Ela me beijou, me beijou, me beijou e quando o beijo engata assim eu já sei o que acontece, ela não disse nada e nem precisou também. Quanto mais eu tinha a boca dela em mim, mais eu queria, mais eu desejava língua e saliva derramando amor pelo meu corpo. Espalhando essa vontade que eu sinto dela entre minha boca, pescoço, seios, e descendo... O beijo dela me molha quase que instantemente. Ploc. Simples e fácil assim, tenho prazer com ela sem muito esforço. Me faz gozar sem atalhos e em toda oportunidade que eu tenho, aprecio a companhia dela e aprecio muitíssimo nosso momento.
Meu beck aguardava apagado sua vez de ser beijado, entre meus dedos da mão esquerda, beck esse que eu quaaaaaaaaase larguei ali no chão mesmo porque eu queria minhas duas mãos urgentemente encostando nela. Por inteira. Contato essencial. Queria tudo que fosse meu, corpo, mente e coração somente nela, trazendo ela pro mais perto possível, segurando ela, mesmo. Eu tive praticamente cada parte do corpo dela encostando em mim, pressionando, esfregando, provocando,l e ela sabe que eu não resisto, me deu uma sensação de que eu estava deliciosamente encurralada, totalmente rendida... Que erro beijar sem roupa! Que delícia beijar sem roupa, só pra ver o que acontece, mesmo nós duas totalmente cientes do que acontece quando nos beijamos, vestidas ou não. Ela bateu os olhos em mim e entendeu perfeitamente os desejos intensos do meu corpo. Me beijou mais, me perguntou de forma bastante irônica se eu queria terminar o baseado e eu prontamente neguei porque eu não consegui esperar. Joguei ele apagado dentro do meu tênis porque foi o primeiro lugar que eu vi, quando olhei em volta. Não pensei muito, nunca penso muito quando estou assim... Afim. Desejante.
Que sorte tê-la comigo, agora, aqui!
Tem coisas que não tinham a menor necessidade de serem tão deliciosas assim, mas são. Tem cenas que ela viveu comigo que dominam minha cabeça e que nem precisavam ser tão intensas, mas quando ela entra em mim eu sempre guardo a memória, que bate e rebate dentro da caixinhas das memórias mais gostosas, e me faz ligar rapidinho pra ela pedindo uma trepada, sempre fico cheia de saudades.
Ela me beija mais um pouco, eu escorro. Sexo com frio na barriga é perigoso. Ela me faz gozar muito rápido, logo na primeira.... e eu já quero de novo. Gostoso.
Perguntou se eu queria vinho, se eu queria mais beijinho e eu não aceitei nada. Acendi o baseado, dei dois tragos, passei pra ela e sei lá, até fumando ela tem cara de danada, de Danaë.
Eu mal termino o baseado e quero gozar de novo. Ela ri, já sei que quer também, o mesmo. "Já que estamos aqui..." - me agarra, me aproveita, recomeça tudo e eu assisto de camarote enquanto ela lambe minhas coxas insaciavelmente, me chupa e eu molho ao ponto dela escorregar, acho que ela seria capaz de se afogar se não fosse uma ótima mergulhadora.
E quando a gente fode, a gente se conecta, falta o ar, quando ela bota em mim, forte e lento assim, entrelaça os dedos com os meus, me olhar nos olhos enquanto me come é excitante e de mãos dadas gozamos juntas, quando a gente inverte, eu amo observar ela nua uns instantes antes de tudo acontecer e acontecer de novo e acontece mais um pouquinho. O sabor do corpo dela é um banquete perfeito, mordo a carne, lambo e chupo, engulo, bebo diretamente da fonte, do cálice, vivo com sede dela. O cheiro dela que eu queria grudar em mim, nas roupas, no ambiente... Adorando viver esses drops regados à trepadas fortes e carinhosas, gosto muito. Ela pede mais rápido e eu meto mais rapido. Ela vibra, a perna treme levemente, ela crava os dedos em mim, sinto que tô no caminho, o gemidinho gostoso, ela não aguenta ficar parada e deitada e senta.... e eu acho delicioso isso tudo. Que visão! Mal acaba, ela quer de novo e mais forte, será que eu consigo comer ela mais gostoso dessa vez? Ela rebola, molha, gostosa! Cada vez melhora. Ela sempre tá no pique de duas, três, quatro foda... igual eu. Me procura toda vez querendo buceta e sabe que eu dou bem bolada, sem vergonha, orgasmo me gera uma descarga de eletricidade, doses de felicidade e amor que - com ela - vicia a sensação. Se ela quer de novo, eu dou de novo, eu como de novo, saboreando sem pressa. Quero foder com ela na minha cama, na dela, escondidinhas na rua, no carro, no banheiro do rolê, no beco, ela sentando em mim daqui até à Lua. Eu botando firme, não arrego e ela gosta. Somos isso. Dois ou mais dedos da minha mão dentro e eu empurro ela cada vez mais pra fora da órbita. E ela me leva junto, me tira da Terra, me deixa alheia à realidade. Tocamos estrelas, flutuando, mais uma transadinha gostosa acima das nuvens. Eu quero viver o momento onde quer que estejamos... na rua, na cama, no carro, na Lua, não importa, nós sempre vivemos o momento com a maior intensidade e delícia possível. Sempre.
Juntas.
Conectadas.
Interessantes e interessadas.
E pra ser honesta, depois dessa foda eu não quero mais nada.
terça-feira, 25 de abril de 2023
dasefo
Invasão de privacidade é o fato de que você não sai da minha cabeça mais, não importa o que aconteça, você não me deixa sozinha com meus pensamentos mais.
Amar me preocupa.
Me rouba o ar.
O Sono.
A inspiração.
Mas quando seus olhos se voltam pra mim, acho que dá um fôlego a mais... igual bombinha.
sábado, 22 de abril de 2023
babe u r not betty boop
Ao mesmo tempo com que a frequência consegue ser a maior delícia que nosso tempo livre nos proporciona, também consegue ser o maior erro, tudo na medida pra tornar cada fase da nossa história tão intenso pra nós. Ao ponto de não me deixar esquecer, romper, afastar, que não me deixa achar banal tudo que nós já vivemos em total sintonia, em total paixão, mó cota desse tempo todo que eu torci para que ela sentisse pelo menos parecido com o que eu sinto porque eu acho absolutamente tudo que envolve aquela mulher muito "uau". O encantamento bate um nível absurdo e atrai meu olhar repentinamente com tamanha espontaneidade que chega a ser engraçado. Ela sempre me teve 100%. Sem meio termo, nunca morno, nunca pela metade. Por inteira. Em cada encontro onde estive dividindo o espaço de tempo com ela, me doei para que ela pudesse ser feliz ali, comigo. Cada centímetro do meu corpo amou aquela mulher de uma forma inédita pra mim, única. Ela me faz entender o amor, me ajudou entender as expressões. Então como guardar a preciosidade de um sentimento?
Toda vez que eu adentro a porta daquele apartamento do nono andar a gente cria um novo momento, reinventa um sentimento, recria uma felicidade artificial. Ignoramos tudo de ruim que já houve entre nós, nos perdoamos sem pensar duas vezes e colocamos, em conjunto, à quatro mãos a mais bonita máscara nas cicatrizes emocionais que ainda machucam e seguimos adianta, sempre assim. Sempre foi. Aparentemente é em total desrespeito ao meu sentimento que me permito voltar.
As máscaras caem pela manhã e tudo volta à mais complicada realidade, que ela é otária comigo, eu sou o dobro com ela e eu nunca achei que ela me amou de verdade, o que me traz de volta e que me mata na ausência ainda é a saudade, a vontade que eu tenho de tentar deixar tudo diferente, mais leve, menos tóxico. De vir pra voltar amanhã pensando menos nela. Eu fico vidrada em tudo que não me convém. Eu sinto saudades com ela ali, ao meu lado, comigo. Como explicar? Como entender que o ciclo se fechou e não voltar em busca de sexo? Mexendo num sentimento que já passou do tempo?
Ela tem expectativas muitíssimo irrealistas sobre mim, sobre como eu amo, como disperso, como me comporto e eu odeio, e por muitas vezes a opinião dela me atingiu como se eu fosse um pássaro e ela me abatesse em pleno vôo... E eu sei o quanto isso me deixa arredia. Distante. Mas quando eu não volto a saudade pesa igual como se um planeta tivesse indo em desacordo com a força da gravidade e caindo em cima de mim, mas eu preferia um planeta caindo em cima de mim pra ser honesta. Eu ainda desgosto de como sigo torcendo para sermos tão diferentes, mas somos iguais. Insuportavelmente iguais. Com infantilidades e idiotices iguais.
Odeio que ela idealiza um amor que ela nunca me deu, um romance que nenhuma de nós nunca propôs e agora eu não acho que isso funcionaria e agregaria nada, mas sinto como se a paixão me consumisse cuidadosamente, ainda.
Ela me disse que eu sou incapaz de esquecê-la. Tem coisas que eu faço só pra provar pra mim mesma que eu consigo. Filha da puta. Coisas assim me soam como desafios pueris.
A gente não vive dentro das tramas do Almodóvar - que ela tanto me ensinou à gostar - nem das páginas marcadas dos meus livros favoritos de soneto, de poemas, não vivemos dentro dos meus textos de paixão. Queria paralisar os momentos felizes que estão expostos nas fotos do aparador da sala. Vivemos e existimos porque eu mergulho na saudade e no tesão. Porque ela cede. Porque eu com sede, cedo.
Eu nunca consegui escrever um soneto sequer para ela... mas no fundo, ela ter razão que é foda.


