- 1.sentimento terno de afeição por pessoa ou animal; amizade.
- 2.p.met. o objeto dessa afeição.
segunda-feira, 11 de abril de 2016
segunda-feira, 4 de abril de 2016
a v i v
E eu parto.
quinta-feira, 24 de março de 2016
escapista
São cerca de dez passos até ela.
E posso afirmar banhada em certeza digo: ela é a garota mais linda que encontrei essa noite. Não... Acho que essa classificação babaca e infantil ainda é até pouco, ela é a garota mais linda que eu já encontrei em toda minha vida, até a data de hoje.
Eu estou aqui há cerca de uma hora e já me apaixonei até pela forma com a qual ela segura um copo. Vodca. Exótica. Ela está alterada, assim como eu. São apenas dez passos e eu ainda estou aqui, parada, observando aquela mulher. Eu deveria ir até o canto onde ela se encontra, sorrir de volta e talvez lhe pagar outra bebida, sei lá, algo assim... já que daqui pude notar que a dela já está quase no fim, eu deveria perguntar o que ela tem feito da vida e por onde andou. Sim, até porque o nome dela eu já sei. Acho que sei mais sobre ela do que sei sobre mim mesma até. Ela usa um shorts e aquele tipo de camiseta delicada que te faz imaginar como seria arrancar tudo aquilo no fim da noite. Eu sei como é, eu sei exatamente como ela é... Em algum momento do meu passado aquela mulher já foi tão minha quanto eu fui dela.
Ela não mudou minha vida, mas mudou aquela época.
Ela foi o mais próximo que eu cheguei até hoje de me envolver emocionalmente com alguém, o mais próximo de um relacionamento digno e de verdade que eu já estive. Eu me sentia realmente honrada em ser a garota que segurava a mão dela, essas ideia.. Ela atrai olhares e leva contigo suspiros por onde ela passa e ver essa garota ao meu lado foi algo satisfatório pra mim. Em algum momento eu pensei que nós fossemos dar certo. Tinha tudo pra dar. A mãe dela me adorava, o pai dela fumava maconha comigo e os amigos dela eram um saco cheio de playboys de sapatênis, e eles se amarravam em mim.
Ela era um pacote de felicidade esperando ser aberto por alguém especial, um presente. O problema mesmo era comigo, eu sempre soube que não era eu essa garota especial, eu nunca fui realmente boa em nada, nunca fui especial pra ninguém e até prefiro assim porque em dado momento, enquanto as coisas estão indo bem eu vou estragar tudo. Acho que isso é um dom, um incrível dom de ser idiota quando se é esperado apenas ser uma pessoa digna. Eu gosto do meu caos emocional. Então eu fugi. Fugi dela, da família perfeita, das fotos coladas do mural, fugi depois do primeiro “eu te amo” que ela me disse, fugi quando cogitei a possibilidade de uma aliança com meu nome no dedo dela.
Ela continua ali.
Não sei o que ela espera de mim agora, esta noite.
Talvez ela só espere que peça desculpas e talvez eu devesse mesmo. Mas não essa noite. Como eu disse, eu continuo sendo só a garotinha oportunista viciada em sexo que cruzou a vida da menina legal. E são onze passos, doze passos, treze... Quatorze, quinze dezesseis passos... Porta de saída.
Continuo sendo o rato que foge dela.
quarta-feira, 9 de março de 2016
poesias agora
Então pra mim o amor não é uma definição de relacionamento e não é necessariamente postar milhões de fotos nossas em uma rede social qualquer, não é o filtro mais bonito do Instagram que vai nos fazer felizes para sempre. Não são as centenas de visualizações em uma foto que vão me fazer sentir bem.
O que me faz sentir bem é ela.
É o contato, é a pele, é o sim, é a felicidade quando ela chega, é quando ela me olha com aqueles olhos azuis e me pega pela mão, me beija, é quando ela me abraça enquanto eu durmo e até quando ela aceita dormir do lado direito da cama mesmo sabendo que eu, possivelmente, vou deixar ela com o mínimo possível de espaço e cobertas.
O amor não é aquilo que me faz querer espalhar aquele nome em todos os lugares, até porque o nome, o rosto e o cheiro dela nunca saem da minha cabeça, então em que outro lugar o nome dela precisa estar além dos meus pensamentos?
Amor é quando eu sei que nós ainda vamos brigar porque afinal nem tudo pode ser um conto de fadas. O amor é justamente quando você sabe que a pessoa é melhor que uma discussão.
O amor é a entrega total, só funciona se junto vier uma confiança plena.
O amor é planejar casa, filho, gato, cachorro... É sorrir imaginando que os filhos que nós nem sabemos se virão vão ter os olhos dela ou os meus.
O amor é a surpresa, é construir a eternidade um pouco a cada dia.
O amor é inevitável.
O amor é a reciprocidade.
Nós ainda nem sabemos se vamos conseguir, mas o amor é a certeza que eu tenho de que ela quer tanto tudo isso quanto eu.
sábado, 27 de fevereiro de 2016
(La haine)
C’est l’atterrissage
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
AMO
Meu presente de olhos cor de céu e um sorriso capaz de trazer paz e amor a qualquer forma de vida existente nesse planeta. Presente que me foi dado na hora certa. Eu não posso descrever ou imaginar o quão incrível e apaixonante você consegue ser só enquanto me olha, sorri, cuida de mim...
Sei que é clichê, sou muito clichê, mas sinto como se eu tivesse passado a entender melhor a vida e todas as coisas a partir do exato momento em que te encontrei, quer dizer, a partir do momento em que nós nos encontramos porque aconteceu de forma igual, natural e na mesma intensidade pra nós duas. Foi diferente. Reciprocidade. E digo isso porque antes eu só existia pro mundo de forma pequena, eu assistia sentada enquanto via os amores passando por mim, como quem assiste a filmes mudos na TV. Até que te encontrei, e mais que isso: encontrei paz, amor, conforto. E com você eu entendi que o amor é justamente isso: paz, sossego e tranquilidade. Sem batalhas. Em você eu encontrei um amor que me diz sim, que me abraça, que me olha com ternura mesmo quando eu estou em dias nebulosos. Em você encontrei abrigo para os meus dias assustadores, um colo, um cafuné, uma calma e olhos azuis que me fazem voar, me tiram do chão, do sério, me fazem esquecer o resto do mundo fora do meu quarto. Você me tirou de um mundo cinza chumbo e me apresentou às cores do seu amor, hoje eu tenho em mim todas as cores do mundo e um amor que é seu, não haveria forma de não ser.
Acho que é porque quando eu te olho tenho a sensação mais clara de paz da qual eu já cheguei perto, tudo silencia, é como se você fosse o meu resgate da zona de guerra.
E eu me apaixonei porque você é aquele alguém que segura minha mão e você não faz ideia do quanto isso é importante pra mim. Você é o alguém que me olha com uma profundidade que faz qualquer outra pessoa parecer rasa demais, pouco demais. Eu me apaixonei porque você de primeira, e você preenche tudo.
Eu me apaixonei pelo seu sorriso enquanto fala, sua paciência, seu cheiro, seu beijo, seu gosto, sua essência. Você. Eu me apaixonei por você porque eu acredito que tinha que ser, não havia outra forma de ser. E pensando bem... Eu me apaixonaria por você mesmo que eu não tivesse tantos motivos assim.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
clube das namoradas mortas
"Por que é que você não volta?" - Me perguntei, quando tudo aconteceu. Isso foi uma pergunta recorrente durante muito tempo.
Hoje eu sei que tudo foi exatamente como era pra ser. Destino cruelmente cumprido. Um check a mais na lista da crueldade divina.
Nunca odiei tanto um domingo e nem um "Tudo de bom", todos os dias daquele mês, e de muitos outros, o mundo me engoliu e me cuspiu e todo mundo me abraçava e me desejava "Tudo de bom" seguido de um "Vai passar." Enquanto os olhares me culpavam. Culpas nunca trouxeram ninguém de volta.
Eu juro e você sabe que é verdade, se eu soubesse que era a última vez eu teria te beijado com mais intensidade, me desculpado por ter sido tão idiota, nós teríamos dançado aquela milonga tangueada, eu teria aberto o vinho pra comemorar seu novo emprego, nós teríamos transado na escada de incêndio e eu teria dito que te amava com mais frequência.
Hoje me lembrei de ti, guria. Me deu saudade. Uma vontade estranha de sentir de novo o cheiro doce que só teu abraço guardava, saudade do seu bom dia engraçado, do teu sotaque cantado, do teu olhar infantil e pidão. De você sendo você. Saudade, só. Nunca foi fácil acordar e não te encontrar quieta em algum canto da casa. Ou lendo. Ou fumando meu mato. Ou respirando, sei lá. Ainda hoje sinto como se nada disso fosse real, é tipo um desses sonhos ruins que eu tenho de vez em quando. Às vezes, quando o telefone toca, eu acho que é você, ainda sou capaz de ouvir sua voz.
E hoje te escrevo pra contar que eu me mudei do apartamento branco porque se tornou insuportável conviver com qualquer coisa que me lembrasse de você e portanto ficou difícil conviver com tudo que aquele espaço guardava. Eu me sentia sozinha, guardada numa caixa de lembranças e presa no tempo, presa naquele Dezembro estranhamente gelado. Sua irmã ficou com seu gato, suas roupas, seu sapato de cor estranha e seu casaco, que de tão empoeirado já não mais carregava seu cheiro, lavei com um choro desesperado por noites e noites. Acho que me desfiz da parte mais presente e viva de ti, decidi te manter guardada apenas aqui dentro, eu sei que era isso que você queria. Te orgulha de mim! Eu sei que você está em algum lugar sorrindo pra mim, feliz. Me despeço da nossa história com uma lembrança bonita e te guardo como quem guarda um tesouro.
Maktub.
Obrigada pelos dias de Sol, meu Sol.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
cão
Hoje tomei coragem e tirei seu casaco do guarda-roupa, a sua foto da minha gaveta e troquei a cor do meu quarto.
Eu não deixei de ser sua melhor amiga, de querer sempre o seu melhor e não, estrela, eu não deixei de te amar. Não foi você mesma quem me disse que nunca, na mesma vida, se ama da mesma forma duas vezes? Eu ainda amo seu sorriso quando me olha. Eu amo quando você me liga de madrugada pra falar que tá com saudade e por isso não consegue dormir. Eu amo cozinhar pra você. Eu amo sorrir com você. E amo te fazer sorrir.
- E sim, eu casaria com você porque você é, nos mínimos detalhes, tudo, tudo tudo aquilo que eu sempre quis. O sorriso meio tímido, o olhar meio matador. Tudo;
- Eu casaria com você porque eu te amo e eu sei que te amo porque você tem a vibe parecida com a minha. E ninguém nunca tem a mesma sintonia que eu.
- Eu casaria com você porque eu gosto da cor dos seus olhos, porque você bola meu chá melhor do que eu, eu casaria com você porque te acho linda quando acorda ou sei lá, você sabe que eu casaria com você por qualquer motivo.
- Eu casaria com você porque eu gosto da forma como sua alma completa a minha de uma forma que eu nunca soube explicar e embora tudo na vida passe, você continua lá.
Eu casaria com você, estrela.
Mas não hoje.
Adeus.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
Maria J.
Eu gosto do seu sorriso quando eu falo coisas bobas
Eu gosto de como você faz com que eu queira estar com você em qualquer lugar. Até no seu mundo de playboy, Maria. Te amo tanto que estaria.
Amo seus traços impressos na minha palma, seu gosto preso ao meu paladar, seu perfume pelo quarto, teu sorriso me hipnotiza.
É como se quando você está comigo eu pudesse estar em paz com as cinco milhões de coisas que passam na minha cabeça, ao mesmo tempo.
Tu silencia. É quase paz, Maria, quase. Tudo silencia. Acredita? É como a salvação ou mais próximo disso. Paz pra alma.
Seu beijo é exatamente o que senti quando voei em um sonho que tive uma vez. E eu sempre achei que a sensação mais clara de se apaixonar seria como a sensação de sonhar que está voando.
Sua voz ecoa quase que ao mesmo ritmo que a música - I put a spell on you, Maria. - você então, entra em harmonia com o azul do ambiente.
E eu não me canso da cor azul, Maria J.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
peixe francês
E olha... posso te garantir que você não faz ideia do quanto eu esperei sua volta. Por tanto, tanto tempo.
Ontem você voltou.
Você continua sendo a mesma existência encantadora de sempre. Eu continuo te achando a existência mais pacífica de todo o Universo. Talvez mais madura que há anos atrás, talvez mais bonita, com uma dose extra de problemas, mas bem... Isso é o que faz de você tão você.
Ontem você voltou.
Depois de tanto tempo soou estranho ouvir sua voz de novo, você me pareceu cansada. Meio pra baixo.
Ontem você voltou, mas hoje eu vejo que nós ficamos pelo caminho, bem antes de hoje, bem antes dela, bem antes de eu cogitar abrir as portas e deixar a claridade de qualquer olhar entrar e iluminar, eliminar o escuro que habitava aqui.
Ontem você voltou.
Fique com os retratos felizes de molduras bonitas que eu mesma pintei, o cachorro, os pedaços mastigados e vomitados de tudo que vivemos, frações de momentos felizes, fique com minha camiseta favorita que carrega meu cheiro ainda, mesmo depois de tanto tempo. Leve de volta todo o embaraço emocional, coloque de volta na mala todo o caos que hoje já não cabe mais aqui, leve de volta as lágrimas de sempre, o drama digno de uma trama das nove e toda a saudade que derreteu igual açúcar na minha boca.
Mantenha a calma. Te desejo que mantenha sempre essa calma e nada mais.
Lembre-se de respirar quando estiver irritada. Lembre-se de se cuidar. De viver. De se manter viva. De estar em movimento. Volte pra sua faculdade. Te agasalhe no frio que faz aí onde sua existência habita. Visite teus pais, eles sentem sua falta. Esteja em movimento, seja o movimento. Eu continuo aqui... Te agradecendo por existir, continuo te cuidando.
Ontem você voltou.
E hoje lhe desejo uma volta segura, muita sorte, muita paz, um sorriso sincero e que algum dia você seja capaz de estar em paz o suficiente ao ponto ser capaz de ter a plena certeza de que o céu está dentro da íris de alguém.
E quando isso acontecer, meu velho amor: abandone sua bagagem pesada e permita-se voar.
Boa sorte na sua jornada.









