sábado, 27 de fevereiro de 2016

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

AMO

Você é um presente.
E eu já nem sei quantas vezes eu disse ou ainda vou dizer isso pra você.

Meu presente de olhos cor de céu e um sorriso capaz de trazer paz e amor a qualquer forma de vida existente nesse planeta. Presente que me foi dado na hora certa. Eu não posso descrever ou imaginar o quão incrível e apaixonante você consegue ser só enquanto me olha, sorri, cuida de mim...
Sei que é clichê, sou muito clichê, mas sinto como se eu tivesse passado a entender melhor a vida e todas as coisas a partir do exato momento em que te encontrei, quer dizer, a partir do momento em que nós nos encontramos porque aconteceu de forma igual, natural e na mesma intensidade pra nós duas. Foi diferente. Reciprocidade. E digo isso porque antes eu só existia pro mundo de forma pequena, eu assistia sentada enquanto via os amores passando por mim, como quem assiste a filmes mudos na TV. Até que te encontrei, e mais que isso: encontrei paz, amor, conforto. E com você eu entendi que o amor é justamente isso: paz, sossego e tranquilidade. Sem batalhas. Em você eu encontrei um amor que me diz sim, que me abraça, que me olha com ternura mesmo quando eu estou em dias nebulosos. Em você encontrei abrigo para os meus dias assustadores, um colo, um cafuné, uma calma e olhos azuis que me fazem voar, me tiram do chão, do sério, me fazem esquecer o resto do mundo fora do meu quarto. Você me tirou de um mundo cinza chumbo e me apresentou às cores do seu amor, hoje eu tenho em mim todas as cores do mundo e um amor que é seu, não haveria forma de não ser.
Eu não sei dizer exatamente quando aconteceu, mas aconteceu. E eu sei que aconteceu porque de repente eu me vi pensando em "nós" além do que eu julgava como normal sobre pensar em alguém, de repente eu me vi querendo você por perto quase que o tempo todo.
Acho que é porque quando eu te olho tenho a sensação mais clara de paz da qual eu já cheguei perto, tudo silencia, é como se você fosse o meu resgate da zona de guerra.
E eu me apaixonei porque você é aquele alguém que segura minha mão e você não faz ideia do quanto isso é importante pra mim. Você é o alguém que me olha com uma profundidade que faz qualquer outra pessoa parecer rasa demais, pouco demais. Eu me apaixonei porque você de primeira, e você preenche tudo.
Eu me apaixonei pelo seu sorriso enquanto fala, sua paciência, seu cheiro, seu beijo, seu gosto, sua essência. Você. Eu me apaixonei por você porque eu acredito que tinha que ser, não havia outra forma de ser. E pensando bem... Eu me apaixonaria por você mesmo que eu não tivesse tantos motivos assim.



Share:

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

clube das namoradas mortas

 "Por que é que você não volta?" - Me perguntei, quando tudo aconteceu. Isso foi uma pergunta recorrente durante muito tempo.
Hoje eu sei que tudo foi exatamente como era pra ser. Destino cruelmente cumprido. Um check a mais na lista da crueldade divina.
Nunca odiei tanto um domingo e nem um "Tudo de bom", todos os dias daquele mês, e de muitos outros, o mundo me engoliu e me cuspiu e todo mundo me abraçava e me desejava "Tudo de bom" seguido de um "Vai passar." Enquanto os olhares me culpavam. Culpas nunca trouxeram ninguém de volta.
Eu juro e você sabe que é verdade, se eu soubesse que era a última vez eu teria te beijado com mais intensidade, me desculpado por ter sido tão idiota, nós teríamos dançado aquela milonga tangueada, eu teria aberto o vinho pra comemorar seu novo emprego, nós teríamos transado na escada de incêndio e eu teria dito que te amava com mais frequência.
Hoje me lembrei de ti, guria. Me deu saudade. Uma vontade estranha de sentir de novo o cheiro doce que só teu abraço guardava, saudade do seu bom dia engraçado, do teu sotaque cantado, do teu olhar infantil e pidão. De você sendo você. Saudade, só. Nunca foi fácil acordar e não te encontrar quieta em algum canto da casa. Ou lendo. Ou fumando meu mato. Ou respirando, sei lá. Ainda hoje sinto como se nada disso fosse real, é tipo um desses sonhos ruins que eu tenho de vez em quando. Às vezes, quando o telefone toca, eu acho que é você, ainda sou capaz de ouvir sua voz.
E hoje te escrevo pra contar que eu me mudei do apartamento branco porque se tornou insuportável conviver com qualquer coisa que me lembrasse de você e portanto ficou difícil conviver com tudo que aquele espaço guardava. Eu me sentia sozinha, guardada numa caixa de lembranças e presa no tempo, presa naquele Dezembro estranhamente gelado. Sua irmã ficou com seu gato, suas roupas, seu sapato de cor estranha e seu casaco, que de tão empoeirado já não mais carregava seu cheiro, lavei com um choro desesperado por noites e noites. Acho que me desfiz da parte mais presente e viva de ti, decidi te manter guardada apenas aqui dentro, eu sei que era isso que você queria. Te orgulha de mim! Eu sei que você está em algum lugar sorrindo pra mim, feliz. Me despeço da nossa história com uma lembrança bonita e te guardo como quem guarda um tesouro.

Maktub.

Obrigada pelos dias de Sol, meu Sol.


Share: