sexta-feira, 30 de julho de 2021

falando besteira pra queimar a brisa

Eu nunca a encontrei durante a luz do dia, embora eu ande sempre pelas mesmíssimas ruas, cidades, bairros, becos e vielas, em qualquer horário do dia ou da noite, em qualquer dia da semana, nunca, nada. Nem sinal dela. Só a encontro quando ela quer, só quando ela quer aparecer... Odeio deixar ela no controle, mas no caso dela eu não tenho muita escolha mesmo. Durante o dia: nem sinal dela. Ela é o melhor exemplo do que me parece um sonho bom, só de noite mesmo pra eu conseguir encontrar. Nem é reclamação, é só uma observação, nada demais. Só queria escrever sobre isso e sobre ela, e lembrar que no fundo eu até curto meeeeemo esses encontros exclusivamente noturnos, a noite tem seu charme e juro, eu tô aqui analisando tudo na mais pura calma e observação mesmo, uma pontuação engraçada sobre nós duas. E só. A noite pertence à essas possibilidades improváveis. A noite joga no meu colo várias dessas oportunidades. E pra ser bem sincera eu adoro muito, muito... muito a vera. Até demais. Sou dada ao problema, ao carnal, sexual demais.
Nunca a encontrei no silêncio também, e sendo bastante honesta ainda bem.
A voz dela e o paredão rasgam o silêncio e caralho... Eu odeio silêncio. Ela sabe, me conhece pouco mas sabe. Agradeço.
Fico imaginando como seria ela cortando o silêncio do motel ou do meu quarto, com o gemidinho mais gostoso que ela pode e quer me dar. E eu sei que ela quer me dar. Mas até então isso era só minha imaginação, né? Mas que inferno de mulher... fiquei com vontade.
Em todos esse tempos onde ela complementa a beleza noturna da quebrada, eu só pensei/lembrei nela durante a noite também. Ela tem cara de chance única, papo de aventura noturna, quero essa bandidinha gostosa na minha cama pra já. Presença mais que vip. Tô maluca pra introduzir ela ao meu mundo maluco, só por hoje.
Olha ela... Tomou minha bala e nem sabe, dropou meu doce e nem sabe. Gosto é dessas, das que me dão atenção, das que me encostam só pra demonstrar intenção, já dá pra saber que ela é das diretonas, embora ela me toque muito e chegue pouco.
Eu acho ela linda. Gata pra caralho. Gostosinha, combina comigo... me atrai, né? Vagabundinha, putinha... Gosta de ser xingada, né? Tô ligada, o básico. Ela é dessas, queria ser menos amorzinho e respeitosa e ser mais direta, mas infelizmente espero atitudes... Eu não sei lidar com essa cara que ela tem de quem fode bem, qualquer vagabunda com cara de safada eu dou minha atenção, essa então... Tenho vontade, passo tanta vontade, ela já me fez imaginar tanta coisa entre nós.... Só sacanagem. Odeio quando uma mulher me faz ficar imaginando como é o bota-bota porque eu torço pra descobrir rapidamente se a realidade é tão gostosa quanto parece na minha cabeça. Amo.
Eu sou inocente demais, já falei sobre isso? Raramente chego em uma mulher, deve ser insegurança mesmo, deixo ela chegar. E eu fico maluca, excitada mesmo com mulher que toma iniciativa sem medo, me quer? Fala comigo, eu gosto da sensação de ser desejada, aquelas coisas. O não ela ja tinha, o não eu já tinha também... Eu não vou explanar pra ninguém mesmo, jamais falaria, nem que minha resposta seja não, tenho esse defeito de ser extremamente paz e discreta. Bololo comigo é só na cama, sou sem estresse... e no máximo vou escrever um textinho bobo e inocente sem citar o nome dela. E além do mais... Ela chegar tem todo aquele rolê de fazer bem pro meu ego, né? Todo aquele rolê de reverter inseguranças, amo transformar inseguranças em certezas. E não somente isso, eu nunca vejo maldade em nada... Mas sou bem maldosinha, bem filha da putinha. Gosto de ser cantada embora eu interprete TUDO sempre primeiramente como amizade, até ela me alisar demais, até ela falar que também tem vontade, aí a conversa muda, quando ela fala comigo eu já quero levá-la pra minha casa, automaticamente. Queria vê-la no meu quarto preto, com a cara parede. Mas queria isso do nada. Agora mesmo. Queria minha luz vermelha iluminando a cara dela AGORA. Tem coisa pra mim que do nada me soa como necessidade. Hora necessidade tranquila, hora necessidade extrema.. eu só paro quando eu consigo. Mas dado a essa condição - da timidez - eu normalmente espero a iniciativa da filha da puta pra consumar o ato. Pra se ter ideia eu demorei sei lá, uns três encontros pra perguntar o nome dela, e só o fiz porque ela pediu meu isqueiro emprestado. Mexeu no cabelo, falou comigo como se tivéssemos toda intimidade do mundo dentro do bolso pra gastar uma com a outra, até então a gente nem tinha mas essa noite... Ela me encostou demais... tá demais isso. Demais. Ai ai. Me tocar é invasão de espaço e vindo dela... Gosto também.
Eu sou tão fã das nossas conversas - quase sempre - quando estamos bêbadas, despidas de tudo que nos prende. A gente tem cada conversa mirabolante juntas, loucas, e geralmente tanto faz... mas hoje eu tô maldosa. Eu sempre a encontro quando minha mente tá incapaz de manter uma conversa. Ela é foda, maravilhosa, quantas vezes eu tava quase entrando na rua mais escura da minha mente e ela me salvou com aquela voz gostosa que me faz fabricar um montão de putaria boa de imaginar? Me trouxe de volta? Várias. Ela é brisa boa. Sabe quando você sente sintonia, intimidade logo de cara? Comigo isso é raro. Nome nem é tão importante quando a presença é gostosa, essa eu chamo de gatona, bebezona. Com ela sempre foi assim, presença confortável... Nada com ela parece problema. Nada com ela me cheira a mal estar ou brisa errada. Deliciosa. Cavala. Tenho nem altura pra essa mulher. Facilita na cara, joga na cara. Eu prefiro assim, não sou das mais fãs de jogos longos da sedução e muito menos de cantadas esporádicas. Torço pra ela ser direta. Já falei da minha dificuldade de identificar sentimentos? A timidez é barreira. Um dia eu venço isso.
Ela me pediu o isqueiro hoje, já fico idiota igual adolescente, eu tenho tanta vontade dessa filha da puta que se ela soubesse não mexeria comigo. Ou mexeria mais só pra ver o que acontece.
O isqueiro não foi a toa. Assunto daqui, assunto dali. Hoje ela não aguentou... Hoje ela me escolheu, e por que eu? Sei lá. Mas hoje...finalmente eu vou descobrir como fica essa cara linda que ela tem, no Sol, até estourei uma champanhe pra comemorar. Hoje eu vou fazer questão de abrir a janela, deixar a luz invadir o espaço mal iluminado só pra olhar pra ela, hoje ela vai ganhar bucetada de café da manhã, que se foda... Não era buceta que ela queria? 
Tô só falando besteiras... que ela nunca vai ler.


Share:

quinta-feira, 22 de julho de 2021

tire suas mãos de mim, eu não pertenço a você

3h19

O que aconteceu com o rato depois que a brisa do ácido passou, e ele conseguiu algum nível de raciocínio - e o mínimo de consciência, amor próprio mesmo - e fugiu da gaiola, mais conhecida como o nono andar, o apartamento dela? Pra onde ele estava indo? Qual o motivo do rato ter fugido?
É... rato não pensa. Rato faz. Rato calcula tudo tão rápido, mas não pensa. Só analisa a melhor rota de fuga e foge, porra. Rato é bom de fugir. Acho que rato não tem muita inteligência mesmo, mas é perspicaz... certeiro. Não sei. Só sei que foi assim. Ridículo, pode falar.
Há inúmeras ligações dela, minha bateria está quase no fim e eu não vou atender. Mesmo. Vinte e três ligações. Ela deve achar que eu fiquei louca, mas acredito que a opinião dela não me soa muito importante agora, não é mesmo? Nunca fiz o melhor pra ela, ela nunca esteve em primeiro lugar, isso é o meu maior defeito: egoísmo.
Eu tô aqui na minha idiotice e no mais puro e simples prazer em fazer merda, me divertindo pra caralho com a situação, sempre fui maldita, brincando com coisas sérias, queimando sentimentos, paciências e desgastando humores por hobby. Eu só penso em cifrão, hoje é esse o motivo pelo qual eu vim, e pra ser sincera não haveria outro motivo para vir, hoje. Cash rules everything around me. Sigo o fluxo. Conto com a sorte.
Mas... é muito louco o que eu sinto quando atravesso do hall pra dentro do apartamento. Quando foi que o local de maior acolhimento virou prisão, tortura? Sei lá, mas só consigo pensar que essa social está chata pra caralho e eu nem deveria mais estar aqui. Não fico a vontade, algo no ambiente me deixa alerta e nada, naaaada confortável. A brisa foi legal, mas olha só o mal que a sobriedade ou quase isso traz: sentimentos assim. Meu cérebro já gastou todos hormônios de felicidade e equivalentes há algumas horas atrás e nem o md consertou o mal estar. E agora eu tô aqui... o que é que há? Eu me sinto constantemente deslocada, onde quer que eu esteja, e pra ser honesta ela se tornou praticamente uma estranha pra mim, uma estranha com quem eu já tive o ápice de intimidade? Foda... Foda-se, as pessoas mudam constantemente e acho que ela já não me conhece também, nenhum pouco. Eu não pertenço à lugar nenhum, me sinto livre igual incenso, mas aqui... Aqui menos ainda. Aqui, além da não ter sensação de pertencimento, há a sensação de desconforto. Por algum motivo eu me sinto sempre atacada pelos amigos dela, sempre. Não é impressão e sempre foi assim. E eu não entendo quase nada do que ela ou os amigos falam, nada contra, mas também nada a favor. Neutro. Mundos diferentes. Eu sou fechada, eles não conseguem derrubar o muro, não é antipatia, mas sorriso é a maior intimidade e é sempre importante ressaltar que não temos nada em comum, nada juro, sem exagero. Isso nos distancia. E eles... Eles não me entendem também, típico, e eu sei o porque eles gostam de mim. O básico. O de sempre. O normal. O esperado.
Mas eu... Estava lá. Eu caí em mim e eu estava mesmo lá, caralho eu vou mesmo escrever sobre isso de novo???? Vou. E não é nem mais um formato de desabafo, é só explicação rasa, nem devo.... Mas eu quis. Quis escrever pra ver se eu vou rir disso depois, da fuga ou talvez eu só queira contar e tirar isso logo da minha cabeça e esquecer de vez essas minhas atitudes ridículas.
Minhas mãos soam, eu a encaro por alguns segundos e o olhar dela me pedia para tirá-la dali. Ela iria pra qualquer lugar comigo, naquele momento... e eu poderia levá-la. Fácil assim. Tudo que eu já quis muito, tudo que eu esperei muito nas minhas mãos. Mas... mas eu não a quero comigo em lugar nenhum. Onde ela se encaixa na minha vida? Em qual cenário? Nenhum.
E foi aí, exatamente nesse olhar que ela estragou tudo. Minha respiração ficou acelerada e de repente um misto de ansiedade com desespero e eu estava lá ridiculamente correndo MESMO, juro, sendo clara: fugindo, correndo no asfalto frio do bairro de playboy dela rumo à minha casa...  Saí de volta pro hall, desesperada, apertando o botão do elevador cem vezes, antes que alguém perceba, antes que alguém pergunte o que estou fazendo. Não tenho resposta, tenho é necessidade de sair daqui. O elevador não veio. Rato não pensa, caralho, rato foge. Eu fui pelas escadas, no sexto andar acendi um beck já achando graça da situação, eu roubei a placa que indicava a mangueira de incêndio. Eu coleciono placas e isqueiros. E aparentemente amores mal resolvidos e situações emocionalmente traumáticas também. A superação é problemática mesmo, mas o pós é ainda pior. Pra ser sincera, eu queria só normalizar a situação.
Eu adoro essas saídas estratégicas, sem ninguém notar. Juro, foi assim mesmo. Na base da fuga que eu saí de lá, eu precisava somente respirar, e NÃO estar entre paredes, presa no concreto, eu não consegui evitar, eu não consegui. Me senti presa mesmo, foi exatamente assim que me senti. Dentro de uma caixinha quadrada com paredes de cores frias, me senti mesmo igual o rato correndo o dia inteiro dentro da gaiola, me senti tentando respirar num ambiente sem oxigênio, cada vez menos, até sufocar. Eu olhei pra ela e foi como se eu estivesse entre pessoas que nunca vi, e ninguém me conhecesse também... Eu não consegui evitar. Por um momento eu senti que saltaria do nono andar só porque essa seria a saída mais rápida. Rato não pensa... Eu não consegui evitar. Não pulei, mas atravessei dois bairros inteiros correndo, até encontrar meu amigo, só porque eu não queria estar sendo tocada por ela, pelas mãos dela, não estar debaixo do olhar dela.
Ela, ela, ela, ela... Do que adianta eu me arrepender se não vai mudar nada? O arrependimento é só mais um peso pra carregar. Je ne regrette rien, caralho. Não há arrependimento, apenas confirmações e tudo que vier depois disso é apenas consequência dos meus próprios atos, importante estar ciente. E a minha parcela de culpa eu assumo, mas culpa é peso também. Quero deixar claro que eu gosto de me colocar em situações embaraçosas para ver qual a melhor forma de fugir. Alice não entendeu quando eu contei, percebi pela expressão que ela fez. Mas eu tenho muito disso, de fugir mesmo, de correr, de não estar perto, de respeitar minhas vontades, dessas coisas todas, acho que perdi o toque, o tato, e tudo o mais. A cena foi assim ela se distraiu e puff, eu estava lá, descendo calmamente as escadas. Mas fugindo. Bem típico do rato conseguir sempre escapar de qualquer forma, em qualquer situação. Escapista até na forma como eu saí do apartamento, maior estilo Harry Houdini, criando uma realidade muito melhor pra mim, onde ela não exista, até que então ela deixou de existir mesmo. Isso é fuga prática dos lugares e não somente das situações. Eu sempre vou fazer o que eu julgar melhor pra mim, sem calcular as mágoas ou más impressões que vou deixar pelo caminho. Sempre dá pra lidar com isso depois, mas eu quase nunca quero.
E sobre minha fuga: tô longe ainda, mas o desespero em estar ou parecer vulnerável faz com que eu não pare de correr, cada segundo ali me matava, odeio estar entre desconhecidos e eu poderia mesmo ter pulado do nono andar. E ainda assim eu não conseguiria chegar em casa correndo nem que eu fosse o próprio Usain Bolt.
Mas eu... eu sempre corri, né? Eu só penso em mim blá blá blá.
Eu tô cansada.
Ela me liga de novo. Vinte e seis ligações dela, dá pra acreditar? E eu não quero atender. Eu não estou revidando nada, nem retaliando nada. Eu não quero ela na minha vida, essa é a real. E esse sentimento de não sentir nada é esmagador. Acho que eu esperava amar aquela mulher por uma vida toda, é levemente frustrante e ao mesmo tempo satisfatório saber que não. Sem afirmações vazias, eu fugi porque percebi que fui atraída para uma ratoeira emocional. Será que ela não percebe que ficou um pouco tarde pra ela se mostrar apaixonada por mim? Eu queria zerar todo tipo de situação entre mim e ela. E só. E o fiz.

5h09.


Sentada na calçada me permito uma pausa, quero muito terminar o beck, uso a bombinha, já respiro melhor. E aí está o grande detalhe que estragou de verdade minha noite: meu isqueiro não está mais no meu bolso, devo ter deixado no sexto andar e isso me estressa ainda mais, era meu isqueiro favorito... mas eu não vou voltar atrás. Não teria perdido meu isqueiro se eu tivesse ficado em casa. Eu ainda vou rir de tudo isso. Minha terapeuta sugeriu um pouco mais de positividade, então: pelo menos ganhei uma placa nova. Ela brilha no escuro.
Sorte a minha, né?


Share:

terça-feira, 20 de julho de 2021

neném

Eu não queria falar nada não, nada demais, nada importante e juro, diferente dos outros textos que já escrevi esse vai ser bem curto. E esse sentimento nem era papo de eu explanar MAS esse você vai saber que é pra você... Quer dizer, só pra você, sem margem pra qualquer outra interpretação, não cabe ninguém mais nessas linhas, senão você. E você vai saber porque você já se ligou que foi você quem me deixou encantada, encantada mesmo e que se foda. Derreti fácil mesmo, me distraí e me apaixonei, e fica tão mais gostoso esse contato quando você está bem perto de mim... Assim. E eu cedo fácil, quero mais.
Sinto-me amoriscada a todo tempo e há algum tempo. Isso que é foda. Pode ser culpa do perigo e vontade que eu tenho de ver você, ou talvez seja culpa do beijo gostoso, lento e molhado que você me dá mesmo nos dias que você tem pressa, mas para as horas pra me ver... me deixa feliz, intercalando com beijos no pescoço. Filha da puta, como eu resisto assim? Ou é culpa da trepada que cisma em ficar mais deliciosa a toda vez? Que saco, beira a perfeição.
Culpa de você ter esse jeitinho que eu gosto, pra tudo.
Eu tô apaixonada, neném, apaixonada, e sim... isso é defeito!
E eu tenho culpa de você ser gostosa, pessoa gostosa? Eu AMO o jeito que você me olha, é como se você pudesse me entender numa leitura rápida, você me traz leveza, simplicidade, pra você eu sou fácil como ler quadrinhos, não importa o que eu diga ou nem precise dizer. Eu nunca senti assim mas quando você encosta no meu braço, somente isso, minha buceta molha. Sem eu ter projetado nada, só esse contato. Que saco você ser pura delícia. Acho que até meu olhar quando é direcionado pra você contém malícia.
Cê fala gostoso comigo, cê faz eu me sentir bem com tudo, e principalmente comigo.
E eu tô com saudades, só pra lembrar. Saudade disso tudo, saudade de você comigo porque isso basta e isso é tudo. Saudade da boca na boca, da pele na pele, saudade da sua voz, do cheiro, da sua inteligência e do seu humor gostoso, saudade dos beijos no pescoço, saudade de te ver sem roupa nenhuma, louca, sentada, sentando pra mim Saudade bate em dobro  quando eu lembro de você molhada e do meu rosto afundado em você, sou afogada com amor e ondas de tesão que sua buceta envia. Sinceridade é tudo né? Quando me vejo entre suas pernas o ar é pouco, e eu só sei querer muito mais.
Tudo que eu vejo de mais lindo sempre me lembra você, sempre lembrou. Você é capaz de alegrar, melhorar e trazer cor ao meu dia.
Você tá tipo uma dose de felicidade pra vida.
E agora que você já leu até aqui, se você parar pra ver, eu gosto tanto da gente que deixei a putaria de lado e te escrevi mais um texto clichê.


Share:

domingo, 18 de julho de 2021

vileira

Ela é muito meu número essa bandidinha, olha essa cara, olha esse rabo, o jeito que fala, olha o jeito como ela me "vigia" durante o jet me olhando de lado, não me perde de vista nunca e eu acho engraçado. Eu a quero, e eu sei que ela também me quer. Amo ser tão observadora. Ela não consegue falar comigo sem me tocar ao menos uma vez, parece necessidade e eu adoro. Vai me tocar muito mais tarde, pode esperar.
Ela tem potencial de sobra pra ser a minha preferida, o contato dela no meu celular hoje está salvo como mentdband, porque só ela tem essa mentalidade criminosa, safada... mas até semana passada era +551199478... Só porque eu adoro deixar o acaso tomar conta de tudo. Mas eu sei muito bem onde eu a procuro caso queira e é perigosamente fácil encontrá-la. Isso que é foda. Como segura minha vontade maluca de algo que é tão acessível pra mim?
Ela é daquelas mulheres que são capazes de melhorar o clima, e ela sempre aparece sorridente e receptiva, não posso vê-la que já caio pra cima.
A noite esquenta e o clima sobe, ela desce rebolando e ferve muito quando ela brota na minha casa, brota na minha cama, brota na minha vida, brota pra fuder, brota pra bagunçar minha cabeça e minha vida, aprendiz de maldita, aprendiz de filha da puta. Ela tá maluca pra me criar um vício novo, um probleminha mais gostoso. Ela é a mais purinha certeza de um momento bom, a mais purinha sensação de bem estar em 1m61cm de mulher. E que mulher...
Ela tem um ar de Bonnie, piercing no nariz, algumas tatuagens, bonita pra caralho, mas sem ser Maria, fala pelos cotovelos, querendo ser protagonista da minha vida até o meu artigo. Eu nem ligo. Pode tentar, mas tenta sentada, sentando. Fode comigo no jogo aberto ou no escondido, aqui ou lá no barraco do outro lado, usa minhas drogas mais do que eu, vende meus quadrado mais do que eu, e uma ou outra noite, a gente gasta junto esses placo.
Ela é sensação de sorte, tipo achar uma jóia jogada na rua.
Depois de todo jet que ela encosta comigo, ela pede pra tomar na buceta de quatro. Eu já sou mais vibe paixão, dou sempre o que ela quer, mas me amarro nos meus dedos dentro e minha língua invadindo sua boca. Devagar e sempre porque eu sei que assim ela fode quase a noite toda. Meu defeito é ser namoradinha com essas mina vileira. Eu sou puro amor.
Sou boba porque ela é tão igual a mim, ela é pé de barro e eu sou pé na porta, nunca deixo um pé.
Ela é minha cara, também tem cara de brava, fechada, mas sorri na selfie comigo. Ela é maldita, bandida e posturada, eu sou fechada pra caralho, mas ela me abre tipo concha e mal sabe ela que sou eu quem fico momentaneamente apaixonada mesmo que eu não queira nada, juro mesmo: naaaada além dela pelada, e eu só quero isso. E sendo bastante honesta, eu quero muito disso. É delícia demais tocar seu corpo totalmente despido, sua pele que é um ímã, o cheiro da buceta que inebria e faz com que minha cabeça, naquele momento, não pense em nada além de entrar nela, aquele gemidinho que me convida a continuar e me atrai. Delícia que eu quero pra mim. Comer com as mãos, sem educação nenhuma. Armadilha boa de cair.
Eu olho pra essa cara linda que ela tem, chegando, subindo a quebrada quando eu estou lá, segue o protocolo, lava as mãos, me olha, tira a balaclava, sorri... só nesse meio minuto eu já perdi o ar, e aí ela me olha e me pede pra bolar um. Sei que eu sou apaixonada, e que eu só consigo achar que ela é bem o tipo de mulher que combina comigo. Combina demais. A gente deve dar um casalzão da porra. Olha pra essa cara de filha da puta, a milhão na anchieta, nós duas no banco de trás. Eu sei bem que ela ama um perigo, gosta de todo e qualquer risco e eu proporciono alguma adrenalina e é nisso que ela é vicia, é isso que ela quer de mim.
Mas e agora, quem vai me salvar dessa vileirinha gostosa e malvada?


Share:

peixe francês e a superação das rupturas emocionais

E mais uma vez me encontro respirando o ar úmido e quente entre as velhas ruas dessa cidade. Hoje eu vim porque eu quis, quis mesmo, não há nenhum outro motivo que tenha me trazido até aqui senão a mais pura e sincera vontade de olhar pra ela, e só. Eu mandei mensagem, eu fui atrás dela e eu quis estar aqui. E pela primeira vez em muito tempo me sinto em paz em estar percorrendo cada rua daqui, cada quarteirão, cada canal até chegar na ponta, observando as velhas construções desse lugar, tipo apreciação mesmo. Não faz tanto tempo assim desde a última vez em que estive aqui, mas sempre que eu volto há diversão e novidade, mesmo que não a envolva. Foda é que quase sempre a envolve, ou algo/alguém que me faça chegar até ela ou ela até mim. Poucas vezes foram diferentes disso.
Eu gosto daqui, sempre foi o ponto de encontro mais próximo pra nós duas, mas pra ser bem sincera eu só me lembro o quanto gosto de estar aqui quando estou... E longe eu não penso em voltar. Não penso porque eu associei estar aqui à vê-la, alguns locais a ela, a estar com ela, ao cheiro dela, ao sentimento por ela. Blá blá blá do caralho.
Mas hoje eu vim. Porque eu quis. Hoje eu, corajosamente, vim. Hoje eu voltei. E agora mesmo que eu desista, já ficou tarde pr'eu voltar. É bom estar aqui, no geral. Respirar o ar, reavivar lembranças enquanto atravesso a cidade.
Não tem como eu estar aqui e não saber que ela me espera quase no final da cidade. Sempre espera, sempre esperou. O bom é que hoje não tem nenhum dos amigos playboy dela pra eu me fingir de retardada e burra, e concordar com tudo que eles falam por pura preguiça de socializar, só tem mesmo a ansiedade que bate antes que eu atinja o final dessa avenida, ansiedade por não saber o que me espera. E, aliás, o que eu espero? Me divido entre altas e baixas expectativas. Eu vivo com essas minhas ideias de que é importante eu encarar logo tudo de uma vez, os medos, insegurança e a porra toda...  Ela já foi um medo. Eu sei que posso vir a me arrepender quando encontrá-la, mas eu estou aqui, e aliás, sempre estou. Sempre estive, volto a dizer. Hoje a vinda é diferente, mas é só mais uma ocasião, parece que é só mais uma vez. Só mais uma vez, entende? Porque pode ser que amanhã mesmo eu volte, ou daqui 2 anos, como já fiz.
Eu precisava mesmo olhar pra saber como eu me sentiria. Essa porra toda é sobre mim, tudo é sobre mim, somente sobre mim, eu só vivo a minha vida, só sou capaz de entender 100% o meu próprio ponto de vista. Eu ainda sou egoísta, eu quero mesmo que tudo seja melhor pra mim e que se fodam os outros. Entende agora porque eu vim? É sobre mim, mas quantas vezes ela tornou isso tão tão insuportável e recorrente quanto meus sonhos com aviões caindo, pelo menos duas vezes ao mês. Época mais turbulenta ou eu sonhava com ela ou com os aviões, nunca juntos. Às vezes queria vê-la caindo junto os aviões.
Hoje eu vim, tô aqui... Mais uma vez dentro desse elevador. Aqui nesse espaço estou sozinha, mas me sinto apertada dividindo espaço com as memórias gostosas, mas que já não me deixam empolgada. A gente já fez tanta merda juntas, fodeu em todos os lugares possíveis, em cada canto desse prédio, vivemos tanto amor aqui e hoje me soa estranho que ela não me anima mais, nem lembrar dela pelada e das fodas que eu sei que foram muito boas, mas que já não me geram calor e já não vira pauta pra minha siririca.
Hoje eu vim.
Dessa vez eu não trouxe nenhuma droga, só um baseado, não trouxe o vinho que ela mais gosta porque eu quero ela falante, não safada, hoje não, hoje eu não quero encostar as mãos nela, sem dedos a empurrando deliciosamente pela buceta, contra a parede ou o colchão. Sem ela molhada e eu alucinada. Sem conotação sexual, sem beijo na boca, sem lamber a cara dela toda, sem minha língua tocando a dela, já dentro da boca. Não que eu costume negar sexo, mas ela... Ela, agora, eu só quero sorrindo, alegre. Feliz e nem precisa ser necessariamente próxima a mim.
Hoje eu vim. E ela tá aqui... sentada no chão da sala, fumando o baseado, me contando as novidades que eu perdi sobre ela, até aqui. Mais do mesmo. Não desejar tê-la pra mim é quase como a sensação de liberdade, quase a mesma sensação que eu tive depois que passei quase dois dias presa. Parece que a qualquer momento eu posso recair, mas eu me mantenho firme. Não sinto. Não sinto mesmo. Nem tesão, é absurdo. Ficou o afeto, carinho, respeito por ela que eu nunca tive, mas hoje há. É até legal ver ela soltando essas ideia de que me ama, porque pra mim o amor é relativo e as faces do amor mudam, então ela falar sobre amor soa mais do mesmo e passa batido, ignorado. Eu não sei o que ela quer dizer quando cita amor pra mim, tenho uma dificuldade tremenda em identificar emoção ou sentimentos, e eu odeio gente que manda recado. As coisas sempre precisam ser claras pra mim. E ela sabe.
Hoje eu vim. E trouxe também um livro que eu queria muito dar pra ela e minha vontade de estar ao lado dela, somente.
Nada mais.
Nada demais.
Nada a mais.
Hoje não tem putaria, não tem dois dedos dentro, não tem ela molhada, e nem fodinhas cotidianas na escada de incêndio de prédio nenhum, nesse texto não quero falar do quanto eu amava foder com ela na mesa da sala, no sofá... por pura raiva, trepava com ela pra massagear o meu ego enquanto eu encarava nossa foto colada no mural dela, colada ao lado de uma foto, do que na época, era a atual. Nossa foto de tempos problemáticos, não que eu estar aqui e os motivos pelos quais eu tenha vindo não sejam também problemáticos. Não que eu não continue problemática e causando problemas. Hoje eu vim. Mas a foto... A foto eu nunca gostei que estivesse colada ali. Várias vezes eu na sala dela, ela no banho, eu nua brisadona pela casa, já quis rasgar a foto.
Ela segue bonita. Madura ficou muito mais gata, melhor ainda.
Hoje eu vim. Hoje eu tô aqui.
Uma vez eu escrevi pra contar que, naquela ocasião, não tinha mudado nada eu vir. Mas hoje... Antes de eu chegar até aqui e satisfazer minha vontadezinha egoísta de olhar pra cara dela eu já sabia que hoje, tudo tinha mudado sim. Eu sempre acreditei que qualquer posição pudesse ser ressignificada e reocupada, tanto faz.
A sensação é de paz entre nós, conversas gostosas, risadas, não há silêncio desconfortável.
O que será que EU espero de mim? Ela não me cobra, não me pede nada mas eu não sei o que ela espera de mim... Eu sei que ela espera, no mínimo, que eu foda com a mesma vibração e intensidade de sempre... A cara dela não nega, mas estranhamente nada acontece no meu peito quando ela sorri.


Share: