que teima em se fantasiar de amor, em se trajar de vários afetos, em mascarar o desejo. Ela tem cara dessas mulheres que a gente nunca esquece, sabe? Ela é ela. Única como toda a singularidade, peculiaridade que a veste. Tão maravilhosa, dona de uma beleza insigne, ela parece que me convida a permanecer em sua vida, que me pede para desejar sempre por um momento com aquela mulher... mas desejar demais, saca? Numa intensidade absurda. Como um vício. Eu preciso realmente tocar o corpo dela, ter a voz ecoando na minha casa, os gemidos abafados no meu quarto nas madrugadas respeitosas, quero as mensagens dela pipocando na minha tela, ela fumando cigarros apoiada na minha janela, enquanto eu só observo, ou tô logo atrás dela metendo forte.
Ela fala que eu bagunço os seus pensamentos e que só nua, ao meu lado, fica à vontade e desce do salto. Talvez eu adore demais essas mulheres bravinhas, estressadinhas e posturadas, igual à mim, talvez essa seja minha especialidade.
"Prazer, eu vim morar na sua cabeça!" - Gosto de falar besteira, ela então ri, mas eu levo isso a sério... eu não quero mesmo que ela me esqueça. Ela fala que depois da nossa primeira transa eu aluguei mesmo um apê na sua mente. E eu orgulhosamente moro lá, virando à esquerda, no condomínio das memórias quentes.
Eu fico nervosa já quando ela me manda mensagem perguntando se pode vir pra cá no final do dia. É óbvio que sim, como eu recuso isso? Minhas dúvidas sequer cabem na agenda dela.
Ela é tão pra frente, eu inocentemente não sei porque ela chega sem calcinha e sorrindo, eu encho duas taças de vinho tinto e pá. Pra esquentar. Uma ou duas taças a mais pra ela relaxar. Bolo um fininho do brabo pra gente fumar, a gente transa, beija, fala, ri e contamos algo sem sentido só porque lembramos no momento... A gente ri um pouco mais, bolo outro, a gente fuma e nem chegamos na metade ela me taca beijo lento, e aí a gente sabe o que acontece. A gente paralisa o momento... nós duas continuamos ali, é só os ponteiros do relógio que correm.
Lá fora a chuva cai e aqui dentro a gente transa com a mesma disposição que estávamos há horas atrás. A atração mútua é deliciosa e quando ela chega no máximo do prazer, no orgasmo, quando ela goza comigo, no ápice da nossa intimidade e consentimento... Eu acho que é muita loucura e delícia nós duas olhando daqui. Coisa que só a gente sabe e sente.
Eu observo tudo em câmera lenta, consigo me lembrar de cada sensação que a gente sente com o toque, com o tato, com o olfato, com meus lábios tocando ela de maneira intermitente.
Quando essa gata fica nua posso jurar que toca bossa nova dentro da minha mente.


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quinta-feira, 13 de julho de 2023

áspero

É sobre nós, de novo. 
Outra madrugada que se repete, tudo igual. A gente na varanda do apartamento dela, bebendo whisky e fumando droga, porque é disso e só disso que a gente gosta memo. Mas tá paz. Hoje a gente é só um casal comum, um caos banal. Tudo segue o curso das coisas de forma normal.
De novo nós duas envolvidas, né?
Eu disse - depois da última - que não viria, né? hahahahahaha
Mas aqui estamos... Eu sempre volto e ainda me surpreende nossa capacidade e audácia de nos encarar como se nunca tivéssemos cogitado o contrário disso que tá rolando aqui, como se ela não fosse uma maluca que surta pela manhã por um motivo que eu nem vou comentar e daí me repele com tanta certeza. E como se eu não fosse a filha da puta que transa com as mina que ela odeia, sem intenção que ela saiba, mais na intenção de satisfazer meu ego. Mas ela sabe. Ela sempre sabe. 
Enfim... olha só pra nós, aqui estamos, convivendo o mais intimamente que podemos, fingindo que ela não entra em crise existencial quando a gente fica perto demais. Fingindo que eu não acho insuportável estar nessa cidade sem me foder e me afundar na ansiedade por gatilhos banais.
Falando sério...
Como fugir de algo sem me sentir aprisionada à isto?
Sem fazer do quarto dela minha cela de alto padrão?

Eu acho que ela era mais amável antes, pelo menos eu acho que antes eu entendia a linguagem corporal dela, as expressões, o amor, tudo me soava muito claro. Ou talvez meu sentimento só fosse maior porque ela estava inteiramente recoberta pelas minhas expectativas quanto a nós, e totalmente colorida dos pés a cabeça por minha cegueira emocional causada pelo afeto que eu inventei de sentir e pela líbido? Acho que, caso seja possível isso, eu tô cada dia mais autista.
Como não sentir que é algo inacabado, como uma gaveta aberta que eu preciso fechar?
Tipo um ciclo que a gente fecha, mas aí ela volta com uma cara nova, aí a gente abre um novo, sabe?
Sei lá. Vai ver é obsessão o nome. O pai dela disse, há uns dois anos atrás, que acha que a gente ainda casa e juro, não sei se acho justo ou tenho medo disso realmente acontecer no futuro.
Abri a sacada e deixei o vento correr o apartamento todo, venta muito aqui, parece que venta todos os dias, pelo menos os que eu venho. Em vinte segundos não tinha mais nada da cortina de fumaça que a gente produziu aqui. Em todos os sentidos. A gente então se encarou... odeio quando ela me olha diretamente no olho, é como se ela fosse me ler completamente. Tremo, desvio, não consigo manter ou fazer contato visual sempre. Eu tô cada dia mais auti... Ah, deixa pra lá. Ela me contava sobre um filme que ela viu, eu acho. A gente se olhava com afeto e eu bolei mais um enquanto pensei que eu gosto mesmo dela. Que eu gosto dela pra caralho. Sem esforço, sem motivos. Lembrei do quanto ela é puro amor, quando quer. Lembrei dela sentada na praça, num verão desses qualquer, fabricando nuvens com as flores que eu trouxe. Tenho várias fotografias dela em momentos banais, várias e várias memórias impressas em papel e muitas lembranças íntimas e inanimadas na memória do meu celular. Gosto de guardar cada momento onde eu acreditei que o amor dela por mim fosse verdadeiro.
Porque às vezes me esqueço disso.
Esqueço disso porque às vezes a cama dela fica áspera, uma textura que não me soa confortável ou convidativa, o beijo não tem encaixe, esqueço disso quando as palavras engasgam, quando eu não sei o que fazer, quando ela chora com qualquer coisa que eu falo só porque eu não rodeio nada, quando a gente geme bem mais do que conversa, não que eu não goste, mas eu não sei se tô mais na idade e vibe de ir tão longe só por uma trepada. Esqueço do quanto eu gosto dela quando ela esquece que gosta de mim também. Eu sou boa em retribuição. Queria que o que sentimos uma pela outra fosse resetado, que pudéssemos começar de novo, nos conhecer de novo, com mais tranquilidade dessa vez, que nosso amor uma pela outra fosse mais que um elefante filhote desajeitado se divertindo em uma loja de cristais, mas sei que isso é só é a minha projeção. Talvez eu goste mesmo que dê errado porque assim mantenho tudo descompromissado, eu gosto mesmo de não ter, de não ser, nunca pertencer, vai saber... Eu nunca vou descobrir, mas talvez se a gente tivesse dado certo no início não teríamos chegado tão longe.


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terça-feira, 11 de julho de 2023

vamo que vamo

Noite de lua quase cheia e eu lá... enchendo o saco dela pra gente ir embora o mais rápido possível. Eu muito calma, posturada, ela me beija e eu só falo com ela usando tom bem baixinho no ouvido. Ela na minha frente, provocativa como só ela mesma conseguiria ser, cola em mim, vem e joga o rabo. Ela é minha essa noite, e confirma isso entrosando comigo na batida, esfregando o rabo em mim, fazendo eu imaginar ela nua na minha língua, ela seguiu me instigando, me beijou os lábios e disse que - palavras dela - tava maluca pra trepar comigo, filha da puta, ela me tortura. Só vai me dar depois de beber e dançar... e tudo bem. Com ela não é a primeira vez. E eu provoco bastante também. Imagino bastante também.
Desejo essa maluca pra caralho e até além, eu acho que sou capaz de sentir o cheiro de vagabunda que ela tem e isso não me confunde nunca, faz com que eu fique completamente atraída. E eu juro que posso sentir esse cheiro adocicado no ar todas as vezes em que dividimos as horas em qualquer que fosse o lugar, ela me atrai mesmo. Me deixa afim.
No banco de trás do carro de aplicativo, sentido minha'casa, a gente se comporta, se olha, se encara, conversa, ela muito afim, eu mais ainda. Podando as vontades. Ela coloca a mão na minha perna, beija minha boca... nada demais.
No meu quarto a luz vermelha sempre é a escolhida. E quando ela tira a roupa eu fico hipnotizada, em slow... Sinto vontade até de aplaudir. Penso que só quero lamber ela sem deixar de lado nenhum espaço, maravilhosa, babada inteira por mim, molhada assim, coisa linda, nunca perde a graça. Eu só sei querer mais. Meus dedos entram, ela molha mais um pouco, eu escorrego, ela contrai e eu sinto, derreto essa mulher de tanto que eu chupo, de tanto que eu entro.
Eu entro, eu saio, eu fico lá dentro, eu brinco, não canso nunca de saciar essa fome de buceta que eu sinto. Vamo que vamo, e vamo de novo. Ela nunca para, eu não canso então dá bom, dá ótimo.
O gemidinho gostoso que eu ouço me pede mais dedos, me pede pra meter direito. Seguro pela cintura, acelero um pouquinho, sigo o ritmo, ela rebola aqui comigo muito mais gostoso do que rebolou pra mim naquele baile algumas horas atrás, o prenúncio do gozo é uma contração no corpo, a carinha de danada, a perna que dá uma leve tremidinha, o jeito de me pedir pra ir devagar... Adoro quando ela verbaliza isso pra mim. Ela mal goza, nem me deixa respirar, nem me deixa sequer usar a bombinha e já convida minhas mãos para um novo passeio, que obviamente eu não recuso nunca... começo toda minha estratégia novamente pelos seios que eu acho tão gostosos de lamber, em minutos ela tá sentada de costas, empina o rabo, filha da puta... Às vezes eu só quero apreciar a vista, o passeio, só quero utilizar o paladar, eu nem sei muito bem o que fazer, embora seja um tanto quanto instintivo. Eu só quero olhar, eu só quero ver. E posso falar? Ela de camarote, só pra mim, é deliciosamente complicado. Pura diversão.


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soneto da hidratação

Você fugiu de um sonho meu e você sabe. Como é que pode?
Linda... você me olha, meu coração sacode, tremo por inteira, puro contentamento.
Você me faz bem de verdade, melhor que sorte.
E eu aprecio verdadeiramente cada um dos nossos momentos

Não esqueço do primeiro beijo, aventureiro, no carro velho e apertado
Um tempo após a gente ouvindo a minha playlist no meu quarto, mas sem pretensão
Me lembro também do último beijo que foi - por mim - roubado 
Você é sempre a coisa mais deliciosa e nem nos meus melhores sonhos eu teria previsão 

Eu amo teu cheiro, teus olhos, o gosto do corpo, os cabelos, pelos, sua boca, você
Você é uma loucura tão gostosa, delícia de companhia
Te quero, mesmo sem eu merecer

Saudades, então, de você. Da pele hidratada. Do cabelo macio, do lábio gostoso.
02h18 eu pensando em você, saudade de nós
Será eu sonhar com você essa noite, você foge do meu sonho e cai na minha vida de novo?


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segunda-feira, 10 de julho de 2023

branco carrara

Não consegui dormir essa noite. Minha cabeça parecia ter o peso de uma família de elefantes e ficou trabalhando na resolução de um milhão de problemas e agonias da minha vida pessoal fora desse quarto, desse bairro, dessa cidade... Olhei pra ela enquanto ela dormia na mais pura paz, senti ali uma oportunidade perfeita pra ir embora sem dar tchau, só sumir, fazer ela acordar parecendo que fui um sonho. A ansiedade me dominou assim que lembrei das coisas que me encontram quando eu volto pra trás os oitenta e poucos quilômetros que nos separam. A realidade que me aguarda lá em cima nunca é doce.
Andei da cama até o banheiro do quarto, depois até a sala em passos curtos para que eu não perturbasse o sono dela. Eu quis aproveitar o momento sozinha, de quietude e paz enquanto ainda era o que eu tinha de concreto ali, em mãos. Me acomodei no sofá da sacada enquanto terminava uma dose de whisky que larguei por aqui há uma ou duas horas atrás e observava com calma todo o espaço, o apartamento extremamente branco, o chão branco carrara me lembrou que temos ambições diferentes, vidas diferentes, contas bancárias diferentes.. mas a felicidade dela me soou sem vida, principalmente depois que os pais dela foram embora pro interior, acho que nesse apartamento já não mora mais felicidades, alegrias, eu procurava felicidade então em qualquer movimento lá embaixo, ouvindo pouco do barulho, motores dos poucos carros, algumas sirenes que escutei durante a madrugada, tudo aqui é muito branco e organizado e eu gosto do caos. O lusco fusco deixava cada vez mais óbvio pra mim que a manhã chegaria a qualquer momento eu querendo ou não. Quis congelar o minuto, paralisar como nas fotos que eu olhei no mural de retratos que ela tem colado em um dos quartos que ela usa como escritório, e que inclusive tem uma foto minha que eu odeio de quando eu era mais jovem, peguei a foto e escrevi um poema atrás uma vez, ela nunca encontrou e eu acho isso engraçado. Torço para que um dia eu receba uma sinalização de que ela encontrou o breve poema de Mário Cesariny escrito atrás da foto há pelo menos três anos atrás, enfim. Penso que quando a manhã chegar tudo que sinto de bom vai embora junto com o escuro da madrugada, o charme, o perigo convidativo que é me tirar de casa pra aparecer aqui, na frente dela oferecendo buceta, drogas e uma paixão vaporosa. Oferecendo pra ela uma válvula de escape, um momento de paz, uma quebra na rotina... mas é só isso que sou pra ela? É só isso que ela é pra mim? Sei lá.
Ontem bebemos demais. Fumamos demais. Rimos demais. A gente se dá bem demais. Penso, qual meu crime então? Onde está o erro? A engrenagem quebrada que não deixa tudo funcionar corretamente? Por que sempre fico sentindo o sabor amargo que tem a sensação de culpa que sempre chega sem que eu tenha feito nada de errado? Por que há culpa? Nós transamos novamente essa noite, tá bom, mas quando não? Quando a gente não se encontra, se beija, se ama, se fode? Quando é diferente disso? Quando eu não espero isso dela? Um sexo, uma discussão, um novo adeus, eu vivendo sem ela e ela me trazendo de volta. Desejei por um instante que fosse diferente hoje, que ela acordasse e se sentisse assim como eu, em paz. Queria que ela acordasse tendo um novo conceito sobre o amor. Mas que se foda, né? Ela acha que o dinheiro compra o amor e isso diz muito mais sobre ela do que sobre mim, acho.
Esfrego meu rosto em busca de alguma realidade que não chega, volto pro quarto para que ao menos o álcool e a maconha me façam dormir algumas horas até eu acordar e a luz do Sol já ter dominado o apartamento todo. Em pé observo por breves segundos enquanto ela ainda dorme, completamente nua. Despida de tudo de todo o mal que eu já vesti ela, mal respiro tamanha beleza do que meus olhos se encontram pousados. Penso que não posso mais permanecer zapeando pela vida dela como se ainda fossemos as meninas que éramos há dez, onze, doze ou mais anos atrás, e aliás essa fase hoje são só lembranças que não resistiram ao tempo. Mágoas e amores perdoados e esquecidos. A pipa sobe e ela também desce. Mas ainda assim... Ela é uma paixão tremenda, inegável o quanto ela me destoa do normal.
Ela abriu os olhos, sonolenta, totalmente desprotegida, desconectada com toda merda que pensei há minutos antes... Por um segundo parecia que eu precisava dizer algo, como se eu pudesse ditar como seria a vibe daquela manhã. Quis dizer algo bonito pra ela, mas não encontrei nada largado na minha cabeça que servisse para o momento, que fosse adequado. Nem sempre as palavras me encontram então eu mantenho um relacionamento bastante íntimo com o meu próprio silêncio porque eu nunca sei exatamente o que ela quer me falar, mas aparentemente eu sei exatamente tudo que ela quer ouvir de mim. Talvez ela só queira todas as palavras que eu não quero dizer, que eu não acho, que eu sequer procuro... Talvez eu escreva algum dia, talvez isso fique perdido eternamente dentro da minha cabeça e foda-se também.
Eu não sei quando passamos a nos resumir a isso, sexo ocasionalmente e só, mas não mudaria nada nessa história, nada. Nem mesmo os desencontros, nem os traumas. Ela simboliza inspiração pra mim, às vezes queria não ser apegada à minha verdade, ser mais flexível, dar o braço a torcer, baixar a guarda, eu queria pensar mais antes da ação, conseguir dizer não, e não basicamente me teletransportar pra vida dela ignorando tudo que nós vivemos antes disso, ignorando completamente os pontos positivos da nossa história e colocando ela somente como alguém que gosta de me induzir ao erro, à loucura, ao ponto onde eu já não consigo não ficar em paz com nada. Mas talvez a filha da puta seja eu, né? Não sei. Eu só consigo olhar de um lado da moeda, eu não sei o que ela vê sob a ótica dela. Mas é ruim pra caralho quando ela acorda sobrecarregada de expectativas que eu não supro... enquanto ela pega novamente no sono, eu penso que sinceramente espero que hoje ela não transforme a gente em competição de quem consegue ser mais filha da puta, de quem tumultua mais a cabeça de alguém, de quem cria mais guerra, hoje ela jamais teria como ganhar.
Isso que é foda... Queria não sentir necessidade de antecipar minha defesa.



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