segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Brama

É o momento porque sua foto voltou a aparecer. 
"Oi..."
Outra vibe né, acho que dessa vez é mais saudade que vontade.
Dias que eu só tenho saudade da sua presença, do seu cheiro. Outra mensagem enviada. Não dá pra descrever a ansiedade que bate quando ela diz que sai do trabalho às 16h.
Eu volto porque gosto do jeito que ' me aconchega entre seus seios e consegue fazer até meu pensamento ficar mais devagar, eu gosto dos teus olhos vermelhos me pedindo pra bolar mais um e chegar mais perto, tentar ficar longe nunca dá certo. Você me traz sorte, seu cheiro é brisa doce, elétrica, falando mais do que eu posso acompanhar. Ou falando mais do que eu queira ouvir.
Talvez eu volte porque até gosto de você. Sempre gostei de você. Paguei pra ver.
Tudo é você.
Meu bairro até abriga uma rua que leva seu nome e na novela a protagonista bonita tem seu nome também. Tudo que é bonito carrega um pouco de você e você leva toda minha paz. Amo como seu cheiro me deixa slow. Meu cais, lugar pra onde eu volto mesmo depois de todas as tempestades e despedidas.
Você, mesmo daí, segue sendo minha única saudade.



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segunda-feira, 4 de junho de 2018

ancoradouro

Ontem liguei o celular e a sua mensagem já me aguardava na barra de notificações. Não abri, mas a ansiedade e a saudade me fizeram acabar lendo ali mesmo. Não deve nem ter dado como visualizado e a intenção era essa mesmo. Pensei em me fazer de difícil e tornar a situação mais difícil. Não consegui apagar também. 
Mastiguei a necessidade desse contato o dia todo e sonhei com você de ontem pra hoje, um sonho estranho. Outra vibe. No sonho nós tivemos conversas profundas, de política até nebulosas. Eu já nem me lembrava mais de como era seu sorriso falso e tímido, nem como você ficava bonita com o vento batendo nos cabelos. Pude sentir seu abraço e ouvir nitidamente sua voz... Depois de tanto tempo.
A saudade bateu quando acordei e eu já nem me lembrava mais como era apanhar. Maldita seja a semente da saudade que germina tão rápido. 
Ninguém nunca vai entender meus dias de saudade, meu bem. Coloco a nossa pra tocar e fico tendo ideias que se vão bem rápido junto com o vinho, com o beck, com as horas. Repenso em milhões de finais pr'aquela conversa. Eu nem deveria ter dito nada. Você sabe que eu não presto e que eu sempre leso quando não posso ganhar. Vivendo uma guerra interna pra fugir dessa armadilha em formato de mulher que você é. Você sempre ganha, diga-se de passagem. Eu nunca fui muito boa em resistir e esses anos acabaram me fazendo abaixar a guarda pra você tantas vezes que hoje acredito que você já conheça meus defeitos e fraquezas de cor. E você insiste em me achar o rato esperto que abre e fecha a armadilha quando quer e quando convém. Talvez eu seja, mas quantas vezes você ligou, eu fui e nós ficamos na varanda da sua sala fumando as gramas que eu peguei e deixei pra uma ocasião especial? Era pra ser só sexo casual, normal. Só que com a gente acho que foi um pouco mais, um trago a mais, umas doses a mais na cabeça e umas propostas que você sempre aceitou. Ou eu aceitei. Ou ninguém sequer fez proposta nenhuma e a gente se confundiu. E se perdeu. E ficamos presas na questão de ser ou não. Foi na trave, foi quase. Desculpa se eu só percebi agora que gosto da sua cara de chapada, entre um trago e outro você contando das últimas semanas e sorrindo como se fosse capaz de paralisar qualquer momento. Gosto do jeito engraçado quando fala que eu não deveria me apaixonar por você só porque você respeita meu corre, meu beck, pra quem eu bato a cabeça e ainda sorri quando me encontra de quebrada. É a metade que nunca me faltou, mas somar é sempre bom.
Você sabe que juntas somos explosão em qualquer sentido. Cê adora uma D.R sem ter o R. Grita comigo porque me vê no baile mas só vira prioridade quando me solta, faz essa cara de quem quer tapa na cara, e ganha. Sempre me ganha de volta. Depois faz suspense e some. Eu até fico pensando onde você pode estar.
Sabe que eu sempre fico encantada com suas reboladas e não consigo evitar seu novo olá, eu não consigo não voltar. É como um palito de fósforo encontrando gasolina, já viu o que acontece? É igual você comigo plugada no 220v, com minha mão no seu pescoço e a outra dentro da sua calcinha.

"Quanto tempo, né? :) rs" - Dizia a mensagem.



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terça-feira, 15 de maio de 2018

estocolmo

Sessenta e oito passos dados até a porta do apartamento 424. O estranho começa aí. Tenho algum tipo de fobia quando viro a chave, não que eu tenha algo concreto ou até mesmo uma explicação plausível pra isso. Eu só sinto. No corredor, aberto... eu geralmente apago o cigarro antes de entrar, costume antigo pois há tempos eu estou sozinha, e ainda assim mantenho alguns hábitos pra não incomodar. Incomodar a quem? Tranco a porta... e não há ninguém em casa. Acho que não há ninguém mesmo quando eu estou ali.
O pó acumula nos móveis, parece que há tempos eu não estou ali. Tirando minha alergia agressiva me incomodando eu até poderia achar que nunca estive mesmo. Não há nenhum sinal de vida aqui.
Todos os dias pontualmente às 18h eu observo a avenida, pela sacada. Eu talvez espere algo que não vá acontecer. Lá embaixo só vejo mesmo o movimento, trânsito e pessoas sem rosto andando sem parar de um lado pro outro me fazem acreditar que por ali a vida pulsa. Eu gosto de fotografar as pessoas lá embaixo, a altura, a sujeira e a confusão da avenida, ninguém nunca notou. Apago todas as fotos depois, mas cada clique captura tudo que eu não vejo direito, tudo que eu não participo, não entendo, as pessoas se olham, se falam, sorriem, vivem. Eu nada ouço e o silêncio daqui de cima é enlouquecedor.
Acredito que sofro perseguição dentro do apartamento: memórias, elas estão por toda parte e não me deixam em paz. Sem falar sobre minha claustrofobia, o oxigênio parece raro dentro daqueles setenta e cinco metros quadrados. Eu estou presa nesse mundo sem você, sufocada por mentes pequenas, presa dentro de uma caixinha colorida. Batendo de forma incessante nas paredes. Como se eu fosse um rato preso na gaiola, entende? Correndo naquela roda o dia todo e todos os dias. Correndo pra caralho sem sair do lugar.
Mais sessenta e oito passos dados até o elevador. Dá setenta se eu incluir os dois passos que eu dou dentro do elevador.
Cada bar dessa avenida é frio, conheço todos, tive tempo suficiente sozinha pra visitar cada porta suja e inescrupulosa dessa avenida. Um monte de boteco escroto, barulhento, com bebida barata, mesas cheias de gente igualmente fodida ou até mais fodidas que eu com suas companhias mais baratas e fodidas ainda. Meu copo, todavia, continua vazio, imóvel e isolado, exatamente como eu.
Quarta feira, 00h46, o tempo é mais lento que meu raciocínio. E nessa mesma onda de câmera lenta, desfocado, a embriaguez me traz lembranças de tempos passados, não tão antigos assim, mas passados. Acendo um cigarro e observo enquanto as garotas da noite dançam. Minha memória volta direto para aquele vinte e oito de novembro. Tudo é igual, o clima, o vento gelado de encontro ao meu rosto. A cena se repete inúmeras vezes, deve ser algo ligado ao carma – uma vez me disseram isso e ficou na minha mente, acho – Talvez seja fato que eu sempre inicie uma busca babaca por você, orgasmos, felicidade e liberdade.
O letreiro em azul e vermelho neon pisca lá fora, faltam algumas letras que estão apagadas. Eu permaneço em silêncio enquanto você foge de dentro da minha mente, toda essa frieza em mim é brutal e me assusta pra caralho se você quer saber (não, você não quer). E aí é sempre a parte que eu me sinto sufocada. Minha cabeça entope de pensamentos e acho que isso é a causa do ar não entrar pelas narinas e me sufocar.
Não, to delirando.
Acho que o que me sufoca é você. São as verdades prostitutas que eu guardei só pra mim, escondidas em algum canto largado. O que me sufoca é saber que você não vai voltar, que eu posso gritar, bater nas paredes, pular da janela, queimar as fotos, os fatos, incendiar o prédio, o quarteirão e todos os bares, foder todas as vagabundas dessa cidade, que você não vai voltar. Não importa. As memórias voltam, de novo. Dessa vez eu te vejo num zoom de certo desfocado... Você, correndo na calçada fria, direção oposta à minha. Eu nunca me esqueci daquela noite.
Continuo na mesa. O que me resta de você? Só as garrafas vazias e as cinzas do teu cigarro. Queria teus sorrisos, mesmo que falsos. Você não me deu a chance de uma última dança, última dose, última vez. Vozes tão vazias quanto eu me pedem pra voltar pra casa, dizem que eu deveria saber quando parar e me olham com dó.
Dizem que a vida é uma dádiva – e eu acho que isso é maior mentira de todos os tempos – Filosofia banana, filosofia de vida é que posso morrer a qualquer segundo, a tragédia, digo eu, é não ter morrido ainda. Eu me abandonei, e nem sei por quê. Penso no abandono como desistência. E penso na desistência como o ato mais repugnante de um ser humano, honestamente. Minhas desgraças cotidianas, babacas e dramáticas nunca me fizeram sentido, alias, porque fariam? Mas é que ninguém sabe o que é passar a noite em claro como se fosse a coisa mais normal que existe, e tomar ducha fria às 4h20 pra ver se eu acordo deste pesadelo onde vejo sorrisos se acumulando, bucetas que eu não quero e casais de mãos dadas.
Não somos nós. Se existe uma lição que eu tenho que aprender de uma vez por todas é não viver da merda do passado.
Eu não sei dizer se é desilusão, mas que se foda: olha só moça, olha só o que eu te escrevi.

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cinco estrelas

Ela carrega uma galáxia inteira dentro do olhar, seus olhos são as estrelas que enfeitam o céu.
Quando ela sorri eu tenho a nítida impressão de que o Sol nasceu mais cedo, ali, bem no meio da madrugada.
Ela consegue ser o ser humano mais encantador que eu já conheci, e eu gosto da forma como os lábios dela se mexem ao pronunciar meu nome.
E de como ela acorda pra zelar meu sono.
Com ela tudo fica bem bom.



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segunda-feira, 14 de maio de 2018

MissU

"Tuas alergias ainda estarão nas minhas lembranças ao ver um sabonete colorido na prateleira do supermercado. Quando aquela minha amiga chegar, seu vídeo imitando-a ainda passará na minha cabeça, e eu vou morrer de rir. Toda vez que olhar o céu azul lembrarei que sou daqui, e que aqui era para ser o seu lugar. Cada vez que meu pulmão expulsar a fumaça do cigarro com raiva, vou lembrar de ti, e a fumaça vai escrever seu nome. Nessa história ainda vamos nos encontrar, mas dessa vez não se esconda atrás da porta do banheiro, esteja ali. Não quero perder um segundo ao seu lado." (Por Ela, pra mim)


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sábado, 10 de março de 2018

casamata

Estou aqui. - apita meu celular, notificando a mensagem que eu esperei TANTO pra receber. E lá ela estava, sentada no mesmo pico onde diversas vezes antes nós dividimos uma ganja.
A vida tem dessas ironias, né? Às vezes até demais. Sorrisos e braços abertos em minha direção. Depois de meses.. Linda. Ainda me impressiono com a beleza dela. O mesmo clichê de frases pra se iniciar uma conversa, padrão e chato porque eu nunca mais soube o que dizer pra ela. Ela ainda me olha sorrindo com a mesma cara de chapada de sempre e eu ainda acho a coisa mais linda de se ver. Os olhos ainda ficam pequeninos quando ela sorri. Eu nunca deixei mesmo de amar essa mulher, que saco. E lá estávamos nós.
"Você mudou." Eu sei, pensei. Todo mundo percebeu.
Mudei - respondi. Acendi meu beck e notei que eu não tinha nada pra falar pra ela. "Continua com aquela lá?" Aquela lá. Eu sempre achei engraçado e até fofo ela se referir à minha atual como "aquela lá". Resume tudo que ela entende sobre a grandeza dela na minha vida.
"Por que a gente tá aqui?" Eu não tenho paciência, nenhuma, quero tatuar na testa pra ver se eu me lembro de ter alguma. Eu pulo etapas, chuto o balde... mas nunca tenho paciência. Ela diz que vai se casar. OI?
Ela. Vai. Casar. Eu não me preparei psicologicamente pra essa possibilidade e é como se eu sentisse um soco no estômago, mas eu realmente preferia um soco no estômago. Um turbilhão de pensamentos malucos, eu não sabia exatamente como me sentiria, me lembrei dos beijos quentes na escada, do primeiro beijo, do primeiro sexo, lembrei de quando ela conheceu essa mina e das fotos delas que eu rasguei nas minhas explosões de ciúmes. Lembrei de tudo em meio minuto. "Como assim?" - É como se minha pressão fosse baixar, juro. Um furo de beretta no meio do meu coração. O ar é pouco. Sensação chata. Caralho. Doeu. Diz que resolveu há pouco tempo e decidiu que eu deveria saber por ela. Não digo nada, o que eu diria pra mina mais decidida que eu já conheci? Eu só queria ter dito pra ela que eu queria que ELA ficasse. Muito. Mesmo eu sendo filha da puta e fingindo sentir pouco, engolindo sentimento demais. Dizer que em nenhum segundo deixou de ser ela aquele primeiro pensamento bagunçado do dia, mesmo que eu tenha desejado muito, muito mesmo não pensar e tenha tentado de tudo pra obter sucesso, e às vezes até conseguido, mas ela... Ah. Quis contar que eu nunca mais achei uma dupla tão foda e sincronizada comigo no tênis, quis contar que estranhamente, ainda consigo sentir o cheiro do seu bolo de laranja, meu preferido, me guiando da sacada até a cozinha e queria assumir que eu roubei o jogo mesmo aquele dia que nós apostamos algo muito idiota e jogamos uno quinze minutos antes do ano novo, no apartamento que ela morava em Santos, tenho certeza que ela se lembra porque aquilo deixou ela tão puta e eu nunca confessei que roubei. Ela nunca entendeu como ganhei, também. Eu só queria ganhar. E o fiz. Minha maior qualidade - e defeito - é sempre conseguir dar um jeito de conseguir tudo o que eu quero, ou quase tudo. Senti que não conseguiria dessa vez., mas quis. Passou na minha cabeça um montão de planos malucos pra tê-la pra mim e eu não executei nenhum. Não consegui lidar com a situação. Eu quis muito, muito mesmo dizer que eu ainda lembro do sorriso dado aos elogios e a timidez. Do jeito como ela acordava engraçada quando estava de ressaca, parecendo um leão pós briga e dos apelidos chatos que arrumei pra perturbar ela pelo ano inteiro em que a gente estava o auge do amor, no topo da colina dessa história toda de apaixonamento. Ela é minha maior referência de amor e paz, amo o jeitinho pausado e tranquilo que ela fala, fecha os olhos entre as frases, meio bicho do mato, lenta, saudade do tato, do toque que ela tem, sotaque caiçara que ela nunca perde e eu sou tão fã, nunca consegui resistir ao "tu" que ela fala. Amo cada parte dela, cada expressão, cada gesto, cada pensamento, cada sorriso, amo sua maneira de ver a vida, sua paixão pelas coisas em que acredita, seu gosto musical, sua forma de se vestir, seu sentimento à flor da pele, amor que ela tem pela vida e em viver.
Amo ela menina, ela parceira, ela mulher, ela companheira, ela amante, ela conselheira, ela aconchego, ela inteira. Ela... Ela.
ELA PRA CARALHO.
A ansiedade chegou fazendo morada em mim. Respirei fundo algumas vezes e ela parecia intacta. No pasa nada. No pasa nada. No pasa nada. Ela insiste no gostar de mim, no amor, na ideia de eu ser um grande amor na vida dela. Mesmo blábláblá de sempre. Eu sinto raiva de mim, dela, da situação. De ter me colocado nessa situação. Ela me abraça, se despede. Eu não consigo acreditar que ela só veio para isso. Eu não vim até aqui esperando nada, mas definitivamente não esperava por isso. Se desculpa. Chora, até. Vê-la chorar ainda é como se um buraco se abrisse no chão, maior que o que já estava aberto antes. Acho que ela esperava que eu fizesse algo.
Vê-la chorar dissolve toda minha raiva e faz com que todas as frustrações virem areia, mas o furo de beretta no peito segue aberto. Gelado. "Fica bem". - O que ela me pede que eu não faço? Ela continua filha da puta aos meus olhos, eu não julgaria o egoísmo, o que sobraria dela se ela se doasse a mim 100%?. "Fico". Sempre insisto no "fico" e ela sabe que não. Mas quem se importa? Mas e ela? Ela fica bem?
Eu só queria ter falado pra ela que meu coração nunca fugiu da sua casamata.


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quarta-feira, 7 de março de 2018

clandestina

02h43 - "Quanto tempo, né? :) rs"
É a mesma cena: reconheço de cor a investida. Esperada, confesso..
E da forma mais suja e clandestina possível você sequestra minha mente, de novo.
Rouba meu tempo, de novo.
Você é minha brisa que bateu mais forte, sou viciada em você e eu tô escrevendo sobre seu rabo de novo. É... Às vezes acho que meu mundo gira em torno das suas pernas abertas e das horas que gastamos sem pressa. Você é daquelas conexões raras. Foi tiro certeiro. Coisa mútua, de pele, só acontece uma vez. Tesão à primeira vista (e em todas as vistas após).
E tudo que era rápido demais aqui estranhamente foi... desacelerando.
Eu tava, como sempre, high e você também. Tenho certeza que só me mandou mensagem porque já tinha whisky demais dentro da sua cabeça. Algumas mensagens depois e lá estávamos nós. De novo e no mesmo motel. Não me surpreende mais estar aqui. Não mudou tanta coisa desde a última vez, talvez a cortina que eu deixei cair vinho, um quadro ou outro, mesmo sofá, mesmo tapete. Eu continuo igual, mas eu ainda me surpreendo como você consegue ser uma nova mulher a cada vez que te encontro aqui. Eu nem sei qual das suas mil faces eu gosto mais, provavelmente qualquer uma desde que esteja entre minhas pernas.
Eu gosto desse seu olhar de felina enquanto eu bolo a manga rosa. Clandestina. Me faz ficar confusa entre qual de nós duas você quer na sua boca primeiro, não me importo com a ordem. Depois que eu bolo você acende e quem entra em combustão somos nós, adoro minha palma impressa em você quando cê fala "mais forte", às vezes acho que eu não vou conseguir, mas é só a ponta dos seus dedos segurar minha nuca que é como uma injeção de ânimo, seu corpo encosta no meu e sua buceta me revigora. "Goza na minha boca...?" Você me assiste, sorri e rebola. Eu gosto do gosto viciante que  tem, minha língua remapeando cada pinta do seu corpo, aquela vontade imensa de conhecer você inteira de novo, e de novo, e de novo. Você brinca com a minha mente igual vídeo game, mesmo com o som no talo só consigo focar no seu gemido no meu ouvido. Fumaça exala o quarto, a playlist já foi e voltou. Preciso dizer que você fica linda rebolando em cima de qualquer beat. Lírica escorrendo pelos meus dedos... Que a sorte a minha ter pequenas doses da sua poesia.
Gostosa, perigosinha, filha da puta, você me surpreendeu: mais um ano e o tesão não muda.
Au revoir, meu bem.
Meu número continua sendo o mesmo.
Forte abraço e grande beijo.



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